HISTÓRIA DE MONTE SERRAT - BOA VIAGEM
Trabalho Escolar: HISTÓRIA DE MONTE SERRAT - BOA VIAGEM. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: drecarvm • 4/10/2014 • 2.595 Palavras (11 Páginas) • 1.202 Visualizações
SLIDE 2: Composta por 14 bairros (Calçada, Mares, Jardim Cruzeiro, Massaranduba, Uruguai, Roma, Dendezeiro, Bonfim, Monte Serrat, Boa Viagem, Luís Tarquínio, Caminho de Areia, Baixa do Fiscal, Ribeira), abrange uma área de 742,76 hectares e possui 166,80 habitantes.
O pedaço de terra encravado na Cidade Baixa de Salvador, a oeste da capital baiana e do lado oposto ao Oceano Atlântico, engloba pontos marcantes da cultura baiana, como religiosidade, monumentos históricos e paisagens deslumbrantes.
SLIDE 4: No lado norte, que é mais populoso e empobrecido, ficam os bairros mais populares e com população mais numerosa, como Roma, Uruguai, bairro Machado, parte da Ribeira, Massaranduba, Jardim Cruzeiro e Vila Rui Barbosa além de ser uma das portas de entrada das quase extintas palafitas dos Alagados. o bairro do Uruguai abriga o maior número de habitantes na península. Com 30.370 moradores, ele supera bairros como Ribeira (19.578), Vila Ruy Barbosa e Jardim Cruzeiro, que juntos somam 19.448.
SLIDE 5: Após a Colina Sagrada do Senhor do Bonfim, começa Monte Serrat. É um bairro situado na parte baixa da cidade do Salvador (BA), com habitações antigas e de classe média. Predominam as casas familiares, bonitas e com no máximo três ou quatro pavimentos, não há quase nenhuma métrica ou repetição.
SLIDE 6: A história do bairro do Monte Serrat inicia quando, segundo alguns historiadores, Tomé de Souza, o primeiro Governador Geral do Brasil procura um lugar adequado para construir uma grande povoação e um forte, como havia lhe ordenado o rei de Portugal D. João III.
Monte Serrat é uma referência à imagem da virgem espanhola, trazida por um padre jesuíta que implantou a devoção a Nossa Senhora de Montserrat no local.
Com a atividade industrial desencadeada no Luiz Tarquínio, Boa Viagem, 99% dos primeiros moradores do local trabalharam na extinta fábrica Empório Companhia Têxtil. “Todos os funcionários da fábrica tinham direito a uma casa para a família e compras mensais, cedidas pelo dono, Seo Luiz Tarquínio”.
Existiu em Salvador em inícios do século XX um modelo de relações trabalhistas entre patrão e empregado, então revolucionário, sem precedentes no Brasil, iniciativa do empresário Luis Tarquínio; modelo este implantado na sua fabrica de tecidos “Companhia Empório Industrial do Norte”.
Naquele tempo sequer se cogitava na possibilidade de oferecer qualquer benefício ao trabalhador que não fosse o salário combinado. Predominavam relações de mando e submissão, legado de mais de quatro séculos de escravidão. Luis Tarquínio, ele próprio filho de uma lavadeira, descendente de escravos, mudou esse quadro estabelecendo uma fábrica modelo que reuniu em torno de 1.500 operários.
Tarquínio foi um visionário na compreensão de que um trabalhador bem tratado e satisfeito revertia numa maior produtividade da fábrica e consequentemente no lucro. E foi com essa convicção que o empresário construiu para seus empregados um bairro denominado Vila Operária com oito avenidas e caprichosa urbanização, incluindo belos jardins. Além da Vila de 258 casas os trabalhadores gozavam do beneficio de assistência médica, escola e creche para seus filhos, salão de esportes e armazém.
Água e luz eram gratuitos e conta Eliana Dumet, bisneta do empreendedor, que no tempo da seca e da farinha pela hora da morte, no armazém da vila o produto podia ser adquirido por preço inferior, franqueando a compra também aos vizinhos.
Dessa forma, todos criaram seus filhos aqui, formando a Vila Operária, que temos hoje, o primeiro condomínio fechado da América Latina”, contou a moradora Claudia Leal, 42 anos. Ainda de acordo com Claudia, com a morte de Luiz Tarquínio e a falência da fábrica, os bancos decidiram tomar os imóveis dos funcionários. “Muitos foram postos para fora, mas aí vieram as eleições e Antônio Carlos Magalhães, que era candidato na época, conseguiu os imóveis de volta e doou aos funcionários com escritura e tudo”, contou.
O projeto da Vila foi inspirado nas “Tenement Houses”, condomínios operários britânicos.
Sua inauguração se deu no ano de 1892.
Para possuir uma casa na Vila, os operários pagavam um quarto do salário como aluguel. Após cinco anos, os funcionários que fossem tidos como eficientes passavam a ser proprietários dos imóveis, recebendo a escritura da casa. Os filhos dos operários tinham o direito à educação, desde o jardim da infância. A filha de Luiz Tarquínio estudava também na Vila, junto com os filhos dos funcionários para provar que o ensino era de qualidade. O método de ensino adotado era o americano e além das matérias formais, as crianças tinham aulas de artes. Havia também cursos noturnos para adultos, creche, assistência médica e dentária.
SLIDE 7: A beleza do lugar está na união da arquitetura preservada da época da fundação do forte, que se deu em 1742 (ano de conclusão da obra), com a linda vista da Baía de Todos os Santos
O charme do Monte Serrat está na presença de três monumentos: a Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat, que fica em cima de uma rocha e é protegida por um cais, o Forte de Monte Serrat, pertencente à arquitetura militar brasileira e que serviu para proteger nossa terra das invasões holandesas e o Farol de Monte Serrat.
SLIDE 8: FORTE: O Forte de Monte de Serrat, conhecido como Forte de São Felipe – denominação que perdurou até o início do século XIX – foi construído em 1583 para servir como base militar, defendendo, juntamente com o Forte de Santo Antônio, o acesso norte da cidade.
O Forte de Monte Serrat foi construído entre os anos de 1583 e 1587; inicialmente, apenas um fortim. Entre 1591 e 1602, foi reformado e dotado de maior poder ofensivo. Desde então, até o início do século XIX, foi conhecido como Forte de São Felipe, também chamado de Fortaleza ou Castelo de Itapagipe.
Em 1624, durante o dia 9 de maio, impediu o desembarque dos holandeses, mas acabou sendo tomado pelos inimigos. Em 1638, foi ocupado pelos holandeses em sua 2ª investida contra a cidade. Em 1654, na gestão do Conde de Castelo Melhor, o forte passou por grandes obras de reforma. Em 1724, o Vice-Rei André de Melo e Castro mandou reedificá-lo.
Em 1837, foi tomado pelos combatentes da Sabinada, sendo recuperado no ano seguinte pelas tropas imperiais. Finalmente, em 1926, no governo de Góis Calmon, o baluarte é reformado, conservando-se todas as características originais e ajardinando-se a área que lhe fica em frente. Considerada "uma das melhores obras militares do Brasil Colônia" e “o mais belo monumento militar
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