Estereótipo de pontos de vista sobre a África
Artigo: Estereótipo de pontos de vista sobre a África. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amtjbjesus1990 • 13/10/2014 • Artigo • 971 Palavras (4 Páginas) • 323 Visualizações
A África que existe na cabeça das pessoas é folclorizada
Até os anos 50 do século XX, muitos países de África e da Ásia eram colónias da Europa, mas, logo depois do segundo conflito mundial, tem inicio o processo de descolonização e a luta pela independência política.
Os anos que correm desde a Conferencia de Bandung, na Indonésia, em 1955, á conferencia de Alger em 1973, assinalam o fim da era colonial. Com a Declaração da ONU de 1º de Maio de 1974, subscrita pelos países do Terceiro mundo, é apresentada á comunidade mundial a proposta de um projeto coletivo para a instauração de uma ordem económica internacional (NOEI). O terceiro mundo é uma realidade vasta e complexa, que compreende a América Latina, o Caribe, a África, a Ásia e a Oceânia meridional. É por isso que se fala de também de “ Terceiros Mundos”, uma vez que o Terceiro Mundo apresenta uma realidade multiforme no que respeita á situação económica, ao projeto político e á expressão cultural, que seria menos impróprio descrever, no plural, como Terceiros mundos. Mais, mesmo usando o plural (um uso linguístico que não conseguiu se impor), a referência é a uma realidade de Terceiro Mundo, feita de povos oprimidos e culturas desprezadas, que Franz Fanon em um célebre livro de 1961 polemicamente definiu como “ os condenados da terra”.
O Terceiro mundo existe: todos os dias estamos em contato com ele. Continentes da humilhação, mas também do orgulho reencontrado. Mundos escravizados, mas também chamados a outros destinos.
Para muitos de nós que vivemos na África moderna e urbanizada, torna-se cada vez mais difícil imaginar como poderia ter sido a vida neste continente, antes da chegada dos ocidentais e de sua civilização. Nós nos tornamos tão condicionados (sofrendo até lavagem cerebral) que, mesmo tendo recebido a melhor instrução, muitas vezes olhamos com vergonha para essa vida, como sendo “selvagem”, “brutal” e tudo o que é ruim. Olhamos para ela com os olhos e óculos dos ocidentais que nos conquistaram, nos ensinaram seus costumes e nos tornaram escravos de seus padrões de pensamento, sistemas de valores e espiritualidade. Segundo a expressão de Paulo Freire, nós “internalizamos” a imagem deles dentro de nós e vemos a nós mesmos no presente, no passado e ás vezes no futuro como eles vêem.
Dentro deste contexto, me proponho apresentar uma reflexão objetiva a respeito do “perigo da única história”, centralizarei a minha atenção no continente africano, que, infelizmente, tem sido vítima de vários preconceitos sobretudo de pessoas ignorantes.
É muito interessante observar a tamanha ignorância que muitas pessoas têm sobre o continente africano. Para muitos, África, não passa de mais um lugar esquecido no planeta terra ou digno de ser explorado. Um lugar de gente desprezível, sem educação, saúde e um sistema de saneamento básico adequado. Outros ainda pensam que os africanos vivem nas matas e têm como animal de estimação leões, ou outros tipos de animais ferozes (embora que alguns caçadores desenvolveram mais habilidades e acabaram por familiarizar-se com estes tipos de animais, alias, esta é história predilecta que as mídias passam né? Mas não se justifica pegar esse dado e fazer um juízo de valor para toda África, isso sim seria uma grande imbecilidade).
E tem mais, há quem pensa que África é um país. Você ouviu isso? Eu disse que existem pessoas que acreditam que África é um país. Não sei se diante desta triste realidade devo rir ou chorar. E o pior, é que a luz dessas ideologias equivocadas, elas se propõem e falar sobre África. O que você esperas ouvir dessas pessoas? Com que bases essas pessoas
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