Feudalismo

Por muito tempo, o que hoje entendemos por História viveu à margem de outras disciplinas como a Teologia e Filosofia, pois seu caráter continuou submetido às relações entre o sagrado (hagiografia, apologias) e o profano (crônicas, narrativas, cancioneiro, biografias, fantasia, literatura). A Europa vai viver um momento de renovação de ideias, principalmente da racionalidade, no período do Renascimento (XIV-XVI) baseado em pensadores da antiguidade clássica como os gregos Platão e Aristóteles. Neste contexto, o filósofo inglês sir Francis Bacon (1561-1626) deu uma importante contribuição aos estudos ligados às ciências humanas e, consequentemente, ao estudo da História. Em um trecho famoso, ao criticar os empiristas, ele parte de uma comparação desenvolvida para dar um real objetivo ao que em tese podemos chamar de pesquisa histórica.

"Existem os empiristas, que como formigas, simplesmente coletam dados para apresentar suas ideias e teses, já os teóricos puros podem ser comparados a aranhas cujas teias se originavam de seu próprio interior”.

Bacon recomendava o exemplo da abelha, por ela não só procurar matéria prima, mas também cria assim ele visava que fontes históricas poderiam ser criadas e não só colhidas. Ao longo do desenvolvimento da Historia como Ciência foram criados vários conceito históricos tempo foram criados vários conceitos históricos, alguns conceitos são fundamentais para a compreensão da História, eles são fundamentados de acordo com o processo histórico.

2.1 VARIEDADES DE CONCEITOS HISTÓRICOS.

Os conceitos de História variam de período para período e entre as várias correntes historiográficas, alguns dos principais conceitos históricos são: Modo de produção, que é o modo como os homens se organizam para manter a sua sobrevivência e o modo de vida, o modo de produção é um complexo socioeconômico e cultural, formado por três elementos básicos: forças materiais de produção, relações sociais, sistema de padrões de comportamento. Sendo um grupo de elementos interativos, qualquer mudança pode provocar alterações imediatas em qualquer elemento. Sistema é uma ligação entre diversos elementos que estão relacionados entre si, sendo que qualquer alteração pode modificar todas as partes. Não há sistemas sem alterações, cada sistema possui um elemento do anterior e do que irá se suceder. Regime, as regras legais de um subsistema são conhecidas como regime estrutura e conjuntura. Estrutura, a estrutura é o principal conceito para a compreensão do processo histórico, pois é através dela que as partes do sistema se articulam, envolvendo desde as inter-relações das partes até as relações das partes com a toda a estrutura se divide em infraestrutura e superestrutura. Conjuntura que é um conceito, no qual o sistema é submetido, que consiste numa ocasião transitória e periódica. Além desses existem outros conceitos como:

2.1.1 Tempo: A como se falar de historia sem conter esse conceito que varia também de escola para escola e do uso e das características que se considera no estudo da História:

2.1.1.1 Tempo Histórico: Conjunto de características de uma sociedade em determinado período de sua História.

2.1.1.2 Tempo Cronológico: É o tempo determinado, medido pelo relógio, contado em anos, séculos, milênios. Todas as civilizações existentes tiveram alguma forma de contar o tempo.

2.1.2. Historia: Deste a época, mais remota da humanidade, a história foi passada oralmente de pessoa para pessoa, com grande importância também para a sociedade atual, a história é uma ciência que estuda o homem, bem como o seu passado, a sua cultura, e origens de modo a entender o seu presente. Se tornando a grande esclarecedora de perguntas que foram geradas ao longo dos tempos, investiga os eventos usando o seu próprio método de análise documental.

2.1.3. Documento: O Documento histórico faz partes de uma das principais fontes de estudo da historia, antes da historia ser tornar o que é hoje o documento era visto de uma maneira única para análise do passado, por se tratar muitas vezes de acordos, contrato, registros e etc. oficiais firmados por autoridades ou representantes de segmentos sociais, o documento é uma das mais seguras formas de estudo da historia.

2.1.4. Monumento: Não só tudo aquilo criado pelo homem de forma arquitetônica, mas também os sítios urbanos e rurais, criações naturais, que foram palco e residências de civilizações que desenvolveram e evoluíram nestes determinados locais ou ainda fizeram partes de acontecimentos históricos, são conceitos de monumento.

2.1.5. Escola dos Annales: A Escola dos Annales começou a esboçar-se inicialmente nos anos 20 do século XX, a partir dela a história não era mais simplesmente a narrativa de fatos como era feita pelos “positivistas”. Para esse novo grupo, até os documentos oficiais, que antes eram reproduzidos sem uma análise, diziam mais do que os historiadores que os antecederam poderiam imaginar, antes desse movimento, o historiador, não poderia escolher os fatos, pois a escolha era a própria negação da obra científica, levando assim para um lado pessoal, tal conceito foi duramente criticado e recusado pelo grupo dos Annales Com uma visão muito mais abrangente do que é a historia, os percussores desse movimento, como Charles Victor Langlois e Charles Seignobos, utilizam-se de novas formulações para velhos fatos, investigando e levando a historia a vários campos de estudos, incluído métodos pluridisciplinares.

Alguns estudiosos, e pesquisadores dividem a trajetória da escola em Quatro fases:

Primeira geração: liderada por Marc Blog e Lucien Febvre, que foi o início das primeiras idéias, e criticas às formas de analisar e pesquisa a historia.

Segunda geração: Dirigida por Fernand Braudel, Com a morte de Febvre em 1956, Braudel foi seu sucessor, tornando-se o diretor efetivo dos Annales

segundo Braudel, a contribuição especial do Historiador às ciências sociais é a consciência de que todas as "estruturas" estão sujeitas a mudança, mesmo que lentas. Era impaciente com fronteiras, separassem elas regiões ou ciências. Desejava ver as coisas em sua inteireza, integrar o econômico, o social, o político e o cultural na História Total.

Terceira geração: A terceira fase, não