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Cultura Egípcia na Antiguidade: Antigo Egito

Por:   •  15/2/2016  •  Monografia  •  1.166 Palavras (5 Páginas)  •  902 Visualizações

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Capítulo 1

Cultura Egípcia na Antiguidade

O período da história egípcia tomado como referência para o desenvolvimento deste projeto abrange os anos entre 3200 e 341 antes de Cristo, chamado de Egito dinástico. De acordo com Jon White (1966), o país foi imensamente influenciado pela sua localização geográfica e clima, em suas palavras “o Egito era, na realidade, o rio Nilo”, consistia em uma estreita faixa de terra molhada que se estendia sobre o deserto. (p.9)

O país se alimentou dos fatores físicos de sua localização, dependendo deles ininterruptamente: a circunscrição do deserto, o ritmo do Nilo e seu vale produtivo deram aos egípcios e a sua cultura características fundamentais, como estabilidade, permanência e isolamento. (JOHNSON, 2002, p.10)

As águas do Nilo banhavam o solo durante mais de 100 dias por ano e o tornava fértil, além disso, as montanhas que rodeavam a região serviam como uma excelente proteção natural. Durante a inundação o rio depositava grande quantidade de nutrientes na terra, tornando-o propício para o plantio, de acordo com JOHNSON (2002), o ano agrícola se iniciava na época da cheia, a semeadura, deveria ser realizada enquanto a terra ainda estava macia. Os produtos agrícolas (principalmente o trigo, a cevada e o linho) amadureciam sob o sol do inverno e eram colhidos na primavera. Com os Nilômetros os egípcios mediam o nível das águas e previam o ciclo das inundações e secas.

WHITE (1966) afirma que o Egito era uma terra privilegiada e seus habitantes não tinha muitos motivos para se afastar dali, conseqüentemente, criaram hábitos isolados do resto do mundo. “Foi essa atmosfera [...] que concedeu ao Egito antigo um caráter tão especial”. (p. 12)

Os egípcios eram considerados um povo calmo, tolerante e com um grande gosto pela vida, por isso, sua história não conta com muitos episódios de barbárie. Possuíam uma inteligência notável e eram dignos de respeito.

De acordo com FERREIRA (2010), a sociedade egípcia era organizada de maneira feudal e teocrática, dividida em classes, onde o faraó tinha poder absoluto, sendo considerado um Deus. Ele era o responsável por manter a ordem e a justiça na sociedade. “Para que o Estado egípcio funcionasse, a autoridade do seu rei devia ser total e permanente [...] As suas declarações eram estatutos divinos” (WHITE, 1966, p. 111-112)

Na hierarquia social, logo abaixo do faraó estava a classe nobre, composta pelos viziers , oficiais do exército e família real. Estes eram precedidos pelos sacerdotes, que realizavam os rituais e cerimônias religiosas; os escribas, responsáveis por documentar todos os acontecimentos cotidianos; os soldados; artesãos; camponeses e por fim os escravos. Porém, comparando-se a outras sociedades da época os egípcios eram mais liberais, um homem nascido em uma classe inferior poderia chegar a ocupar cargos mais nobres. (WHITE, 1966)

Um dos aspectos mais notáveis da cultura egípcia é a sua arquitetura, FERREIRA (2010) afirma que a construção das pirâmides, túmulos, templos, palácios e obeliscos envolvia uma grande logística e planejamento, e era marcada por um forte caráter religioso. As construções mais comuns eram os templos, de acordo com WHITE (1966), estes locais atraiam homens, mulheres e crianças das comunidades locais para que fossem realizados tributos e os reis e deuses glorificados. Os obeliscos, colunas com lados lisos e ponta piramidal, serviam para registrar todos os feitos dos faraós e também para homenagear os deuses.

Outra construção de extrema importância para os egípcios era o túmulo, segundo WHITE (1966), nos tempos mais longínquos os mortos eram deixados em covas abertas na areia, entretanto, tempestades ou chacais poderiam expor ou fragmentar os cadáveres, dessa forma, as classes mais altas decidiram criar sepulturas mais dignas, surgiram, durante a Primeira Dinastia, as mastabas. Estas eram construídas no subsolo de uma estrutura de pedra que servia para abrigar bens que seriam arrumados em volta do corpo, essas estruturas eram ricamente decoradas. Durante as duas dinastias seguintes os corpos dos reis passaram a ser enterrados na base da construção, as mastabas foram ampliadas e deram origem às pirâmides. A maior delas é a pirâmide de Queops, com aproximadamente 150 metros de altura, construída durante a Quarta Dinastia.

Os túmulos eram verdadeiras habitações, repleto de confusas passagens subterrâneas que deveriam proteger o cadáver dos ladrões de túmulos e evitar que estes fossem violados, pois

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