Fundação das Primeiras Universidades
Por: paula 05 • 14/6/2015 • Artigo • 944 Palavras (4 Páginas) • 187 Visualizações
INTRODUÇÃO AO TEMA
Durante a Idade Média, a maior parte da população não sabia ler nem escrever – privilégios reservados aos clérigos e comerciantes. O fortalecimento do comércio estimulou o aparecimento das primeiras escolas, criadas e regidas pelas igrejas e mosteiros, pois necessitava da escrita e do cálculo.
Antes das primeiras universidades, existiam os mosteiros, que se dedicavam ao estudo da teologia, filosofia, literatura e eventos naturais sob o ponto de vista da religião, e que por muito tempo, foram os responsáveis pela preservação da cultura e dos conhecimentos da época.
Existiam também os estudiosos “livres-pensadores”, como os alquimistas e filósofos, principalmente os gregos, como Aristóteles (384-322 a.C.), que dava aulas públicas no jardim de sua casa, e que sozinhos ou em grupos dedicavam a vida à tentativa de entender e modificar o mundo a sua volta.
Os filósofos clássicos foram os responsáveis por libertar a sociedade da época do misticismo excessivo, discutir os melhores meios de ordenar o conhecimento e dar forma ao pensamento lógico e à ética, a Igreja, por outro lado, fez com que o conhecimento por muito tempo se relegasse a uma tentativa de explicar o universo (que eles ainda nem imaginavam o que seria) por meio de Deus e corroborar o que havia sido escrito nas Sagradas Escrituras. Com isso, muito dos filósofos foram considerados hereges, e perseguidos pela igreja.
Com o surgimento de universidades na Era Medieval, tornou-se mais fácil a veiculação de informações e ideias, contribuindo assim para o surgimento dos ideais Renascentistas e mais tarde, Iluministas.
AS UNIVERSIDADES
Em meio ao século IX, Carlos Magno (rei dos Francos) já retinha grande domínio em toda a Europa. Para que seu império fosse unificado e fortalecido, ele decidiu fazer uma reforma na educação.
Foi então chamado o Monge Inglês Alcuíno, que desenvolveria um projeto escolar buscando incorporar as Sete Artes Liberais: o trivium, ou ciência da palavra (gramática, retórica e a dialética), e o quadrivium, ou ciência das coisas, que incorpora conhecimentos exatos (aritmética, geometria, música e astronomia).
O ensinamento nas primeiras universidades (pós-mosteiros) era voltado ao debate das relações do universo como um todo, daí origina-se o nome universidade. Universitas, em latim, também pode significar corporação. Na maioria das vezes, as pessoas ingressavam nas universidades porque isto propiciava inserção política e cultural na sociedade. Nos séculos XI e XII, após os decretos recomendativos, algumas das escolas estruturadas sob ordem de Carlos Magno que mostraram altos níveis em questão de desenvolvimento estudantil ganharam o título de universidades, entre as quais a maioria foi de escolas catedrais.
Em 1215, para evitar discrepâncias de ensino, formou-se em Paris um agrupamento voluntário de mestres, que acabou reconhecido pelo papa, com estatutos e privilégios definidos.
A partir daí surgem novas instituições formadas por autoridades próprias, tais instituições já eram concebidas com o título de instituição de ensino superior, já as universidades que evoluíram das escolas eram chamadas por ex consuetudine, e as fundadas por reis ou papas recebiam o nome de ex privilegio.
Apesar das universidades simbolizarem a “liberdade mental”, as mesmas eram subordinadas ao controle mestral do clero, dessa forma é possível afirmar que valores políticos ou rudimentares sofriam o controle da igreja. Mas mesmo sendo doutrinárias, foram nesses espaços que se formalizaram os primeiros avanços do desenvolvimento do pensamento científico (ou investigativo). Os estudantes universitários recebiam uma “proteção” com relação a justiça (desde que os mesmos seguissem os valores propostos pelo clero).
...