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Grecia Antiga

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Por:   •  4/11/2013  •  4.253 Palavras (18 Páginas)  •  381 Visualizações

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Situada na Europa Meridional, entre os mares Jônio, Egeu e Mediterrâneo, a Grécia é um país montanhoso, em cuja costa existem muitos golfos e enseadas. A pobreza do solo, o litoral recortado, com muitas ilhas, contribuiu para que os gregos se tornassem excelentes navegadores, lançando-os à conquista de outras regiões mais produtivas.

O Povo

Os gregos chamavam a Grécia de Hélade e a si de helenos.

Na verdade a civilização grega resultou numa mistura de diversos povos.

Por volta do segundo milênio a.C., a ilha de Creta, graças ao seu comércio marítimo possuía uma civilização bastante adiantada.

Em torno de 1400 a.C., a sociedade cretense foi conquistada pelos aqueus, que haviam se estabelecido na Grécia Continental.

O predomínio da civilização micênica (por ser Micena a principal cidade dos aqueus), durou até 1100 a.C., quando os dórios, que conheciam e utilizavam o ferro, penetraram na Grécia.

Os invasores provocaram a fuga das populações que se dispersaram pelas ilhas do Egeu e costas da Ásia Menor. A invasão dórica provocou a decadência das artes e paralisou o comércio. Somente nas regiões colonizadas pelos jônios preservou-se a cultura grega.

A Grécia Primitiva

A Ilíada e A Odisséia, poemas atribuídos a Homero, nos fornecem muitos conhecimentos sobre a Grécia primitiva.

A Ilíada narra a guerra entre os gregos e os troianos. A causa dessa guerra foi o rapto da bela Helena, esposa de Menelau, por Páris, filho do rei de Tróia ou Ileo (daí Ilíada).

Comandados por Agamenon os gregos atacaram os troianos.

Durante as lutas Aquiles foi o destaque grego enquanto Heitor era o herói troiano.

Protegido pelo deus Hefaísto, que lhe cedera uma armadura impenetrável, Aquiles atacou os troianos que fugiram, exceto o corajoso Heitor, que enfrentou Aquiles. Apesar da bravura, Heitor foi morto por Aquiles que acabou profanando o seu cadáver.

O irmão de Heitor, Paris, que jurara vingança, acabou matando Aquiles após feri-lo com uma flecha em seu único lugar vulnerável: o calcanhar, daí o termo calcanhar de Aquiles que quer dizer o ponto fraco de uma pessoa.

Não conseguindo tomar Tróia pela força, os gregos usaram da astúcia...

Após terem celebrado a paz com os troianos, os gregos enviaram à Tróia um grande cavalo de madeira como presente (daí a expressão "presente-de-grego"). Acontece que dentro desse cavalo estavam os melhores guerreiros gregos. Estes, já dentro da cidade, abriram as portas para que o exercito grego liquidasse os troianos que foram apanhados desprevenidos.

Assim que os gregos conquistaram Tróia, após uma guerra de durou 10 anos.

A Odisséia narra as aventuras de Ulisses (ou Odisseu), rei da Ítaca, que após a destruição de Tróia procura retornar a sua fiel esposa Penélope, que prometera escolher um noivo, assim que terminasse de tecer um manto. Acontece que na esperança da chegada de Ulisses ela desmanchava, à noite, o trabalho que fizera durante o dia.

Finalmente, Ulisses chegou. Disfarçado em mendigo, se dirigiu ao local onde se celebrava a festa em honra do deus Apolo. Nesta festa, Penélope propôs que aquele que conseguisse disparar o arco e as flechas de Ulisses ela desposaria. Todos tentaram, sem sucesso.

Ulisses, graças à interferência de Telêmaco, seu filho, que sabia de seu segredo, disparou as doze flechas. Em seguida venceu os seus adversários e revelou-se a Penélope, que não acreditava ser aquele velho esfarrapado o seu esposo. Para contornar a situação, a deusa Atenéia devolveu a Ulisses a sua juventude e também a obediência a seu povo.

Ao se ler a Ilíada e a Odisséia chega-se às seguintes conclusões:

- a sociedade grega do Período Homérico era constituída por uma ampla comunidade, onde seus membros eram ligados por laços de parentesco;

- a terra era propriedade comum;

- inexistia a divisão em classes sociais;

- o poder era exercido pelo mais velho dos membros do clã: o páter.

No final do período homérico, o aumento populacional e a falta de terras acabou desagregando a comunidade primitiva.

As terras coletivas foram divididas pelo páter entre seus parentes mais próximos, surgindo dessa forma à propriedade privada e as

classes sociais.

Dessa forma, de um lado formou-se uma poderosa aristocracia que possuía as melhores terras e controlava o poder político, do outro lado os despossuídos que passaram a trabalhar para os aristocratas ou se dedicaram ao comércio e ao artesanato. Outros ainda acabaram emigrando para novas terras.

A Formação da Pólis

Pólis é uma palavra grega que podemos traduzir por Cidade-Estado.

Assim como os fenícios, os gregos não chegaram a formar um reino unificado, permanecendo divididos em cidades independentes.

As cidades eram construídas próximas da costa, sendo cercadas por uma fortaleza (Acrópole) destinada a proteger a população.

Esparta: Uma Cidade Conservadora e Militarista

A Geografia

A cidade de Esparta localizava-se na região da Lacônia, numa zona montanhosa, por onde corre o rio Eurotas.

O Povo

O povo descendia dos dórios, que conquistaram a região subjugando e escravizando os aqueus que ali viviam.

A Política

Esparta era governada por dois reis (um deles comandava as tropas em guerra e o outro permanecia em Esparta).

A autoridade dos reis era limitada pela Gerúsia (Conselho dos Anciãos), cujos membros não podiam ter menos de 60 anos de idade. Existia ainda o Conselho dos Éforos, em número de cinco, eleitos pelo povo para um mandato de um ano. Os éforos tinham grandes poderes, podendo julgar até os reis. Por último existia a Apela (Assembléia do Povo), formada pelos espartanos com mais de 30 anos. Não discutia as resoluções, porém tinha o direito de aprová-las ou recusá-las.

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