Cultura Afro-brasileira

INTRODUÇÃO

No decorrer de nossas vidas, presenciamos as mudanças que vem ocorrendo dentro das instituições e na forma de ensinar. A escola diz estar educando um sujeito novo, com idéias, hábitos, costumes, e acima de tudo valores novos. O que torna o trabalho docente mais propicio a buscar mais informações. Ressaltando que muitos educadores ainda estão com “vendas” nos olhos. Para quem quer uma educação igualitária, ou seja, inclusiva, cabe adaptar as novas

fórmulas de trabalho, a nova realidade que o aluno necessita.

Quando resolvi a fazer este trabalho, comecei a observar como ainda é restrito o número de afro-descendentes, nas instituições de ensino (principalmente privadas), no mercado

de trabalho, nos livros didáticos, nos out-doors, nos cartazes espalhados pela cidade, nas propagandas da TV e revistas. Observei ainda o relacionamento das pessoas ditas “brancas” perante as pessoas negras, em sala de aulas, nas ruas, em reuniões, em setores públicos entre outros a relação entre negros e negros. Foi constatado que a discriminação racial precisa muito

ser trabalhada, por ser ainda hoje, um problema amplo.

Lembrando sempre que não é responsabilidade exclusiva da escola. Sim de todos nós principalmente da família que são os primeiros responsáveis para a educação da criança, além de exercer uma influência muito grande. Sabendo que quando a criança chega, traz consigo uma bagagem cultural, formada de valores e conceitos. Por isso, neste trabalho, procurei mostrar a importância de se estudar a cultura afro-brasileira.

Porém, falar em cultura Afro-brasileira é admitir que no Brasil ainda há muito preconceito e discriminação contra as pessoas de pele escura; é admitir que se torna urgente e

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imprescindível formar a consciência de que o negro, como qualquer outro elemento formador do povo brasileiro foi e é importante e possui dignidade.

O tema busca contribuir para a construção da cidadania na sociedade escolar pluriétnica e pluricultural. É uma oportunidade de oferecer informações aos educadores para que contribuam para a superação do preconceito, trabalhando a valorização da história do negro que, tendo construído o Brasil, foram injustiçados e ainda enfrentam muita discriminação nos dias atuais.

No primeiro capítulo iremos falar da Lei n° 10.639/03, que o governo federal sancionou em março de 2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio, tentando assim resgatar historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. O que permite a explicação dos direitos da criança e do adolescente referentes ao respeito e a valorização de suas origens culturais, sem qualquer discriminação: a pluralidade cultural é fator

de fortalecimento da democracia pelo adensamento do tecido social que se dá,