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Guerra Civil Espanhola

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Por:   •  11/8/2014  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  482 Visualizações

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RESENHA GUERRA CIVIL ESPANHOLA

É muito comum que conflitos civis sejam influenciados por fatores externos. Na Guerra Civil Espanhola não foi diferente, apesar de ter acontecido apenas no território espanhol e a maioria da população do país estivesse envolvida.

No século XIX, o país sofria uma grande pressão interna, apesar do processo de exploração colonial ter trazido muitos benefícios à Espanha, desde sua fase mercantilista surgia um capitalismo muito desigual. Também agravou sua situação econômica: a invasão napoleônica, a perda de colônias e as diversas guerras de sucessão monárquica.

Tornou-se, no século XX, um país capitalista dependente de outras nações europeias. Com a desigualdade em alta, algumas regiões tendiam ao processa de industrialização moderno, e outras mantinham-se agrárias e presas a formas arcaicas de produção.

A Espanha era dominada por uma monarquia arcaica, tinha um caráter conservador e retrógrado. Quem apoiava essa monarquia, além da classe burguesa, era a Igreja Católica – com sua forte influência mundial nas estruturas políticas e econômicas. Mas, com certeza, as Forças Armadas dominavam o controle social, com seus desafios ao poder do Estado em prol de sua própria visão de “ordem” e sua proteção aos interesses de classe dos grandes latifundiários e dos conservadores setores monarquistas. O exército encontrava-se desmoralizado, levando parte da culpa pela situação em que a Espanha se encontrava. Surgiam então as correntes políticas de tendência socialista e anarquista. Eram feitos protestos, passeatas, greves e assim se espalhava o caos pelo país.

As elites espanholas resolveram “acabar” com o problema, desencadeando então a ditadura do general Primo de Rivera, onde o Estado interviria na economia e na vida social do país. Ainda assim, a população exigia um governo eleito e democrático. Através da abdicação do trono de Afonso XIII, a República foi instaurada.

A República não atendeu as necessidades do povo que antes o apoiava e gerou mais irritação na camada dominante. Sucedeu então outro governo falho: Confederacíon Española de Derechas Autónomas (CEDA), de direita, governou até 1935. A população ficava cada vez mais revoltada.

Com a irritação em seu auge, grupos de direita e esquerda trocavam tiros nas ruas e um clima de instabilidade dominava a Espanha. Através de outra eleição, dessa vez ficava com o governo a Frente Popular – organizada pelos comunistas. A direita já conspirava desde o início e recebia apoio externo: o Vaticano e Mussolini apoiando os grupos monarquistas, Hitler e as corporações internacionais apoiando os grupos de extrema direita de cunho filo-fascista e os militares.

A rebelião militar de 18 de julho de 1936 deixou o Governo Republicano sem a metade do seu exército. O poder do Estado Espanhol fragmentou-se e quem assumiu foram militares e diversas organizações populares. Nesse momento tanto os militares sublevados liderados pela general Franco, quanto a República, perceberam que precisariam de ajuda estrangeira.

Alemanha e Itália auxiliariam as forças do general Franco enviando transportes e armas. Já as potências ditas democráticas não ajudaram muito a República espanhola. Ela recebeu uma ajuda – de aviões e armamentos – discreta da República francesa, que logo parou devido pressões internas. Algumas potências se organizaram através da “Política de Não-Intervenção” e não apoiaram ninguém. A República espanhola recebeu manisfestos de apoio do México, da URSS e muitos voluntários estrangeiros que se sensibilizaram com a situação.

Depois de muita pressão, a URSS resolve ajudar a República, suprindo suas necessidades em troca do pagamento em ouro antecipado. Enquanto isso, a Alemanha já enviava em torno de 15 mil especialistas militares, armamentos e equipamentos para os militares, o que gerava uma incerteza no futuro da Espanha como nação independente, considerando que quase todos seus recursos naturais foram hipotecados àquela potência. A ajuda da Itália parecia grandiosa, com o auxílio de 90 mil combatentes. Porém, esses homens não se mostravam interessados

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