Crescimento Forçado A Crise Da Divida
Casos: Crescimento Forçado A Crise Da Divida. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sukalima • 26/11/2014 • 1.450 Palavras (6 Páginas) • 706 Visualizações
Capítulo 16: Do Crescimento Forçado à Crise da Dívida
Profa. Dra. Claudia Regina Rosal Carvalho
Apresentação
Os anos 70 foram um período conturbado do ponto de vista econômico:
• choque do petróleo
A maior parte do mundo reagiu de maneira recessiva a este quadro, a reação brasileira: consubstanciada no II PND, foi diferente.
Porém no início dos anos 80, a crise da dívida e a recessão marcam o cenário brasileiro
A situação na transição Médice - Geisel
O crescimento econômico do Milagre acabou por gerar pressões inflacionárias e problemas na balança comercial
Ressurgiam pressões por melhor distribuição de renda e maior abertura política.
A crise internacional desencadeada pelo primeiro choque do petróleo em 1973 comprometeu ainda mais a situação interna no Brasil.
O novo presidente eleito, Geisel, é de facção diferente (castelista) da de Médice (chamada linha dura): a troca de facções impunha certos limites à condução da política econômica.
Como enfrentar o choque do Petróleo
O debate sobre o que fazer em 1974 situou-se na dicotomia ajustamento ou financiamento:
Ajustamento – desvalorizar o câmbio e conter a demanda interna para evitar que o choque externo (petróleo) se transformasse em inflação permanente, além de corrigir o desequilíbrio externo;
Financiamento - mantendo o crescimento e fazendo um ajuste gradual dos preços relativos (alterados pela crise do petróleo), enquanto houvesse financiamento externo abundante.
O Financiamento com ajuste na estrutura de oferta
Início 1974 - Simonsen sinaliza a opção pelo ajustamento, mas com crise financeira e questões políticas governo abandona contenção da demanda e opta pelo crescimento.
É lançado o II PND em fins de 1974 com o objetivo de tentar promover um ajuste na estrutura de oferta de longo prazo, simultaneamente à manutenção do crescimento econômico aliado ao endividamento externo
ajuste na estrutura de oferta significava alterar a estrutura produtiva brasileira de modo que, a longo prazo, diminuísse a necessidade de importações e fortalecesse a capacidade de exportar de nossa economia
O II PND
A meta do II PND era manter o crescimento econômico em torno de 10% a.a., com crescimento industrial em torno de 12% a.a.
Estas metas não conseguiram ser cumpridas, porém manteve-se elevado o crescimento econômico.
Alteraram-se as prioridades da industrialização:
Projetos do II PND
redução na participação das importações no setor de bens de capital de 52% para 40%, além de gerar excedente exportável em torno de US$ 200 milhões.
aumentar a produção de aço de 7 para 8 milhões de ton.
triplicar a produção de alumínio;
aumentar a produção de zinco de 15 mil ton. para 100 mil
Projeto Carajás (minério de ferro);
aumentar da capacidade hidroelétrica (Projeto Itaipu);
energia nuclear (NUCLEBRAS);
ampliar a prospecção de petróleo;
maiores incentivos para ferrovias e hidrovias;
O II PND: setor público e privado
O agente principal das transformações foram as estatais.
• as estatais realizando seus investimento geram demanda que faz o setor privado investir
• incentivos foram dados ao setor privado através do CDE:
crédito do IPI sobre a compra de equipamentos, depreciação acelerada, a isenção do imposto de importação, reserva de mercado para novos empreendimentos (ex. Lei da Informática) etc.
Durante o II PND manteve-se o crescimento industrial:
• A indústria em sua totalidade cresceu 35% entre 1974/79.
• Os principais setores foram:
o metalúrgico, que cresceu 45%, de material elétrico, 49%, de papel e papelão, 50%, e químico, 48%.
O setor têxtil cresceu 26% e o de alimentos 18%.
O setor de material de transportes cresceu 28%.
Descentralização Espacial
O II PND buscou atender à pressão pela modernização das regiões não industrializadas por meio da descentralização espacial dos projetos de investimento.
Exemplos:
• a maior siderúrgica em Itaqui (MA);
• a prospecção de petróleo na plataforma litorânea do Nordeste;
• soda de cloro em Alagoas;
• petroquímica na Bahia e no Rio Grande do Sul;
• fertilizantes potássicos em Sergipe;
• fosfato em Minas Gerais;
• carvão em Santa Catarina etc.
A questão do financiamento
O setor privado: créditos subsidiados de agências oficiais - BNDE
As empresas estatais sofreram restrição ao crédito interno e contenção tarifária forçando-as ao endividamento externo
o endividamento externo das estatais cobria o “hiato de divisas”
• novidade: taxas de juros flutuantes.
A dívida externa cresceu rapidamente no período.
• US$ 15 bilhões entre 74/77 e mais US$ 17 bilhões em 78/79.
A facilidade
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