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Filosofia Um Caminho Para A Vida

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Por:   •  24/8/2014  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  313 Visualizações

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“O que perturba e alarma o homem não são as coisas, mas a suas opiniões e fantasias acerca das coisas.”

(Epíteto. Enchiridion. L.I.)

1 - Filosofia: “Um caminho para o desenvolvimento humano”.

O que é filosofia? Podemos definir que filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados a existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Segundo a sua etimologia, filosofia é uma palavra de origem grega1, philosophía, que significa “amor a sabedoria”, “amor ao saber”.

A filosofia é um caminho para o desenvolvimento humano, por fomentar nele uma concepção unitária e total do mundo e da vida. Não oferecendo respostas prontas, mais indicando os caminhos para a elaboração do pensamento.

Nós seres humanos estamos sempre em busca de compreender o mundo que está diante de nós, tentando responder perguntas tais como: Quem sou eu? Onde estou? Como entender o que me cerca e como agir diante do que acontece?2

Estes desdobramentos tem conduzido o homem à encontrar um grau de coerência para superar as suas dúvidas, levando-o a compreensão de si mesmo e do seu semelhante. Desenvolvendo também no homem a capacidade de refletir sobre seu próprio mundo, classificando-o de uma maneira sistemática através de símbolos. Um símbolos é uma construção social, “...elaborado a partir da combinação da imagem com o seu significado...”3, podemos até afirmar que também é temporal, pois cada época tem uma forma de interpretá-los, de acordo com a imaginação e pela própria experiência pessoal de vida ou até mesmo coletiva.

Ao asseguramos que a filosofia não oferece respostas prontas mas aponta os caminhos, podemos pensar nela como um objeto que tem por causa primária o conhecimento do ser humano. Com está afirmação podemos dizer que a filosofia e história são parceiras na busca pelo saber humano. Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, escreveu um livro chamado “Humano, demasiadamente humano” e corrobora com o mesmo pensamento ao afirmar: “...que o objeto da filosofia é conhecer o ser humano, e o seu modo de ser...”4.

O conhecimento do ser humano vem através do uso da linguagem, expresso através de dois tipos: um “saber científico” e o “saber comum ou senso comum” (doxa5). O saber científico é um saber empírico, porém, é controlado, pois a preocupação do saber científico é de sistematizar um conhecimento, utilizando-se de métodos críticos para alcançar seus objetivos em busca da verdade, procurando estabelecer uma relação universal através de leis e regularidade. Também utiliza-se de teorias com o fim precípuo de buscar o conhecimento. O senso comum6 é um conhecimento que também consideramos empírico, pois, baseia-se na experiência do cotidiano comum das pessoas, sendo considerado como uma sabedoria popular, é passado de geração a geração através de um senso “aprimorado”. O senso comum é ametódico diferenciando-se do saber científico, podemos ainda dizer que este conhecimento é assistemático, por não possuir um caráter de conhecimento refletido.

A filosofia se afasta do senso comum pela falta de fundamentação crítica, pois a maioria das pessoas não sabem explicar o que estão dizendo e porque estão dizendo, seu conhecimento e crenças são adquiridos sem nenhuma base crítica. Como a filosofia prioriza o “amor ao saber”, o senso comum leva o ser humano a um movimento de interioridade, não despertando nele o desejo de buscar a verdade.

Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., definiu o ser humano com a seguinte frase: “O homem é o animal dotado do logos e que vive na polis”. E esta definição foi parafraseada pelo pensador romano Cícero no século I a.C. como: “o homem é o animal racional e social”7. Através desta afirmação podemos diferenciar o ser humano dos animais. O homem, é um ser racional, que age de uma forma bem diferente do animal, destacamos a sua inteligência e a forma do seu comportamento. Possuindo a capacidade para analisar seus atos, executar suas tarefas, planejar suas atividades e colocá-las em prática. O homem, é um ser dotado com uma capacidade surpreendente de transcender o seu tempo e o local, pela exteriorização da sua linguagem. Segundo Martin Heidegger “Somos seres no mundo que moram na linguagem e é a linguagem que nos permite a transcendência. A linguagem é a casa do ser”8. Os animais são considerados como seres irracionais que vivem na natureza não criam cultura, eles agem de acordo com o instinto que é um ato "cego" onde é ignorada a finalidade da própria ação. A sua única preocupação é a de resolver problemas relacionados ao momento presente9.

A linguagem é o processo mental de elaboração do pensamento, e de constituição da identidade e do universo cognitivo do ser humano. É por meio da linguagem que expressamos nossas ideias, sentimentos e vontades. Todos corroboramos com a afirmação de que a linguagem é uma das dimensões mais importantes do ser humano. O homem é um ser pensante, por tanto tudo o que é humano passa através do processo da linguagem. A linguagem é a verdadeira fonte do nosso ser.

No parágrafo anterior vimos que a linguagem é a verdadeira fonte para entendermos o universo discursivo. Porém só temos acesso a este universo através do logos, pois é através dele que o homem chega ao conhecimento. Para o pensamento filosófico ocidental, “o universo era chamado de Kosmós. Na língua grega a palavra kosmós designava algo que fora arrumado, organizado ou enfeitado por um ser humano.

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