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Grecia

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Por:   •  9/3/2015  •  1.106 Palavras (5 Páginas)  •  143 Visualizações

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Na Grécia Antiga, o filósofo Platão buscou arquitetar uma forma de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas. O fim da família e da propriedade reforçaram um ideal de comunidade que colocaria em segundo plano os interesses individuais e familiares. A união sexual deveria ter caráter temporário e a criação dos filhos seria de responsabilidade do Estado. Sem abordar a questão do escravismo, o pensamento platônico não tece uma crítica total aos valores de sua época.

Durante a Idade Média, a crise do sistema feudal e o grande enriquecimento da Igreja impulsionaram a formação de movimentos que tentaram abolir as desigualdades. Inspirados por um discurso de forte traço religioso, algumas das heresias medievais não só criticavam as desigualdades de seu tempo. Dotados de uma tendência mais radical, alguns movimentos religiosos deste período defendiam a supressão da classe nobiliárquica e a revolta camponesa como mecanismos de justiça social.

No período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal. No século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançou novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo. Contrariando uma tendência do pensamento renascentista (o individualismo), Morus buscou uma maior comunhão social.

No século seguinte, o advento da Revolução Inglesa foi visto como uma experiência histórica que deu brecha a práticas comunistas. Em meio às reivindicações da nascente burguesia britânica, trabalhadores urbanos e camponeses reivindicavam o fim das propriedades privadas e coletivização igualitária das riquezas. Nessa época, um grupo conhecido como “diggers” (do inglês, cavadores) plantava em lotes públicos e distribuía os alimentos colhidos entre a população inglesa.

A forma de sociedade do comunismo primitivo existiu durante muitos milênios, na vida de todos os povos da humanidade, tendo sido a mais primitiva etapa de evolução da sociedade.

Foi nesse mesmo período que se iniciou o desenvolvimento da sociedade.

Nessa época, os seres humanos viviam em estado de selvageria. Alimentavam-se de vegetais que encontravam por acaso: legumes, frutas silvestres, raízes etc.

A descoberta do fogo foi de extraordinária importância, pois que permitiu ampliar as fontes de alimentação.

Os primeiros instrumentos utilizados pelos seres humanos foram o machado e as pedras toscas sem polimento.

O emprego da lança com ponta de pedra e, logo depois, a do arco e flecha, permitiu-lhes procurarem novos alimentos, entre eles a carne dos animais.

Paralelamente à procura de alimentos vegetais e à pesca, a caça tornou-se um novo meio de subsistência.

Mais tarde, ocorreu um avanço considerável através da introdução de instrumentos de pedra lascada que permitiram trabalhar a madeira, visando à construção de habitações.

Apesar de o processo de desenvolvimento que elevou, através de milênios, a humanidade de sua existência semi-animal ao nível de seres humanos capazes de construir tecnicamente habitações e fabricar instrumentos de pedra tivesse sido demasiadamente importante, permaneceram os seres humanos sendo extremamente débeis na luta de sobrevivência em face das forças da natureza, o que se expressava, principalmente, no nomadismo, decorrente da precariedade das fontes de alimentação.

Sujeitados ao acaso, não havia nenhuma segurança de encontrarem sempre caça e produtos vegetais.

Ainda era impossível pensar em armazenar reservas.

Os alimentos eram procurados diariamente, não se fazendo nenhuma provisão para os dias futuros.

Em tais condições, as populações não se aglomeravam. Dispersavam-se, visto que o alimento, passível de ser adquirido em um certo território, era insuficiente para sustentar contingentes humanos mais densos.

Posteriormente, os seres humanos passaram a viver em tribos, compostas por clãs. Estas, por sua vez, compreendiam centenas de pessoas, englobando grandes famílias entre si aparentadas.

Não havia propriedade privada dos meios de produção e de distribuição.

A vida econômica do clã ainda era dirigida por todos em comum, coletivamente.

Tanto a caça quanto a pesca, tanto a preparação quanto o consumo de alimentos, tudo se fazia em comum.

Em seu livro intitulado “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Em Conexão com as Pesquisas de Lewis H. Morgan”, Friedrich Engels relata o exemplo dos povos das ilhas do Pacífico, entre os quais 700 pessoas e, certas vezes, tribos inteiras, abrigavam-se

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