Historia Da Grecia Antiga
Trabalho Universitário: Historia Da Grecia Antiga. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1234angelica • 11/10/2013 • 1.927 Palavras (8 Páginas) • 1.110 Visualizações
HISTÓRIA DA GRECIA ANTIGA: RELAÇÕES NO ENSINO
Antonia Angélica Mendes Bezerra
Wanderson Alex Silva Costa
RESUMO: Este artigo tem por objetivo apresentar os principais períodos históricos da Grécia Antiga com ênfase aos seus períodos de vigência e as suas principais características socioculturais, econômicas e políticas. A abordagem desses períodos será trabalhada de acordo com a cronologia temporal. A metodologia será a qualitativa, com consulta bibliográfica e aplicação de um questionário realizado com professores da universidade do estado de Mato Grosso(UNEMAT). Assim, será apresentado seqüencialmente os períodos Homérico, Arcaico e o período Clássico trazendo a tona as contribuições de ANDERSON, Perry. Passagem da Antiguidade ao Feudalismo. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense. 1994,FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo Antigo: Economia e Sociedade. 9ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
PALAVRAS-CHAVE: Grécia Antiga. Períodos Históricos.
1. Introdução
A história da Grécia antiga, além de extensiva, é bem complexa, por isso é necessário estabelecer uma divisão de seus principais períodos históricos. Nessa perspectiva, dentre as inúmeras possibilidades de classificação de seus períodos, escolhemos alguns que nos possibilitam compreender o processo histórico da sociedade grega.
Segundo Florenzano (1989), a Grécia é localizada no sudeste da Europa, no extremo sul da Península dos Bálcãs. Sua região é predominantemente montanhosa. Apresenta três partes distintas: a Grécia Continental, Grécia peninsular (corresponde a península do Peloponeso ) e a Grécia insular abrangendo inúmeras ilhas, principalmente no mar Egeu, sendo Créta a de maior destaque.
Como a geografia da Grécia era formada por um relevo montanhoso, as cidades gregas foram erguidas em vales separados uns dos outros, o que estimulava o sentimento de liberdade e de independência do povo que habitava cada uma delas. Cada qual formava uma Cidade-Estado, comunidades político-religiosas autônomas, normalmente abrangendo territórios circunvizinhos: é a tradução da palavra grega pole. Na Grécia antiga nunca houve um Estado central. Poderia existir a hegemonia de uma cidade em um determinado momento, mas nunca se chegou a uma unificação política. A pesar de gregas as polis o seu povo era muito diferente entre si. De acordo com Florensano (1989, p. 10), "a formação da polis grega propriamente dita com suas características principais, o desenvolvimento da noção de cidadania, estabelecimento dos fundamentos econômicos e sociais da civilização grega data do período arcaico”.
Foi no extremo Sul da Península dos Bálcãs no sudeste europeu que a cerca de quatro mil anos, começou a se formar uma sociedade que se diferenciaria das demais sociedades do mundo antigo. Essa deferência permaneceu na cultura e na política. Para melhor compreensão dessa sociedade o estudo de sua história foi dividida em períodos: no Período Homérico ocorreu a solidificação do poder dos clãs. No Período Arcaico ocorreu o desenvolvimento dos Cidades-Estados, o Período Clássico foi o tempo do apogeu da civilização grega e grandes conflitos entre gregos e persas.
1.1 PERÍODO HOMÉRICO
A invasão dos Dórios da inicio a chegada do último grupo ariano que contribuiu para formar o povo grego. O período Homérico é assim chamado porque o conhecimento histórico da Grécia resultou tradicionalmente das informações das obras literárias de Homero. Conforme Florensano (1989, p. 12), "o conhecimento das sociedades gregas do período que vai da invasão dórica a aproximadamente 700 a. C deve-se em grande medida as informações fornecidas pelos poemas homéricos: Ilíadas e Odisséia”.
Portanto, como não há registros escritos dos acontecimentos após as invasão dos Dórios, a não ser nas obras atribuídas ao poeta Homero, como "a Ilíada" (relato sobre a expansão dos aqueus na Ásia menor) e a "Odisséia" (narrativa sobre a volta dos heróis gregos à vida cotidiana). Praticamente todo período Homérico foi marcado pela organização gentílica. Os genos eram uma espécie de clãs familiar - família coletiva, parentes sanguíneos, descendentes de um antepassado comum. Cada genes era chefiado pelo mais velho do grupo, o pater, que possuía autoridade militar, religiosa e política.
A economia dos genos ( reunião de famílias que descendiam de um mesmo antepassado) era natural e auto-suficiente. Natural porque se baseava na troca de produtos por produtos. Auto-suficientes porque cada comunidades produzia o necessário para atender as suas próprias necessidades. A propriedade da terra era coletiva.
No final dos tempos homéricos, o crescimento da população, a falta de alimentos e de terras férteis começaram a causar violentos conflitos no interior dos genos. Seus membros decidiram então, realizar uma divisão de terras conforme o critério de parentesco: os parentes mais próximos do patriarca ficavam com as terras maiores, os parentes mais ou menos próximos ficavam com as menores e os parentes mais afastadas, que constituíam a maioria, ficavam sem terra. Nascia assim, na Grécia Antiga, a propriedade privada de terra e as sociedades de classe. Inicialmente eram três: a dos grandes proprietários, a dos pequenos proprietários e a dos sem terra.
Muitos dos que ficaram sem terra tiveram que se dedicar ao artesanato ou que trabalhar para os grandes proprietários, recebendo em troca apenas roupa e comida, ou seja, trabalhavam como escravos.
1.2 Período Arcaico
O Período Arcaico compreende o espaço de tempo da Grécia Antiga, onde ocorreu o desenvolvimento cultural, o político e o social que corresponde de 700 a. C a 500 a. C, após a idade das trevas antecedendo o período Clássico. Nesta altura os gregos dão os primeiros avanços significativos para ascensão da democracia e observa-se também a revitalização da linguagem escrita.
Florenzano no livro Grécia Antiga: economia e sociedade, postula que em termos artísticos, o período Arcaico caracteriza-se pela edificação dos primeiros templos inspirados nas habitações micênicas, pelas tipologias escultóricas kouros e kore, e pelo início do registro de pintura negra em cerâmica. Quando surgiram Cidades-Estados, aceleram-se as transformações do mundo grego. O crescimento população gerou um excedente populacional que emigrou para as regiões da Ásia Menor, da Itália, do Mediterrâneo ocidental.
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