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Guerra Civil Espanhola

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Por:   •  3/6/2014  •  838 Palavras (4 Páginas)  •  375 Visualizações

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A Guerra Civil Espanhola é o símbolo de uma luta global da década de 1930. Coloca de um lado a democracia e a revolução social; do outro, a contra-revolução e a reação.

A Espanha, embora dentro do continente europeu, era um país periférico. Sua história estava fora do compasso do resto da Europa. Em 1931, um grupo de liberais anti-clericais e maçons, no estilo do século XIX, proclama a República. Bem intencionados, promovem uma Constituinte, cujo resultado é insatisfatório para as correntes extremistas.

A fermentação social é intensa nos campos e nas cidades. O leque esquerdista, que vai desde o moderado PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) até a ultra-esquerda anarquista, cuja ação revolucionária transgride os limites constitucionais, exige reformas, principalmente a agrária, já que 1% dos proprietários detém 51,5% de toda a terra. A lentidão da direita liberal levanta uma onda anarquista de greves, atentados à bomba, assaltos a quartéis e ocupação de prefeituras nas regiões de Valência e Catalunha. Isso apavora a ultra-direita, composta por monarquistas, católicos conservadores, grupos pequenos de tendência fascista como a Falange Espanhola e militares direitistas.

O estopim do conflito é o resultado das eleições de 1936. A esquerda, no embalo das coligações anti-fascistas, mirando o exemplo francês, formou a Frente Popular. O programa da coalizão inclui a anistia geral, a aplicação da reforma agrária e do estatuto de autonomia da Catalunha, a modificação das leis Municipal , Provincial e da Ordem Pública, e a ampliação do ensino público primário e secundário.

A vitória esquerdista é apertada, com 4.654.116 votos contra 4.503.524 dos direitistas. Os centristas fizeram 526.615 votos. A Espanha estava dividida.

Os setores ultraconservadores se aliam e buscam uma solução extralegal, diante da possibilidade de reformas progressistas. Optaram pelo golpe de estado, comandado pelos setores conservadores do Exército. Essa fórmula surrada teria chances se houvesse um distanciamento das massas, ou se o governo tivesse perdido a sua legitimidade. Não era, naquele momento, o caso espanhol.

O golpe se inicia na África, no Marrocos espanhol, em 17 de julho de 1936, onde está um contingente de 30 mil homens, mais 12 mil marroquinos sob ordens espanholas. No dia seguinte, o general Francisco Franco rebela-se nas ilhas Canárias, toma um avião e, no dia 19, assume o comando marroquino. Desde o início, o futuro Caudillo por gracia de Dios conta com a colaboração da Alemanha nazista e da Itália fascista que o ajudam no transporte das tropas da África para a Espanha.

O sucesso africano não se repete nas principais cidades espanholas. Só Sevilha é controlada. Os grandes núcleos industriais, principalmente Madri e Barcelona, repelem os golpistas, a partir de uma resistência sustentada pelos militantes dos partidos esquerdistas e das centrais sindicais aliados aos militares legalistas. O governo republicano constitucional não controla a situação.

Comitês se organizam nas cidades, para controlar a justiça e a polícia. Cada partido ou sindicato organiza patrulhas de controle e promove prisões. A persistência de ambos os lados transforma a tentativa de golpe em guerra civil.

Em 10 de outubro de 1936, uma junta de militares golpistas nomeia Franco chefe do governo do Estado e generalíssimo dos

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