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Hans Christian Andersen, O Pai Da Literatura Infantil

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Por:   •  25/6/2014  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  846 Visualizações

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Hans Christian Andersen, o pai da Literatura Infantil

Maria Francimária Cavalcante

A minha vida é um bonito conto de fadas, rica e feliz.

Mesmo quando não passava de um rapazinho e me

aventurei no mundo, pobre e sem amigos, houve uma

fada boa que me disse: ‘Escolhe o teu caminho e o

teu objectivo na vida. Depois, de acordo com o teu

progresso pessoal e sempre que a razão o exija,

guiar-te-ei e defender-te-ei’. O meu destino não

podia ter sido mais feliz e mais sabiamente

conduzido. A história da minha vida mostrará ao

mundo o que me mostrou a mim: - há um Deus que

nos ama e que conduz todas as coisas no melhor

sentido.

Hans Christian Andersen

O autor no contexto

Hans Christian Andersen nasceu no dia 02 de abril de 1805, em uma pequena cidade

localizada na região central da Dinamarca. Seu pai era sapateiro e a mãe lavadeira. Andersen

nasceu em uma família muito pobre. Embora seu pai fosse de saúde frágil, era um homem

instruído e assim introduziu o filho no mundo da leitura. Incentivou sua imaginação e

criatividade, o que ajudou Andersen a desenvolver seu senso crítico. Chegou mesmo a criar

um teatro de marionetes para que o filho pudesse encenar peças clássicas como a de

Shakespeare.

Com o falecimento de seu pai no ano de 1816, é obrigado a largar os estudos para

poder trabalhar. Inicialmente ocupou-se como aprendiz de alfaiate e depois trabalhou em uma

fábrica de tabaco. Com pretensões de se tornar ator, muda-se para a cidade de Copenhague

aos 14 anos de idade. Não consegue seu intento, tenta então escrever peças teatrais, mas

também não foi bem sucedido.

No ano de 1822 pôde dar continuidade aos seus estudos, que foram financiados por

Jonas Colins, um dos diretores do Teatro Real e membro do governo, que lhe conseguiu uma

bolsa em uma escola de Slagelse. Andersen nunca negou uma certa aversão aos estudos, no

entanto submeteu-se com resignação. No ano de 1827 foi admitido na Universidade de

Formada em História pela UFRN, atualmente graduanda em Letras pela UFRN e Professora da rede pública

Municipal de Ensino de Natal/RN. E-mail: mfrancimaria@yahoo.com.br Copenhague, onde não demorou muito foi considerado excêntrico pelos companheiros de

curso, devido às suas idéias e escritos nada convencionais.

Andersen nasceu em um período bem conturbado da história dinamarquesa. Ano em

que Napoleão Bonaparte iniciou suas conquistas sobre a Rússia, Prússia, Alemanha e Áustria.

Cresceu respirando os ares do movimento nacionalista nascido na Alemanha e que se

instaurou entre os reinos escandinavos, os quais mantinham estreitos laços culturais com a

Germânia.

Embora em suas histórias se utilize de aspectos próprios ao nacionalismo romântico

popular, criado pelos Irmãos Grimm vinte anos antes, o mundo de Andersen era outro,

respirava-se então “uma outra atmosfera cultural e política, bem como outras linhas de força

que, no fundo, nada mais eram do que o „amadurecimento‟ das sementes lançadas pela

geração anterior.” ( Coelho, 1991, p. 148). Andersen sempre abordou o romantismo de uma

forma um tanto quanto nostálgica, exaltando os ideais românticos, valorizando o popular, a

fraternidade e a generosidade humana. Singelo, ingênuo, seguindo o que lhe ia no coração e

não uma tendência intelectual.

A obra

Se na literatura do período anterior foi explorado o mundo do maravilhoso e das

histórias fantásticas, nas histórias de Andersen o maravilhoso está presente na própria

concretude da realidade. A fantasia mesclada à violência e crueldade do cotidiano, o poder

dos mais fortes sobre os mais fracos, em uma época em que a única maneira de ascender

socialmente era pertencer à nova classe burguesa detentora dos poderes da indústria. Esta foi a

realidade presenciada pelo autor em sua trajetória de vida, que soube ser um observador

atento de duas realidades distintas e antagônicas que coexistiram lado a lado.

Para escrever, Andersen se utilizou não só das histórias populares de tradição oral,

mas também criou suas próprias histórias, abordando os aspectos presentes em sua realidade.

Segundo Coelho

Para além dessa diferença (a do aproveitamento de elementos reais,

pertencentes á vida do dia-a-dia), Andersen

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