Dops E Mpb
Artigo: Dops E Mpb. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vycklinha • 30/11/2014 • 632 Palavras (3 Páginas) • 547 Visualizações
O que era o DOPS?
O termo “DOPS” significa: Departamento de Ordem Política e Social. Foi criado para controlar as manifestações políticas na ditadura pós-64 instaurada pelos militares no Brasil. O DOPS perseguia, acima de tudo, as atividades intelectuais, sociais, políticas e partidárias de cunho comunista.
Entre os anos de 1964 e 1974, em virtude de resistência ao regime militar crescente, a DOPS obteve maior autonomia. A partir do momento em que o Brasil se abriu para o processo de redemocratização, a instituição perdeu atividades e sentido pela sua existência.
O que fazia a DOPS?
DOPS exercia função de órgão policial, e deixou documentos como ofícios , relatórios, radiogramas e livros que hoje servem como pesquisa histórica e busca de processos judiciais. Há dossiês que descriminam sobre a existência, na época, de eleições sindicais, greves, partidos políticos, atos públicos e outros acontecimentos que eram registrados e vigiados pela DOPS.O aconteceu com os locais onde se encontrava o DOPS?
As celas do antigo edifício do DOPS, em São Paulo, onde vários políticos ficaram detidos, foram torturados e mortos, foram transformados em locações do Museu Imaginário do Povo Brasileiro. O prédio está reformado, o que é criticado por ex-presos políticos da época, pois a reforma apagou todos os traços de resistência e sobrevivência daquele tempo.
Por que eram perseguidos?
Qualquer composição musical ou declaração que chocasse a “normalidade” política da ditadura era registrado como suspeito. Bastasse o artista participar de eventos estudantis, festivais, regravar artistas perseguidos, citar nomes políticos, entre outros fatores, para que o artista fosse perseguido.
A MPB
A MPB, desde cedo, procurou acompanhar as mudanças pelas quais o Brasil passava e suas composições registravam o que outros ritmos não faziam.
Após o golpe militar, as referências à ditadura, à desigualdade social e a temas de apelo popular, como reforma agrária, mortalidade infantil entre outros, apareceram em suas letras e mesmo nos seus arranjos , ora forma explícita, ora de maneira velada, por meio de metáforas que foram tão bem trabalhadas pelos compositores.
Após a sexta-feira 13 de dezembro de 1968, censura , proibições e exílios tiraram desses palcos todos os que faziam da música um ato político, uma tomada de partido, restando aqueles que, se não defendiam explicitamente o regime, pelo menos não se comprometiam com uma mudança por meio de sua sorte.
Os perseguidos do pré-AI5
Alguns representantes iniciantes da MPB já eram vistos pelos militares como inimigos do regime, entre eles, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Taiguara e Geraldo Vandré.
A intervenção de Caetano Veloso era mais no sentido da contracultura do que contra regime militar.
A música Geleia Geral ( Gilberto Gil), sofreu o veto da censura por ser considerada de conteúdo política contestatória, além de segundo os censores, fazer um retrato equivocado
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