A Literatura Infantil E Seu Poder De Formar Leitores
Dissertações: A Literatura Infantil E Seu Poder De Formar Leitores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: profcris • 25/9/2013 • 6.034 Palavras (25 Páginas) • 1.237 Visualizações
Tema:
A Literatura Infantil e o seu poder de formar Leitores
Márcia Cristina da Silva Souza
Delimitação
A Literatura Infantil nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Problema:
Seja pela boa memória evocada pelas histórias de Monteiro Lobato, seja pelas capas coloridas e ilustrações divertidas ou, pelas narrativas fantásticas e mágicas, os livros infantis exercem atração até mesmo sobre os adultos. Mas não são apenas histórias fantásticas, fábulas, objetos e animais que choram, riem e falam que povoam esses livros. Há uma clara intenção dos autores e ilustradores em trazer para a literatura elementos como as questões do preconceito, da convivência em família, da arte e da realidade social. A literatura é uma literatura “engajada”, sem deixar de ser envolvente e divertida. Não seria a literatura um dos preceitos mais completos para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, do pensamento, da imaginação, fantasia e criatividade do Universo Infantil ? afinal, quem não gosta de ouvir e de contar uma boa história?
Objetivo Geral:
Proporcionar ao educando a construção de conceitos que busque o fortalecimento da auto estima, da identidade, da construção, da cidadania, em uma sociedade marcada pela pluralidade cultural e pela desigualdade educacional e social.
Objetivos específicos
Despertar o gosto pela leitura;
Enriquecer a imaginação e o universo da criança;
Desenvolver ampliação do vocabulário e dos recursos para a construção de frases, de modo que a produção de textos se torne mais rica e consistente.
Justificativa
A leitura é um dos instrumentos essenciais para que o indivíduo construa seu conhecimento e exerça a cidadania. Ela amplia nosso entendimento do mundo, propicia o acesso à informação com autonomia, permite o exercício da fantasia e da imaginação e estimula a reflexão crítica, o debate e a troca de idéias.
Um bom leitor é aquele que sabe ler o que está escrito, o que está implícito. È aquele que sabe relacionar o que lê à sua vida, à vida de sua comunidade, de seu país. É aquele que se deleita com o texto, questiona o autor, analisa pontos de vista. É o que sabe interpretar os vários sentidos que pode ter um texto literário.
Formar esse leitor é tarefa dos pais e professores de todas as áreas, não apenas dos de língua portuguesa. É fundamental que educandos tenham acesso constante a uma variedade de obras literárias, além de outros tipos de texto.
Espero que esse projeto seja uma rica plataforma de embarque para o maravilhoso mundo da fantasia e do conhecimento, e que contribua para a formação dos cidadãos do novo milênio.
Fundamentação Teórica.
É através da literatura que se manifesta todo o potencial criativo de que se pode ser portador, o falante de uma língua. Para dar vida a um cenário e transmitir de maneira compreensível o desenrolar de eventos para um interlocutor ausente e idealizado, o escritor necessita lançar mão de recursos léxicos-gramaticais que permitam explicitar verbalmente o mundo interno e externo dos seus personagens.
Segundo Rego, (1998): “O uso da linguagem caracteriza-se por ser mais sistemático e por estar mais embaido de um senso estético que efetivamente, não temos quando conversamos”.
Na literatura, as palavras funcionam como matéria-prima da criação artística nos seus mais diferentes gêneros. A existência, porém, de estruturas características do português escrito não decorre apenas da preservação de determinadas formas léxico-gramaticais prescritas pela gramática. Muitas das características dessa modalidade de linguagem são provenientes das próprias contingências que cercam o emissor e o receptor.
Segundo Rego, 1998: “Aprender a usar a língua adequadamente em função dos seus diferentes contextos é parte do processo de aquisição da linguagem pela criança é algo que se desenvolve através de uma multiplicidade de experiências de comunicação na vida em sociedade”.
Na maioria das escolas que apostam na criatividade das crianças, não há preocupação em oferecer-lhes os modelos. Essa prática pedagógica parte do pressuposto de que é preciso começar de onde a criança se encontra num respeito absoluto às aptidões individuais e a bagagem de conhecimento de cada uma. Pode-se dizer que essa tem sido a fórmula pedagógica para reagir a posturas mais tradicionais no período preparatório de alfabetização.
A questão central que se coloca, no que diz respeito a implantação de uma prática pedagógica que se volte para os processos de construção e descobertas por parte das crianças, é saber como orientar dentro da sala de aula esse contato com a língua escrita.
A literatura Infantil tem assim, potencialmente duas credenciais básicas para ser o caminho que poderá conduzir a criança de forma muito eficaz ao mundo da escrita, em primeiro lugar, porque se prende geralmente a conteúdos que são do interesse das crianças, em segundo, porque através de conteúdos, ela poderá despertar a atenção da criança para as características sintático-semânticas da língua escrita e para as relações existentes entre a forma lingüística e a representação gráfica.
O desafio se apresenta, portanto, em termos de conseguir adaptar esse currículo informal à situação escolar, colocando a literatura infantil como um instrumento central à preparação e ao processo de alfabetização.
A alfabetização é um processo que se inicia bem antes da entrada das crianças na escola. Ela está acontecendo na vida, enquanto os indivíduos agem e interagem. É preciso considerar toda essa aprendizagem informal, porém valiosa, que as crianças constroem em contato com as outras crianças, com adultos e com o meio. Cada criança tem sua bagagem cultural determinada, no caso da leitura e escrita, pela maior ou menor exposição, contato e experimentação com todo o tipo de material escrito e, ainda, pela qualidade de interlocução que estabelece com crianças e adultos do seu meio social.
Ao contrário de Jean Piaget, que acreditava serem o interior do sujeito e o conhecimento, em si, os campos de observação de quem pesquisa o desenvolvimento, VYGOTSKY teve o seu olhar voltado para o espaço da atuação e interação desse sujeito com o mundo externo
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