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Feudalismo

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Por:   •  7/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  883 Palavras (4 Páginas)  •  190 Visualizações

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FEUDALISMO

I - Antecedentes

Desde o século III, o Império Romano enfrentava uma profunda crise estrutural, difícil de ser superada. Dentre os diversos fatores, podemos destacar:

- O expansionismo territorial, baseado na garantia de obtenção de novos recursos retirados dos povos dominados e o fornecimento de escravos. Para garantir o domínio das áreas conquistadas, era necessário um grande aparato administrativo e militar. Com o fim da expansão, houve um princípio de crise econômica, representada pelos enormes gastos com esta estrutura política.

- Para custear as despesas com o exército e a burocracia, o Estado tornou-se cada vez mais burocrático e autocrático. As insaciáveis exigências e regulamentos do Império

Romano enfraqueceram a iniciativa e o espírito cívico dos seus cidadãos. As cidades perderam a sua vitalicidade e o campo não produzia alimento suficiente. Ligada a este declínio, temos as constantes guerras civis, surgidas a partir dos confrontos entre chefes militares romanos. Estes chefes militares se preocupavam mais com sonhos pessoais do que a defesa das fronteiras imperiais. Essas guerras civis eram uma terrível carga financeira para o Império e enfraqueceram muito as defesas das fronteiras, abrindo espaço para as invasões dos germânicos.

- Ao apresentarem características estruturais atrativas para os germânicos, estes ficavam na expectativa de aumentarem os contatos a fim de se desenvolverem. Porém, com um Império enfraquecido, os germânicos iniciaram ataques às fronteiras. Estas invasões, ocorridas nas imensas fronteiras empobrecidas e despovoadas, agravaram os problemas internos de Roma. O Estado romano impunha pesados tributos e trabalhos aos cidadãos para revigorar as forças armadas, provocando nas sobrecarregadas classes média e baixa, o ódio ao governo imperial que tanto as explorava.

- A crise social resultou em dois aspectos. Primeiro, houve um declínio na taxa de natalidade, com o surgimento de novas epidemias. Com a diminuição populacional, aumentavam-se as despesas com a administração do Império, criando uma sobrecarga para os contribuintes. Por isso, teremos a redução do número de trabalhadores nos setores responsáveis pela dinâmica econômica do Império. Com isso, os imperadores foram forçados a permitirem o estabelecimento de colônias germânicas dentro dos limites do Império para manter o exército, situação essa que levou à sua barbarização. O segundo aspecto está na ampliação do processo de concentração fundiária e formação de uma plebe urbana sem terra e trabalho. Além disso, com a paralisação das conquistas imperialistas representou o fim do trabalho produtivo. A alta constante do escravo inviabilizava a manutenção da escravidão, enquanto o valor do trabalho livre decaía em função da ampla oferta disponível.

Enquanto existia uma grande crise no Império Romano, nas suas fronteiras, começavam a atrair povos oriundos da Europa centro-oriental. Estes seriam conhecidos por “bárbaros” ou “germânicos” e, desde o final do século III, já estavam entrando pacificamente no Império Romano, transferindo-se para áreas ainda não ocupadas da Europa Ocidental, em busca de terras férteis para o cultivo e de possibilidade de ascensão dentro do Império.

Para os romanos – especialmente os governantes – viam, com bons olhos, a imigração estrangeira: haveria mais braços trabalhando, a produção aumentaria,, haveria maior cobrança de impostos e o exército imperial poderia contar com um maior número de recrutas que se tornariam soldados romanos em pouco tempo.

Obviamente que estes “bárbaros” – em geral, oriundos da Europa centro-oriental,

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