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FILME A MISSÃO

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Por:   •  24/4/2013  •  1.554 Palavras (7 Páginas)  •  1.936 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE - UNINORTE

LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

A MISSÃO

MANAUS

2012

CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE - UNINORTE

LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Clodoaldo Matias da Silva

Cristovão Mota de Carvalho

Daniele Guimarães Fontes

Mileide Dayana Costa da Cunha

A MISSÃO

MANAUS

2012

Dirigido por Roland Joffé e escrito por Robert Bolt, o filme A Missão é uma obra inglesa de 1986, baseada em fatos reais, e trata da época da expulsão dos jesuítas do reino português devido à crise nas relações entre Coroa portuguesa e a Companhia de Jesus.

A MISSÃO

A história do filme ocorre nas fronteiras da Argentina, Paraguai e Brasil no ano no final do século XV e início do XVI, é o período em que a Europa começa a se questionar sobre quem habita o outro lado do mundo. É a época das grandes navegações, das grandes “descobertas”, do encontro com o outro, de acordo por LAPLATINE (2003), pode ser considerado um período embrionário da antropologia.

O filme conta a história da disputa entre espanhóis e portugueses pelo território onde se localizam as missões jesuítas, neste período da história D. José I era rei de Portugal e Marquês de Pombal, ministro, e o que é exposto é a colonização da América do Sul pelas coroas da Espanha e de Portugal no século XVIII, enfatizando as missões jesuítas da Igreja Católica que tinham como objetivo principal a evangelização dos nativos, principalmente dos índios Guaranis. Os jesuítas eram chamados de soldados de cristo, pois sabiam lutar, manejar a espada e atirar além de tudo não poupavam forças para alcançar seus objetivos, evangelizar e catequizar os índios.

Ao iniciar o filme, nos deparamos com uma cena chocante, pois um grupo de índios joga nas correntezas de uma cachoeira (Fig. 02) o corpo de um padre crucificado. Ao entendimento do grupo, nem todas as tribos indígenas aceitavam ser evangelizadas, pois já tinham impregnadas em si sua cultura, seus costumes e seu modo de viver. Os padres jesuítas não desistiam da missão denominada de São Carlos de catequizar os nativos da América do Sul, onde para defenderem seus protegidos acabaram se voltando contra os colonizadores e contra a própria Igreja. Nós deparamos com as dificuldades que o padre passa subindo pelas pedras de uma cachoeira e entrando na mata fechada para conseguir um contato com a tribo dos índios Guaranis, ele sabia que os indígenas gostavam de música e no meio da floresta toca flauta para encantá-los e assim consegue fazer com que aceitem sua presença, através da música consegue romper a barreira dos diferentes dialetos que se transformam na maior dificuldade entre os jesuítas e os índios. No filme é relatado com bastante crueldade a captura dos índios e o jesuíta tentando defende-los, mas alguns são levados e tratados como escravos ou “animais” ou como uma coisa.

Os colonos vêem os nativos como inferiores e os qualificam como não-humanos, sem alma e, portanto, passíveis de escravização: e assim, opõem-se radicalmente aos missionários, cujos objetivos eram salvar almas e conquistar adeptos a fé cristã, esses colonos utilizavam-se de critérios para a avaliação do que poderia ser considerado humano, como LAPLATINE (2003), descreve:

“Entre os critérios utilizados a partir do século XIV pelos europeus para julgar se convém conferir aos índios uma estatuto humano, além do critério religioso do qual já falamos, e que pede, na configuração na qual no situamos, uma resposta negativa (“sem religião nenhuma”, são “mais diabos”), citaremos: a aparência física: eles estão nus ou “vestidos de peles de animais”; os comportamentos alimentares: eles “comem carne crua”, e é todo o imaginário do canibalismo que irá aqui se elaborar: e, a inteligência tal como pode ser apreendida a partir da linguagem: eles falam “uma língua ininteligível”.

O Capitão Rodrigo Mendonza, é um mercenário, mercador de escravos que mata seu próprio irmão, mas não é condenado, pois fez isto através de um duelo. Sua penitência é seguir com os jesuítas até a tribo dos Guaranis pelos mais difíceis caminhos, carregando um monte de treco amarrados em sua costa por uma forte corda, a cachoeira citada é a Foz do Iguaçu. Ao chegar à tribo um índio livra Rodrigo do peso que carregava e ele ao mesmo tempo chora e ri, é emocionante. Rodrigo passa a conviver com os índios e se rende a doçura deles, não poderia nunca deixar de citar um pequenino índio que sem dentes da frente ri com uma inocência magnífica que encanta o telespectador.

Espanha e Portugal se fixaram na America do Sul através dos jesuítas com a roupagem de que iriam evangelizar os índios, mas na realidade queriam ter o controle sobre eles e sobre àquela região com o único propósito de engrandecer suas riquezas e satisfazer portugueses que queriam aumentar seu império.

Uma cena muito intrigante é a de um pequenino índio Guarani fazendo uma apresentação de canto na província para a nobreza, pois os jesuítas se reuniram junto com os nobres para decidir a quem pertenciam às terras do sul do Brasil, onde viviam a tribo dos Guaranis, se a Portugal ou a Espanha, que pelo tratado de Madrid pertenciam aos Portugueses. A maioria dos nobres tratava-os como animais selvagens ou mesmo animais com voz humana, traiçoeiros, da mesma forma que LAPLATINE (2003) cita em seu texto:

Aprender Antropologia em a figura do mau selvagem e do bom civilizado relatando que os europeus vinham julgar e conferir se cabia aos índios um estatuto

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