Cultura Afro Brasileira
Pesquisas Acadêmicas: Cultura Afro Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/6/2014 • 4.571 Palavras (19 Páginas) • 737 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Conteúdo, Metodologia e Prática do Ensino de História e Geografia.
Rio de Janeiro
2013
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Trabalho apresentado á disciplina de Conteúdo, Metodologia e Prática do Ensino da História e Geografia integrando a AVII. Professor orientador ª: Gloria Cecília.
Componentes do grupo:
Rio de Janeiro
2013
SUMÁRIO:
1. Introdução:: ...........................................................................1
2. Tema: ....................................................................................2
3. Objetivos:...............................................................................3
4. Justificativa:...........................................................................4
5. Fundamentação Teórica: ......................................................5
6. Metodologia: .........................................................................6
7. Atividades :............................................................................7
8. Conclusão..............................................................................14
9. Referências............................................................................15
INTRODUÇÃO:
A cultura afro-brasileira é um conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde dos tempos do Brasil colônia até a atualidade, traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico de escravos, no Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
Em 2003, foi promulgado a lei n° 10.639 passando a exigir que as escolas brasileiras do ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro brasileira, para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira.
A partir dai surgiu o interesse da nossa pesquisa pela cultura afro-brasileira em especial pelo Jongo que é uma manifestação cultural de africanos essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba carioca, e da cultura popular brasileira como um todo, visando mostrar como essa cultura esta embutida em nossa sociedade, a partir desse tema podemos aborda diversas questões como preconceito, democracia racial, cultura, miscigenação dentre outros e podendo debater quais são as implicações dessa questões em nossa sociedade.
O grupo jongo da serrinha foi criado no fim da década de 1960 pelo mestre Darcy Monteiro, “o mestre Darcy do jongo” e seu família. Ao perceberem que o ultimo núcleo de jongo da cidade estava morrendo, eles decidiram transformar as rodas informais da comunidade em ensaios artísticos como estratégica para preservar as tradições. Assim a dança antiga foi levada do fundo dos quintais para os palcos. Foram trinta anos de trabalho árduo na divulgação do ritmo que fez do jongo da Serrinha uma forte referência cultural afro carioca. Com a criação do grupo, três gerações da comunidade dançam o Jongo na casa da vovó Maria Joana Rezende mãe de mestre Darcy.
Atualmente as rodas de Jongo da serrinha acontecem na casa da antiga jongueira Tia Maria da Grota. A Serrinha é uma comunidade localizada no bairro de Madureira, próximo à divisa com Vaz Lobo, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
TEMA: Cultura Afro Brasileira
PÚBLICO ALVO: 5° ano
OBJETIVOS:
• Respeitar as diferenças das pessoas e suas culturas
• Perceber que a cultura africana ao longo do tempo, tomando ciência da diversidade populacional de afro-descendentes no Brasil.
• Conscientizar os alunos de que não há culturas e raças superiores a outras.
• Relacionar os conceitos de discriminação racial com a democracia racial.
• Perceber a importância que o jongo reflete como expressão religiosa e cultura africana, tomando conhecimento da cultura popular brasileira como um todo.
JUSTIFICATIVA:
A escolha do tema “Democracia Racial” é em função de levantar questões sobre as heranças de nosso passado, que envolve toda essa problemática racial que toca o nosso dia a dia de diferentes formas , e como compreender a história de seus conflitos que generalizou toda a formação de classes distintas por sua condição material, e como nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros.Considerando que a Democracia Racial é uma maneira de descrever as relações raciais no Brasil, marcada pela sociedade colonial, e na escravidão africana onde as tarefas braçais e subalternas eram de responsabilidade do negro, onde o papel do branco no ambiente colonial era de liderar e conduzir as ações, onde o negro tinha o mandato de obedecer.Esse assunto se torna difícil e complexo com a relação de respeito as diferenças das pessoas e suas culturas, que portanto torna essa temática uma meta que ainda está longe de ser atingida e um mito da sociedade brasileira que tenta criar uma imagem positiva que não coincide com a realidade.
Perceber também a história que a cultura africana traz a tona para enriquecer esse tema, que é a manifestação do jongo, e que influi poderosamente na formação do samba carioca, e que se torna bastante interessante por ser caracterizada como uma expressão religiosa, que traz para uns indivíduos certo conhecimento a nossa linguagem, através de instrumentos que facilitem nossa compreensão.
A melhor maneira é levar uma conscientização dos indivíduos que a mudança ocorre das atitudes que tomamos a favor de uma sociedade menos preconceituosa, aceitando o próximo como ele é, independente da sua cor e de suas escolhas. Respeitando as pessoas sem ignorar suas ações e aproximando ele de uma realidade mas justa e alcançável.Esse tema é bastante amplo, e favorece várias descobertas do olhar da sociedade em favor da democracia racial, uma vez que auxilia na análise e na concentração de todo um contexto político, social, econômico, na qual o sujeito é parte integrante, em que possa desenvolver suas interações aprendendo na própria cultura que a Democracia estabelece com a tecnologia, entre outros recursos.
Atualmente, podemos conceituar o Brasil como um país racista, pois as leis são feitas e não são cumpridas, partindo de um pressuposto que não é feito nenhum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema, pois o racismo é velado, e nem por isso, pulsante. O negro também tem o direito de ir e vir sem que as pessoas retenham isso. Vamos ser dignos e bons cidadãos e entender que tanto os menos sucedidos quanto os bem sucedidos tem o seu lugar na sociedade, sendo que cada um vive de acordo com suas possibilidades, dentro do seu padrão.
Problema é globalizar a democracia, viver em mundo que não beneficiam o povo, e que as injustiças se tornam uma realidade constante, em se ver que se os países democráticos agissem de uma maneira mais coerente com os valores em que dizem defender, haveria muito menos ditadores no mundo. Enfim o povo luta para ter democracia, e uma inovadora mudança, é romper com os preconceitos e acreditar que defendemos um direito que merecemos obter.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Olharemos o ponto de vista da cultura afro-brasileira a partir de pesquisas que tem como foco principal o Jongo, onde mediante as discussões e diálogos feitos em sala de aula, chegamos ao desejado projeto.“O Brasil sempre procurou sustentar a imagem de um país cordial, caracterizado pela presença de um povo pacifico, sem preconceito de raça e religião.” (MARIA LUIZA TUCCI CARNEIRO, 1994) Segundo a autora podemos perceber que historicamente nosso país buscava preservar o mito de que todos respeitavam a cultura do outro, maquiando o racismo, os preconceitos e a aversão ao diferente, sendo o Brasil o paraíso racial. Mas se observarmos nos noticiários e jornais, teremos outra visão, como a notícia do dia 23/01/2013 do G1 da globo: Casal acusa concessionária BMW de racismo contra filho de 7 anos no Rio. O fato noticiado aconteceu em nossa cidade em pleno século XXI; um casal branco entra em uma concessionária com seu filho adotivo negro e o vendedor confundi o menino com um menor abandonado, que tentaria invadir o estabelecimento. Será que sociedade não se livrou dos mecanismos de exploração vividos a anos atrás, e continua havendo a divisão e exclusão do pobre, negro, índio, enfim, do diferente? Ou será que só há democracia racial como forma de absorver as tensões sociais?
Em 2002, a UNESCO promoveu a declaração universal sobre a diversidade cultural que reafirma “ que a cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Assim, buscamos a valorização do negro e da cultura afro brasileira, partindo do jongo que é uma manifestação que precisa ser respeitada e que está presente e atuante em nossa sociedade, tentando mudar essa visão discriminante.
O jongo é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, danças coletivas e práticas de magia que surgiu da necessidade do negro se comunicar sem que senhores e capatazes o entendessem. Essa expressão viva faz com que os afro descentes consolide suas tradições e afirmem suas identidades, transmitindo as gerações presentes e futuras a sua cultura.
METODOLOGIA:
A metodologia se fundamentará através de pesquisas bibliográficas, no estudo de filmes, músicas, reportagens, danças e dos textos escolhidos a partir da realidade dos alunos, que permitem tecer relações entre os conteúdos abordados e o cotidiano deles. O desenvolvimento das atividades enfatizará a leitura e a discussão de textos e reportagens para o seu entendimento, o debate de idéias e a produção final de outros textos utilizando linguagens variadas, incorporando novas idéias e valores étnicos. O estudo da literatura afro-brasileira, da religiosidade afro, da historia na África e da luta de seu povo permearão as pesquisas realizadas, procurando mostrar aos alunos a inter-relação entre os conteúdos e a realidade, para que possam compreender a relevância do despertar de consciência cultural, reafirmando a exaltação dos aspectos étnicos, sociais e culturais como agentes formadores da cultura brasileira.
1° ATIVIDADE:
1° Momento
Leitura do Livro: Menina Bonita do Laço de Fita
2° Momento
Debate sobre a história e entendimento.
Converse com as crianças sobre a origem africana da menina bonita.
Há alunos na classe da mesma origem?
Qual a origem de cada criança ou da família? De qual região ou país?
Em seguida, oriente o debate fazendo perguntas como
:> Vocês já perceberam que o que parece bonito para uns pode ser feio para outros?
> Será que o coelho não estava satisfeito com a própria aparência?
> Como vocês se veem?
> Algum de vocês gostaria de se parecer com alguém que acha bonito?
3° Momento
Com o recurso de um espelho, a professora irá propor que cada aluno se analise, vendo o que gostaria de mudar, e o que mais gosta em sua aparência.
Após, em dupla analisarão um ao outro vendo semelhanças e diferenças, para perceberem que não somos iguais.
4° Momento
Divida os alunos em grupos. Cada grupo poderá ficar encarregado de produzir textos sobre o tema em diferentes linguagens:
1. Pesquisa: sobre etnias e culturas, tendo por base as próprias crianças da sala de aula, e escrever um pequeno texto informativo sobre elas.
2. Painel fotográfico: construir um painel de imagens de revistas e jornais em que se identifiquem as mais diversas etnias e culturas.
3. Ilustrações: a partir das imagens alegres do livro, as crianças podem criar uma História só de imagens para explicar a sua própria origem familiar.
2° ATIVIDADE:
Primeira reportagem:
Loja da BMW acusada por casal nega racismo contra criança no Rio
Segundo porta-voz, expulsão de menino não foi baseada na cor da pele. Casal ficou indignado quando gerente pediu que filho, que é negro,saísse.
Um porta-voz da concessionária BMW Autofraft, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, falou na tarde desta quarta-feira (23) sobre a acusação de que um funcionário da loja teria agido de maneira preconceituosa ao se dirigir ao filho negro e adotivo de um casal. O porta-voz negou que a criança tenha sido vítima de racismo. O funcionário foi liberado do trabalho nesta quarta, conforme mostrou reportagem da GloboNews.
“Após o incidente, o gerente esclareceu que, por vezes, circulam crianças desacompanhadas na loja. Elas entram e tentam vender uma bala. Ele foi inábil no exemplo, mas essa criança não sofreu nenhum ato discriminatório de racismo ou preconceito”, justificou Marcelo Bastos, porta-voz.
Casal acusa concessionária BMW de racismo contra filho de 7 anos no Rio
De acordo com a professora Priscilla Celeste, mãe do menino de sete anos, enquanto ela e o marido conversavam com o gerente de vendas sobre os carros, foram surpreendidos com uma atitude preconceituosa do gerente quando a criança se aproximou dos três.
“Quando ele viu meu filho do lado do meu marido disse para que ele saísse da loja. Antes que ele pudesse concluir a frase, eu peguei meu filho pela mão e saí. Foi quando meu marido disse que aquele menino era o nosso filho”, contou Priscilla.
Priscilla mandou e-mail para a BMW, que pediu desculpas pelo episódio, mas deixou claro que não responde pela concessionária. Na troca de e-mails com a loja, ela também recebeu um pedido de desculpas pelo o que a concessionária chamou de "mal-entendido".
A família não está satisfeita e alega que um crime não pode ser considerado um mal-entendido. Eles promoveram uma campanha no Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido”. A página, que até a noite de terça-feira (22) contava com 230 pessoas que tinham "curtido", nesta quarta-feira possui quase 33 mil "curtidas".
Segunda reportagem:
Garota agredida no DF por ser negra muda de casa e de escola
Quatro meninas, duas delas encapuzadas, são apontadas por agressão.
Polícia Civil disse que só vai se pronunciar quando elas forem identificadas.
A garota de 12 anos que disse ter sido espancada por ser negra perto de uma parada de ônibus da avenida Potiguar, no Recanto das Emas, no Distrito Federal, passou a morar com a tia-avó Marlene Pereira dos Santos, em Ceilândia, nesta semana. “Fiquei sabendo pela minha irmã e propus. Fiquei muito triste na hora. Perdi o chão”, afirma.
A agressão ocorreu na manhã do dia 18, no trajeto para a escola dela. Acostumada a ir sozinha, a adolescente contou ter se confundido e pegado o coletivo errado. Ela desceu na terceira parada da via para trocar de ônibus, mas foi abordada por quatro garotas, duas delas encapuzadas. A menina disse que recebeu socos, arranhões e chutes.
"As meninas disseram que não aceitavam negras no beco delas. Minha filha falou que tudo bem, que já estava indo embora, mas elas responderam que, como ela estava lá, ela teria que pagar pelo que fez", afirmou na época a mãe, Márcia Pereira do Nascimento.
Segundo a tia, a adolescente também vai começar em uma nova escola na próxima semana. Ela divide o quarto com uma prima de 11 anos. “Elas se dão muito bem desde pequenininhas. Agora vão estudar juntas, no mesmo horário. O colégio é na porta de casa. Não as quero sozinhas”, afirmou.
Agressão:
Enquanto as duas jovens encapuzadas imobilizavam a menina, as outras ofenderam a garota e a atingiram nos braços, pernas e barriga. A adolescente disse não ter ideia do tempo que passou sendo agredida e que escolheu não reagir por medo de que elas fossem ainda mais violentas.
O caso foi registrado na delegacia da região na noite de segunda. A Polícia Civil informou que não vai se pronunciar a respeito até que as agressoras sejam identificadas. Na terça, a garota passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as lesões. Depois, ainda mancando e reclamando de fortes dores, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
"É muito ruim mesmo, uma dor que nem tem como descrever, você ver um filho passando por isso. Ela só chora", disse a mãe. "Ela veio me perguntar se eu a amo de verdade, do jeito que ela é. E eu a amo e a amaria sempre, mesmo se não tivesse as duas pernas."
Ganhando um salário mínimo por mês para sustentar os três filhos e um neto, Márcia disse que teme pelo equilíbrio emocional da garota. "Não tenho condição de pagar um psicólogo, porque tem dias que a gente não tem nem o que comer. Ela ficou muito abalada e ainda mais reservada. Ela nunca vai se recuperar."
Na última quarta-feira, o governo do Distrito Federal lançou um número de telefone para receber denúncias de racismo. Por meio do 156, a população vai poder denunciar agressões a negros, indígenas, ciganos e quilombolas.
Terceira Reportagem:
Polícia vai indiciar funcionário de drogaria acusado de racismo no Rio
Segundo avó, funcionário perguntou se menino estava incomodando.
Gerente da drogaria Pacheco foi intimado a depor nesta quarta-feira
A Polícia Civil do Rio decidiu indiciar o funcionário da drograria Pacheco – acusado por uma cliente de preconceito racial contra seu neto – por injúria qualificada, artigo do crime de racismo, cuja pena varia de um a três anos de reclusão. O crime é inafiançável.
Segundo a aposentada Carmem Maria dos Santos, um funcionário da farmácia localizada na Avenida das Américas, no Recreio, Zona Oeste da cidade, teria abordado o neto dela de 11 anos, que é negro, e perguntado se ele estaria "incomodando os clientes".O fato ocorreu menos de um mês após caso semelhante de racismo em uma concessionária da BMW na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste.
Nesta terça-feira (5), após registrar a ocorrência na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Carmem disse que vai lutar por justiça.
"Eu nunca pensei que fosse passar por isso. Ele [funcionário] só viu a cor do meu neto. Agora, eu espero que seja feita justiça para que ele nunca mais faça isso com ninguém. Vai pensar duas vezes", afirmou Carmem.
Câmeras de segurança:
A delegada titular da 42ª DP (Recreio), Adriana Belém, disse ter ficado chocada com a atitude dos funcionários da farmácia.
"O que mais me comoveu é saber que o garoto chorou e disse para a avó que não gostava de ser preto e, mesmo assim, eles [funcionários] não tiveram a honra de pedir desculpas ou tomar qualquer atitude para acalmar a criança e a avó", afirmou a delegada, acrescentando que esse tipo de crime é comum, mas poucas pessoas procuram a polícia.
O gerente da drogaria Pacheco foi intimado a prestar depoimento nesta quarta-feira (6), apresentando as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento para auxiliar nas investigações. Como representante legal, ele também deverá apontar quem é o funcionário para que ele seja chamado a depor.
O menino de 11 anos também será ouvido na delegacia, acompanhado pelos responsáveis e deve ser encaminhado para atendimento psicológico.
Suspeita de racismo:
De acordo com a aposentada, enquanto ela pagava as compras, um funcionário do estabelecimento se aproximou, colocou as mãos sobre os ombros do menino e perguntou à operadora de caixa, por três vezes, se o garoto "estava incomodando", sem saber que ele estava acompanhando a avó.
Carmem Maria dos Santos acusou o funcionário de racismo e recebeu o apoio de outros clientes que estavam no local. Segundo ela, a criança ficou abalada e chorou muito. "Meu neto virou para mim disse: vovó, fica quieta (sic), deixa para lá, é por isso que eu não gosto de ser preto”, disse Carmem, chorando.
A aposentada contou que cria o menino – filho de uma ex-empregada dela – desde que nasceu sem qualquer diferença de tratamento em relação aos outros dois netos.
Resposta da drogaria:
Em nota, a drogaria disse que está em processo de apuração do fato e tomará as medidas necessárias.
Veja abaixo a nota na íntegra:
"Com relação ao suposto caso de racismo ocorrido em uma de suas unidades a empresa esclarece que já está em processo de apuração do fato e tomará as medidas necessárias. A companhia reforça que tem como um de seus valores a ética em seus relacionamentos, com responsabilidade comercial e de gestão. O compromisso em atender bem aos seus clientes é validado com o treinamento e monitoramento constantemente de todas as equipes de atendimento na rede para a prestação do melhor serviço."
• Debates e discussões sobre as reportagens, e propor uma redação a partir das análises feitas a respeito do preconceito.
3° ATIVIDADE:
Caxambu De Sá Maria
Jongo da Serrinha :
Vamos falar de Sá Maria,
vamos falar com singeleza, sim
Sá Maria na beira do fogão,
cantava caxambu relembrando o seu torrão,
mas ela chorava pra voltar
estava sentindo saudades do seu lugar.
Recordava do candongueiro
batido com maestria por Pai João,
a só... que nesse tempo era moço
e o som vibrava, em seu coração,
com o negro João tirando som do candongueiro,
dentro do terreiro,
com a sua simpatia, fazendo vibrar
o coração de Sá Maria.
Coitado Do Zé Maria
Jongo da Serrinha:
Coitado do Zé Maria,
naquela mata fechada,
mataram o pobre do homem, senhora dona,
"deixaro" a besta amarrada.
Dizem que o dinheiro vale,
Dinheiro não tem valia,
Se o dinheiro valesse,
Zé Maria não morria.
Zé Maria tinha porco,
e também tinha boiada,
mataram o pobre do homem, Sá moreninha,
boi ficou na invernada.
Caxinguelê
Jongo da Serrinha:
Ah! Eu fui no mato...
eu fui cortar cipó..
Ah! Eu vi um bicho...
esse bicho era caxinguelê
Eu panhei o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Eu levei o côco,
caxinguelê tá me olhando,
Eu parti o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Eu comi o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Fiz pudim de côco,
caxinguelê tá me olhando.
Bolo de côco,
caxinguelê tá me olhando.
• Dividir a turma em três grupos, utilizar um CD com as músicas e apresentar a dança através de um DVD, para dinamizar o tema abordado, a parti da letra da música trabalhar o significado das palavras desconhecidas; em que tempo (ano) e local (estado) essa musica foi composta; em que tempo (ano) utilizava esse tipo de vocabulário; ver o sinônimo das palavras substituindo as palavras por palavras atuais; debater o que a música quer transmitir; depois da leitura e explicação da música solicitar aos alunos a reconhecer o contexto social que a letra da música aborda.
4° ATIVIDADE:
“Vídeo Jongo na Serrinha”
• A partir do vídeo Jongo na Serrinha promover em sala discussões e debates sobre o que é jongo, como se dança, como surgiu etc.
CONCLUSÃO:
Com a realização desse projeto, pôde-se perceber a importância da discussão sobre a Cultura Afro-Brasileira, visando mostrar como essa cultura esta embutida em nossa sociedade e a partir desse tema podemos aborda diversas questões como preconceito, democracia racial, cultura, miscigenação entre outras e podendo debater quais são as implicações dessa questões em nossa sociedade. Sendo esse tema algo pouco difundido e tendo pouca repercussão na mídia já que é estabelecido que o Brasileiro não é preconceituoso e que na verdade se tem um “Típico Preconceito Brasileiro de Ser”.
Essa perseguição ou preconceito em nosso País não é como em outros Países onde pessoas de raças ou etnias são separadas, porém não deixam de ser descriminadas, infelizmente todos escutamos ou sabemos de piadas que negros, índios, nordestinos, gaúchos, baianos e etc... sofrem por aqueles que se acham a parte mais importante do País; brancos e ricos.
Porém um típico caso Brasileiro é que se você for rico ou importante sua raça pouco importa, todos vão admira-lo ou respeita-lo mostrando que o lado social sendo o financeiro, amparado pela mídia ou intelectual, acaba nivelando o status social ou racial e o coloca além dos que o discriminam, como jogadores de futebol, artistas, escritores e etc...
Por isso é importante mostrar as várias culturas que formam nosso País, para dinamizar e tentar se quebrar a descriminação racial, uma das culturas africanas que fizeram e que fazem parte da nossa cultura é o Jongo que é uma dança africana que deu origem ao samba que hoje se tornou uma dança popular Brasileira muito difundida e que muitos brasileiros se orgulham e que demonstra uma identidade nacional.
Um forma de se acabar com essa descriminação é se levar o assunto a sala de aula para ser debatido, como a Lei Nº 11.645 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
E com isso podemos desenvolver o respeito com os alunos demonstrando que todos somos iguais independente da cor da pele da religião e da classe social.
No final desse projeto, foi bastante satisfatório, pois conseguimos transmitir a todos a importância da discussão desse tema agregando valores a nossos alunos
REFERÊNCIAS:
(http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/01/casal-acusa-concessionaria-bmw-de-racismo-contra-filho-de-7-anos-no-rio.html
DECLARAÇÃO UNIVERSAL sobre a diversidade cultural- UNESCO 2002
CARNEIRO, M.L.T. O racismo na história do Brasil: mito e realidade. São Paulo: Editora Ática, 1994.
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