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Dados da Bolívia

Artigo: Dados da Bolívia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2014  •  Artigo  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  263 Visualizações

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BOLÍVIA

A Bolívia é uma das nações economicamente mais pobres da América do Sul, com alta taxa de analfabetismo e o terceiro menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os países sul-americanos. Faz fronteira com o Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e Peru. Não possui em seu território litoral marítimo.

É em seu território que a cordilheira dos Andes atinge largura máxima (650 quilômetros). É também onde se localizam o árido altiplano andino e as principais cidades, como La Paz, a capital mais alta do mundo, com 3.636 metros de altitude. No norte e no leste, as montanhas dão lugar a planícies cobertas pela floresta Amazônica e, no sudeste, à pantanosa região do Chaco.

Apesar do seu pomposo impacto, a nacionalização das reservas de gás natural e petróleo da Bolívia, decretada em maio do ano passado pelo presidente Evo Morales, não foi a primeira do gênero no país. Propostas anteriores de nacionalização, como as lançadas na Revolução de 1952 (provavelmente a única revolução operário-camponesa acontecida na América do Sul), mostram que se trata de um processo quase recorrente na história boliviana. E refletir sobre o tema e sobre os fatos que levaram à derrocada desses processos ajuda a avaliar as possibilidades de êxito desse novo governo que, assim como o de 1952, busca ser revolucionário.

Após a independência (1826), o salitre, o estanho, o látex e o petróleo marcariam os ciclos econômicos do primeiro século de vida republicana do país.

Porém, a exploração desses recursos não se desvinculou do padrão vigente no período colonial. Exploradas por empresas diretamente ligadas a setores estrangeiros, responsáveis pela demanda desses recursos, essas atividades abasteciam uma elite demograficamente restrita e com nítida filiação étnica. A elite criolla, formada por gente nascida nas colônias e por descendentes de espanhóis, conservou a hegemonia política e econômica do país, e o conduziu a um sistema excludente, no qual a população indígena e chola (mestiços de classe média baixa) era mantida como mão-de-obra barata ou em sistemas como a pongueaje (prestação de serviços não remunerada, devida pelas comunidades indígenas aos proprietários das terras).

A nota trágica, que consagraria a imagem da Bolívia como país frágil e desagregado, seriam as perdas territoriais. Envolvida em guerras fronteiriças, a Bolívia se viu mutilada em mais de 50% do território que contava à época da independência. Dessas, além da derrota na Guerra do Acre, ao final da qual a Bolívia concordou em ceder o território acreano ao Brasil em troca de compensações econômicas, a mais dramática foi a perda da faixa litorânea para o Chile, na Guerra do Pacífico. Para um país cuja economia se baseava na exploração de recursos naturais voltada para uma demanda externa, a perda do litoral implicou prejuízos que ainda hoje marcam a economia boliviana.

Dados da Bolívia:

Extensão territorial: 1.098.581 km².

Localização: Centro-oeste da América do Sul

Capitais: La Paz (sede do governo e administrativa), Sucre (legal).

Clima: Equatorial (depressão amazônica), de montanha (altiplano).

Governo: República presidencialista.

Presidente Atual: Evo Morales.

Divisão administrativa: 9 departamentos.

Idiomas: Espanhol, quíchua, aimará (oficiais).

Religião: Cristianismo 94,1% (católicos 88,3%, protestantes 6,4%, outros 4,5%), outras 4,1%, sem religião e ateísmo 1,7%.

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