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Fichamento Critico - Tempo, História E A Escrita Da História: A Ordem Do Tempo. - François HARTOG

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Por:   •  28/9/2014  •  1.189 Palavras (5 Páginas)  •  2.467 Visualizações

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François HARTOG. Tempo, História e a Escrita da História: a ordem do tempo in. Revista de História, USP, nº. 148, p. 09-34, 1º-2003.

Nascido em 1946, Hartog Estudou na École Normale Superieure, ex aluno de Jean- Pierre Vernant e apreciador da obra de Reinhart Koselleck. Foi influenciado pelo estru-turalismo, linguística e antropologia.

François Hartog é historiador, doutor em Historiografia Antiga e Moderna e professor das mesmas disciplinas na École des Hauts Études em Sciences Sociales, na França. É membro dos importantes institutos de História Centre Louis Gernet de Recherches Comparées sur les Sociétés Anciennes e Centre de Recherche Historique. É também um dos fundadores da Association des Historiens, associação dos historiadores da França, e já publicou diversos livros sobre História e Historiografia. Alguns de seus trabalhos são: Os antigos o passado e o presente; Memória de Ulisses; O espelho de Heródoto; Regi-mes de Historicidade – Presentismo e experiências do tempo; Evidências da História, o que os historia dores vêem.

A problemática do texto usa de seletas reflexões ao longo da temporalidade para auxi-liar os historiadores a partir da noção de regime de historicidade, comparando o regime moderno, historia antiga e historia magistra. Assim nos é proposto ir do século XX para mesopotâmia antiga e voltar, analisando a complexa relação entre esses regimes. Tendo como hipótese principal o regime moderno de historicidade que começa em 1789 com a revolução francesa e consistiu no ponto de vista baseado no futuro, no qual a palavra chave é progresso, tendo seu fim ou pelo menos uma grande quebra marcada pela queda do muro de Berlim em 1989, gerando uma grande falta de orientação para os profissio-nais da área.Começando por Francis Fukuyama e seu livro Fim da historia e o ultimo homem, que iniciou uma grande discussão colocando em debate o rumo da história, nessa perspectiva Hartog refuta suas opiniões, mas nos leva a questionar nossa relação com o tempo no presente, e no passado quando outro regime havia sido questionado ou findado. Baseando-se em Koselleck e outros autores no regime cristão durante a Idade Média, da Mesopotâmia antiga e da Grécia Antiga, Hartog busca identificar por quanto tempo a historia magistra se perdurou, o autor cita Tocqueville atuando como historia-dor, para compreender melhor o passado, e Droysen com a citação “além das historias há historia” concluindo que as lições dali por diante tenderiam a vir do futuro e não mais do passado.Isso nos remete a um período de transição, trazendo as reformulações da historia magistra, nos são reservados quatro tópicos: o primeiro é de que a historia magistra antecede o paganismo e sobrepõe-se ao conceito cristão pelo menos até Eusé-bio e Agostinho; o segundo trata do domínio da igreja católica sobre a historia; o terceiro critica a cristandade e retoma a idéia de imitação dos antigos; por ultimo tomando como exemplo o livro Traité dês Études de Abbé Rollin (1726)traz a idéia de que a história “é a escola comum de toda a raça humana”.

Passando agora para a pré-história da historicidade, duas experiências são destacadas, a Mesopotâmia antiga II milênio a. C. com a adivinhação magistra que é descrita como uma ciência sistemática do passado;e a Grécia antiga século VII com a epopeia homéri-ca que trata-se de cantar a gloria de seus heróis.

Analisando agora os questionamentos de tais regimes, para fortalecer o que diz, o autor nos trás os dois primeiros livros dos Ensaios de Montaigne, refletindo sobre uma grande preocupação que existe acerca do tempo e analisa que no mesmo instante em que tentam confiar na historia magistra, também tentam questioná-la profundamente. O primeiro momento vem com Guerras religiosas do século XVI e as dificuldades em se encarar o Novo Mundo; O autor destaca três casos: Jean Bodin (1566) que parte da história dos exemplos do passado e segue questionando a autoridade do passado; Loys le Roy(1575) que é pela falta de coesão pois baseia-se na historia magistra e ao mesmo tempo a desafia ao tentar provar a superioridade do presente; Montaigne(1580) com o uso extensivo de exemplos, mas os exemplos perdem a capacidade de generalização tende a atestar a variedade do mundo, torna-se um apanhado de curiosidades.

O segundo momento é entre o fim da historia magistra e a implementação do regime moderno de historicidade citando exemplos como Tocqueville (como testemunha), o novo calendário para representar o novo tempo, e por fim faz uso da obra de Chateau-briand para corroborar a premissa do revezamento entre espaço e tempo.

Também é mostrado ser natural haver períodos

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