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HISTÓRIA DO RÁDIO

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Por:   •  24/3/2014  •  7.083 Palavras (29 Páginas)  •  331 Visualizações

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História do Rádio

Há 80 anos, o rádio chegava ao Brasil e, de lá prá cá, nunca parou de fazer história

O mês de setembro não sinaliza apenas o desabrochar das flores, mas também de ondas sonoras - e, porque não dizer, travestidas de sabores, aromas e cores - que irrompem os ares, construindo castelos até mesmo nas imaginações mais contidas e embalando, às vezes, sonhos distantes. Ágil, companheiro do público e capaz de chegar a qualquer recanto do pais, o rádio adentra ambientes e circula por lugares diversos, sempre levando informação, música e entretenimento. Nascido em 7 de setembro de 1922 - data da primeira transmissão radiofônica no Brasil -, também comemora, no dia 25 do mesmo mês, o Dia do Rádio".

Ao recém completar 80 anos no pais, o rádio foi objeto de muitas comemorações, promovidas pelas entidades representativas do setor, assim como de outros segmentos da economia nacional, a exemplo do MaxiMídia, realizado de 23 a 26 de setembro, em São Paulo, com a presença de radiodifusores de vários estados. Em Minas, a data foi lembrada no dia 9 de julho, durante a abertura do VI Congresso Mineiro de Radiodifusão, promovido pela Associação Mineira de Rádio e Televisão - AMIRT que ofereceu uma placa alusiva a Cláudio Roquette Pinto Bojunga, neto do pioneiro da radiodifusão brasileira, Edgard Roquette Pinto.

Mas a notícia que, por si só, já é um presente para este sedutor octagenário, foi o comunicado "em primeira mão” ao assessor Técnico da ABERT, Ronald Siqueira Barbosa, no dia 11 de outubro, da definição do padrão americano de transmissão digital - ou seja, o IBOC, desenvolvido pela Ibiquity Digital Corporation. Com a digitalização do rádio oficializada nos Estados Unidos, cria-se o necessário precedente para o processo chegar por aqui. Lógico que com o costumeiro atraso, mas pelo menos, agora, pode-se fazer uma previsão entre dois e cinco anos. Basta lembrar que a implantação da TV digital, cujos padrões foram testados pelos especialistas há mais de um ano, arrasta-se até hoje devido à indefinição do governo, explica o presidente da AMIRT, João Bosco Torres.

São essas invenções tecnológicas, que não param de se suceder, que tornam o rádio cada vez mais jovem em pleno florescer dos seus 80 anos. E as perspectivas, para o futuro, são as melhores possíveis, pois, com a digitalização, seu som - já bastante nítido, no caso das emissoras FM - vai chegar quase à perfeição nessa freqüência; enquanto as AM atingirão a tão ambicionada qualidade das FM, sem contar as funções extras que a tecnologia digital trará para essa mídia eletrônica.

Nessa época, o rádio vai aos poucos abandonando seu perfil educativo e elitista, para firmar-se como um popular meio de comunicação. A linguagem é modificada, tornando-se mais direta e de fácil entendimento. É o tempo áureo do rádio, com grandes ídolos como Carmem Miranda, Linda Batista e, entre outros,

Orlando Silva. Surgem também os programas de humor, de auditório e as novelas radiofônicas. Houve produções históricas, como o lendário "Repórter Esso", que permaneceu no ar durante 28 anos.

Com a chegada da televisão, nos anos 50 - trazida por Assis Chateaubriand -, houve um esvaziamento nas emissoras de rádio. Artistas, técnicos, entre outros profissionais, migraram para a TV, em busca de novas oportunidades profissionais.

A História do Rádio no BrasilO rádio chegou ao Brasil em 1922, período de efervescência cultural no país. Naquele ano, a empresa americana Westinghouse Eletric International, atraída pelas nossas potencialidades, desembarcou no Rio de Janeiro, então capital federal, para demonstrar o funcionamento de uma emissora radiofônica. Foi instalada uma estação de 500 watts, no alto do Corcovado, e, no dia 7 de setembro, durante as comemorações do Centenário da Independência, o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa, chegou ao público por intermédio de um sistema de "telefone alto-falante". Suas palavras também foram ouvidas em São Paulo, Petrópolis e Niterói, graças à instalação de uma potente "estação transmissora”.

No final das comemorações, a rádio saiu do ar e só em abril de 1923, quase um ano depois, surge a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro, por iniciativa do antropólogo Edgard Roquette-Pinto, em sociedade com o diretor do Observatório Astronômico, Henrique Morize. A Rádio, com programas educativos e culturais, influenciou o surgimento de várias emissoras no pais.

O rádio comercial, contudo, surge somente a partir de 1932, com a legalização da publicidade, pelo então presidente Getúlio Vargas. Tanto que na década de 30 são criadas várias emissoras, entre elas, a Record, de São Paulo, e a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, em 1931; Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, em 1936; e Tupi, de São Paulo, em 1937.

Nessa época, o rádio vai aos poucos abandonando seu perfil educativo e elitista, para firmar-se como um popular meio de comunicação. A linguagem é modificada, tornando-se mais direta e de fácil entendimento. É o tempo áureo do rádio, com grandes ídolos como Carmem Miranda, Linda Batista e, entre outros,

Orlando Silva. Surgem também os programas de humor, de auditório e as novelas radiofônicas. Houve produções históricas, como o lendário "Repórter Esso", que permaneceu no ar durante 28 anos.

Com a chegada da televisão, nos anos 50 - trazida por Assis Chateaubriand -, houve um esvaziamento nas emissoras de rádio. Artistas, técnicos, entre outros profissionais, migraram para a TV, em busca de novas oportunidades profissionais.

• MINAS GERAIS - A primeira emissora implantada em Minas, e tam-bém uma das primeiras do país, foi a Rádio Sociedade de Juiz de Fora. Em 1936, surgiram as rádios Guarani e Inconfidência, em Belo Horizonte, e, em 1952, a Rádio Itatiaia, seguida da Rádio Jornal de Minas, hoje Rádio América. Em 1974, foram criadas as rádios Pampulha, atual Rádio Capital, e Tiradentes, hoje CBN. A primeira FM mineira foi a Rádio Del Rei, datada de 1970.

Nesses 80 anos, o rádio passou por várias mudanças. Em 1968, surgiram as emissoras de freqüência modulada - as FMs -, voltadas para a programação musical; enquanto as tradicionais AMs dedicam, cada vez mais, espaço ao radio jornalismo e às transmissões esportivas.

A CBN, criada em 1996, é a única FM só de notícias.

Agora, depois de enfrentar vários desafios, o rádio está na iminência de, mais uma vez, passar por uma profunda transformação, a fim de se adequar

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