Filme Germinal

Resenha do filme Germinal

O filme Germinal caracteriza o processo de produção do trabalho no modelo capitalista, a expansão do chamado capital, mostrando de forma bem clara os opostos entre as necessidades humanas e as materiais. O filme se passa na França no século XIX, no início, é mostrado que um jovem maquinista chamado Etienne Lantier, vem à procura de emprego nas minas Voreux, no primeiro momento não obtém sucesso, mas ao uma trabalhadora vir a óbito, chamada Fleurance, ele logo consegue a vaga e a substitui. Ao conversar com um senhor conhecido como “Boa Morte”, destaca-se que as fábricas não param e que as oficinas fecham uma por um a cada dia que passa, destacando também que há existência de ameaças de greves e redução dos salários. Este senhor trabalha na minha desde antes dos oito anos, ou seja, que o trabalho começa na infância, que todos os membros da família tinham que trabalhar para que pudessem sobreviver, mulheres, homens, crianças e idosos. Sr. Hennebeau é o diretor da mina, enquanto o dono é desconhecido. Acordam de madrugada para trabalhar e mal se tem o que comer, não comem carne todos os dias, acumulam dívidas e filhos que não tem condições de criar de maneira correta. O jovem maquinista Etienne é avisado que receberá 30 cêntimos por dia e que o trabalho é pesado, mas que aprenderá depressa. Recebe um capacete para proteger a cabeça superficialmente, sendo o capacete o único equipamento de proteção disponibilizado para os trabalhadores. Em certo momento, Etienne vai ajudar outro trabalhador a colocar escoras nas paredes para evitar um possível desmoronamento, percebendo assim que não existem condições mínimas para o trabalho, tanto na estrutura do local quanto a segurança pessoal e, se as escoras não forem bem feitas, resistentes e se chegar a ter um desmoronamento, a companhia irá pagar uma pensão para as esposas dos trabalhadores, mas também irá aplicar uma multa de três francos e baixará o preço da vagoneta. Etienne conversa com um homem que diz que a Associação Internacional de Trabalhadores que fundaram em Londres funciona muito bem, que cada vez há mais filiados e, que os trabalhadores do mundo se unirão para lutar de igual para igual contra os patrões. “O operário sozinho não é ninguém. Mas unido representa uma grande força”, Etienne. “Aumentar os salários numa economia capitalista é um sonho, os operários só tem direito a comer pão duro e a ter filhos, é uma condenação à prisão perpétua da fome e miséria”. Tentam se organizar para fazerem a greve, caso suas reivindicações não seja atendidas, para isto é necessário que os operários paguem uma conta mensal de 20 francos para que seja criada uma caixa de resistência, que servirá de sustento para eles caso a greve seja longa. Eles tentam falar sobre as suas reivindicações com o diretor geral da mina, não obtendo sucesso, pois este arruma várias desculpas para justiçar a permanência do funcionamento delas (as minas) pondo as companhias como se estivesse na mesma situação de precariedade dos seus trabalhadores a partir da exposição das situações de “quebra” delas, desejando que eles culpem os fatos e a conjuntura econômica pelas suas situações. Pode-se observar o contraste de situações, entre patrões (donos dos meios de produção) e empregados (trabalhador-mercadoria) a partir de um jantar de noivado que acontece no decorrer do filme na família de um dos donos, comida farta, alegria e tranquilidade, nota-se também que o noivado é quase como um negócio, pois é baseado no interesse de fusão de capitais. A situação se agrava, pois a companhia contrata trabalhadores da Bélgica e ameaça despedi-los caso a greve permaneça, alguns trabalhadores temerosos e famintos querem retornar ao trabalho outros tão engajados preferem morrer a abandonar a causa. Daí os grevistas vão até as minas em funcionamento, as destroem, as inutilizam temporariamente com a paralisação de elevadores, bombas etc.,

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