TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

GOLPE MILITAR DE 1964 E SEUS DESDOBRAMENTOS

Ensaios: GOLPE MILITAR DE 1964 E SEUS DESDOBRAMENTOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/11/2014  •  3.680 Palavras (15 Páginas)  •  533 Visualizações

Página 1 de 15

GOLPE MILITAR DE 1964 E SEUS DESDOBRAMENTOS

INTRODUÇÃO

O Golpe Militar de 1964, no Brasil, designa o conjunto dos eventos de 31 de março de 1964, ocorridos no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado (atualmente, alguns historiadores afirmam ter sido um golpe civil-militar) que interrompeu o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente, pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – nas mesmas eleições que conduziram Jânio da Silva Quadros à presidência pela UDN (União Democrática Nacional) – Jânio renunciou o mandato no mesmo ano de sua posse (1961), João Goulart, que deveria assumir a presidência, segundo a Constituição vigente à época, promulgada em 1946, estava em viagem diplomática na República Popular da China. Militantes de direita acusaram Jango, como era conhecido, de ser comunista e o impediram de assumir à presidência no regime presidencialista. É feito um acordo político e o Parlamento brasileiro cria o regime parlamentarista, sendo João Gourlart chefe de Estado. Em 1963 em plebiscito o povo brasileiro votou pela volta do regime presidencialista, e João Goulart finalmente assume a presidência da república com amplos poderes. O Golpe de 1964 submeteu o Brasil a uma ditadura militar que durou até 1985, quando, indiretamente, foi eleito o primeiro presidente civil desde o golpe de 1964, Tancredo Neves.

Alguns, entretanto, consideram-no um movimento político de duplo escopo, surgido do temor do expansionismo comunista (Chamado perigo vermelho) e do desejo de desenvolvimento nacional, que administrou o país através de um regime de exceção e que, por um lado, teria impedido a implantação de um regime totalitário e, por outro, seria responsável pelo Brasil ter se tornado uma das maiores economias do mundo.

DESENVOLVIMENTO

A Crise do Populismo

Jânio: uma vassoura na presidência.

Durante o governo de Juscelino Kubitschek o Brasil se modernizou deixando assim, uma conta a ser paga.

Na sucessão de JK, o PSD e o PTB, lançaram Lott e João Goulart.

A UDN e outros partidos menores apoiavam a candidatura de Jânio Quadros, ex-governador de SP. Jânio faria um governo para os pobres, seu símbolo era uma vassoura, com ela limparia o Brasil da corrupção.Jânio foi eleito, mas seu vice foi derrotado por Jango.

Jânio declarou que sua principal tarefa seria estabilizar a economia que se encontrava em ruínas. Assim, ele desvalorizou a moeda em relação ao dólar, cortou o auxílio ao trigo e à gasolina, congelou os salários, diminuiu a circulação de dinheiro e dificultou o crédito aos empresários. Essas medidas diminuíram os gastos do governo, mas aumentaram os preços de alimentos e transportes.

A camada popular reagiu contra o aumento dos preços e o congelamento dos salários. Empresários reclamavam das restrições ao crédito. Os setores nacionalistas acusavam Jânio de ser submisso ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Para manter o apoio da população, Jânio adotou uma série de medidas moralistas. Para contentar os setores nacionalistas, que eram antiamericanos, ele se aproximou de países socialistas, recebeu Fidel Castro, condecorou Che Guevara, e prometeu reatar relações com a URSS.

Essas medidas acarretaram-lhe mais problemas. Governar estava se tornando cada vez mais difícil.

Em 25 de agosto de 1961 Jânio renunciou.

A UDN e os militares não queriam a posse de Jango, o que poderia significar a volta do getulismo. Diante disso, acusaram Jango de promover agitação social e ser simpático com o comunismo.

O marechal Machado Lopes se uniu ao governador do RS, Leonel Brizola, pela defesa da posse de Jango.

Jango assumiu a presidência com a adoção do regime parlamentarista, aprovado pelo congresso, mas foi retirado do poder para a posse de um primeiro-ministro.

A situação social estava se tornando explosiva. Enquanto os latifundiários não investiam na produção, os pequenos fazendeiros não tinham recursos. Isso estimulou o aumento da inflação.

Os mais prejudicados com a corrupção eram os trabalhadores rurais. Eles não tinham carteira profissional, assistência médica, recebiam menos que o mínimo garantido por lei, eram oprimidos e explorados. A única saída era migrar para as cidades. No Nordeste, em 1960, até a Igreja Católica se colocou a favor da reforma agrária, o que atemorizou os fazendeiros.

Nas cidades, as elevações dos preços e o congelamento salarial, levaram à criação de organismos como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e o Pacto de União e Ação (PUA).

A União Nacional dos Estudantes (UNE), junto com os comunistas e setores do PTB, exigiam medidas do governo a favor das camadas populares.

Os estudantes da UNE, criaram o Centro Popular de Cultura (CPC) para conscientizar as massas das opressões e explorações que sofriam. O Cinema Novo, os compositores, os escritores e grupos de teatro exigiam reformas através de seus trabalhos.

Os governos dos primeiros ministros estavam se mostrando ineficientes. Em 6 de janeiro de 1963, o povo participou de um plebiscito e devolveu o poder a Jango, votando contra o parlamentarismo.

Jango: a queda de um presidente.

Jango elaborou o Plano Trienal que propunha as reformas de base destinadas a: combater a inflação, retomar o desenvolvimento econômico, melhoras as condições de vida dos camponeses e da população pobre da cidade. Elas incluíam a reforma agrária, a reforma do sistema bancário, a reforma tributária e a reforma eleitoral. Essas reformas atingiam os poderosos. Os grupos de esquerda e nacionalista apoiavam as reformas.

Sabendo que era muito difícil aprovar as reformas no Congresso, pois contrariavam os interesses das elites, que eram a maioria, muitos políticos de esquerda e líderes sindicais da UNE e das Ligas Camponesas iniciaram uma campanha de agitação e propaganda. As elites dominantes se sentiam ameaçadas pelo crescimento do movimento popular, apoiado pelo presidente, e, para resolver esse impasse, queriam a imposição do presidente.

Tentando conseguir o apoio da classe média, para derrubar o presidente divulgava-se a idéia

...

Baixar como (para membros premium)  txt (24.5 Kb)  
Continuar por mais 14 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com