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Desmundos-faculdade De Direito/historia Do Direito

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Por:   •  7/11/2013  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  424 Visualizações

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Desmundos

Para desenvolver esta resenha primeiramente procurei o significado da palavra: "desmundos"... e constatei que apesar da palavra não existir ela tem como significado, "não mundo" , ou fim de mundo. Em uma época em que as mulheres eram tratadas como objeto, "Desmundos", conta a história de uma jovem portuguesa órfã, Oribela, interpretada por Simone Spoladore,que junto a outras jovens, são mandadas para o Brasil no ano de 1570 para casarem-se com colonizadores com a finalidade de minimizar o nascimento de filhos com índias.

Oribela e as demais órfãs são levadas para um lugar onde são oferecidas a seus pretendentes por uma intermediária. Todas mostram-se submissas com exceção de Oribela que, por ser muito religiosa, não aceita a imposição e dá uma cusparada em seu pretendente. Oribela, tendo conseguido espantar o seu primeiro possível marido, presume que irá retornar a sua terra natal, Portugal. Nesse ínterim, porém, aparece-lhe um pretendente que a desposa. Chama-se Francisco de Albuquerque, interpretado por Osmar Prado. Ele leva-a para sua residência, que propositadamente, situa-se longe da cidade para que Francisco pudesse assim, viver fora das normas e cometer pecados.

O que transparece é que tudo era pecado, e não crime. Coisas erradas atingiam diretamente apenas à igreja e não a um Estado maior como "tem sido nos dias de hoje" . O filme insinua também uma relação incestuosa entre mãe e filho em alguns diálogos, quando a mãe quase beija-lhe a boca de maneira estranha, fora do comum. E há quem vá mais a fundo e diga que a menina com problemas mentais que mora com eles seria fruto de uma possível relação dos mesmos; até porque, a ciência diz que em uma relação entre parentes muito próximos, há sempre muita chance de nascer um filho com problemas.

Deixando a ciência de lado e voltando ao ponto. Oribela tenta diversas vezes fugir porque mesmo tendo passado o tempo, ainda não aceitava a idéia de ter de "viver" naquela situação determinada pelo marido; de ser casada e só fazer sexo por obrigação e ter de conviver também, apenas por obrigação. Além de não ter auferido êxito em suas fugas, acaba permanecendo no lugar que não era de sua vontade; sobrevêm um elo eterno com seu marido: o filho que nasce-lhe no final da trama, o ponto em que eles mudam de residência por fim.

Há diversos outros pontos no filme sobre os quais por horas poderíamos aqui citar mas, como é para História do Direito brasileiro, o que EU preciso entender é o "antes, o depois e o atual", enfim, a estória, disto tenho plena certeza. Portanto constatei que neste tempo, o líder religioso era o mais importante, afinal não "vi" em momento algum nenhuma outra figura mais importante do que ele. A impressão de que não existia crime, e sim, o pecado. Mas fico indagando-me se era assim mesmo ou, se era uma exceção devido ao fato de estarem demasiadamente longe da cidade, longe das regras e dos costumes já formados por um povo.

Carolina Trigueiro Cunha

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