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Hernán Ramiro Ramírez - A configuração das alianças golpistas nas ditaduras de Brasil e Argentina: uma perspectiva a partir da imbricação cívico-militar

Por:   •  2/7/2019  •  Resenha  •  767 Palavras (4 Páginas)  •  194 Visualizações

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Optativa - Empresariado e ditadura no Brasil

Laís Tornelli Alberti

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Fichamento

Hernán Ramiro Ramírez - A configuração das alianças golpistas

nas ditaduras de Brasil e Argentina: uma perspectiva a partir da imbricação

cívico-militar

O autor começa o texto explicando que os eventos militares que aconteceram no cone sul também teve a participação fundamental dos civis, tanto para deslegitimar os governos democrático, tanto também na interrupção reais e constitucionais para dar base pra tais governos autoritários.

Essa participação civil é observada na origem de varias autoridades do alto escalão dos governos. No caso do Brasil, os vice-presidentess e a maioria do parlamento eram civis; no caso uruguaio, civis foram presidentes da república, exceto o último.

O poder militar se demonstrou em varios patamares, sendo o caso da Argentina o mais acentuado. Os atores tiveram de usar a repressão e o medo de forma assídua, comparado ao Brasil, porque não conseguiram instalar de maneira mais consensual, e isso não demonstra sendo um sinal de força.

As quebras institucionais ocorreram quando ainda a democracia tava vigente, sem que as forças que atuavam fossem capaz de confrontar. É assim que as alianças cívico-militares surgem e atuam deslegitimando o governo, que era mais uma estratégica de um jogo político do que só um preparativo pra quebra constitucional.

Varios setores civis tavam olhando de perto os golpes de estado acontecerem, uns apoiando, outros participando diretamente. O entrelaçar de interesses e diversos poderes não é uma invenção autoritária, e nem queria ser, mas se desenvolveu e constituiu o populismo, firmado sobre um tripé de burocratas estatais, que são militares, membros da burguesia nacional e do movimento operário sindicalista. Uma tríade sustentação às ditaduras no poder, referindo-nos concretamente a militares, empresários e tecnocratas orgânicos.

Alguns exemplos clássicos, Guillermo O’Donnell formulou essa tese para o caso argentino, na década de 1970, a qual culminaria na sua proposição sobre o Estado burocrático autoritário, na década seguinte (1977 e 1982); René Armand Dreiffus (1981) discutiu essa intrincada trama para o caso do Brasil; e, mais recentemente, baseando-se em Samuel P. Huntington (1992), Ricardo Sidicaro fez uma meticulosa análise teórica e empírica acerca das alianças que se construíram em torno das ditaduras argentinas instauradas a partir dá década de 1930 (2004).

Quando o autor fala de categorias muito extensas, como militares, empresários, latifundiários, rentistas, tecnocratas, pro ssionais e religiosos, sem adjetivos, ele deixa claro que há um risco de englobar indivíduos que tem características diferentes, que as vezes pode até confronta-los. A luta política era uma batalha entre alianças de frações, que podiam incluir segmentos de atores aparentemente similares.

o empresariado brasileiro, que atuava nos anos 1960, adotou suas feições muito antes, basicamente durante o varguismo, regime que, se bem tenha imposto

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