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Historio E Geografia De Goiás

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Por:   •  17/3/2015  •  3.593 Palavras (15 Páginas)  •  465 Visualizações

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Geografia, economia, história de Goiás

A caça ao índio, a busca de riquezas minerais e a catequese foram, no final do século XVI, responsáveis pela penetração do centro-oeste brasileiro, por meio de duas correntes humanas de certa forma antagônicas: os bandeirantes, vindos do sul, ambicionavam escravos, ouro e pedras preciosas; os jesuítas, vindos do norte, procuravam conquistar os índios para a fé católica e defendê-los da sanha dos desbravadores. A história de Goiás repete essas linhas de força originais, como se observa pelo permanente desejo de crescimento econômico e modernização, a par da profunda religiosidade de seu povo.

Principal estado da região Centro-Oeste, com uma superfície de 340.165,9km2, Goiás limita-se ao norte com o estado de Tocantins; a leste com a Bahia e Minas Gerais; ao sul com Mato Grosso do Sul e Minas Gerais; e a oeste com Mato Grosso. A capital é Goiânia. Em seu território encontra-se encravado o Distrito Federal.

Geologia e relevo.

A maior parte do território goiano se caracteriza pelo relevo suave das chapadas e chapadões, entre 300 e 900m de altitude. Consiste de grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas cristalinas e sedimentares. Cinco unidades compõem o quadro morfológico goiano: (1) o alto planalto cristalino; (2) o planalto cristalino do rio Araguaia-Tocantins; (3) o planalto sedimentar do São Francisco; (4) o planalto sedimentar do Paraná; e (5) a planície aluvial do médio Araguaia.

O alto planalto cristalino situa-se na porção leste de Goiás. Com mais de mil metros de altitude em alguns pontos, forma o divisor de águas entre as bacias do Paranaíba e do Tocantins. É a mais elevada unidade de relevo de toda a região Centro-Oeste. O planalto cristalino do Araguaia-Tocantins ocupa o norte do estado. Tem altitudes mais reduzidas, em geral de 300 a 600m. O planalto sedimentar do São Francisco, representada pela serra Geral de Goiás (no passado dito "Espigão Mestre"), vasto chapadão arenítico, caracteriza a região nordeste do estado, na região limítrofe com a Bahia. O planalto sedimentar do Paraná, extremo sudoeste do estado, é constituído por camadas sedimentares e basálticas ligeiramente inclinadas, de que resulta um relevo de grandes planuras escalonadas. A planície aluvial do médio Araguaia, na região limítrofe de Goiás e Mato Grosso, tem o caráter de ampla planície de inundação, sujeita a deposição periódica de aluviões.

Clima.

Dois tipos climáticos caracterizam o estado de Goiás: o tropical, com verões chuvosos e invernos secos; e o tropical de altitude. O primeiro domina a maior parte do estado. As temperaturas médias anuais variam entre 23o C, ao norte, e 20o C, ao sul. Os totais pluviométricos oscilam entre 1.800mm, a oeste, e 1.500mm, a leste, com forte contraste entre os meses de inverno, secos, e os de verão, chuvosos.

O clima tropical de altitude aparece apenas na região do alto planalto cristalino (área de Anápolis, Goiânia e Distrito Federal), onde, por efeito da maior altitude, se registram temperaturas em geral mais baixas, embora o regime pluvial conserve a mesma oposição entre as estações chuvosa de verão e seca de inverno.

Hidrografia.

A rede hidrográfica divide-se em duas bacias: uma delas é formada pelos rios que drenam para o rio Paraná; a outra, pelos que escoam para o Tocantins ou para seu afluente, o Araguaia. O divisor de águas entre as duas bacias passa pelo centro do estado e o atravessa de leste a oeste. O limite oriental de Goiás segue o divisor de águas entre as bacias dos rios Tocantins e São Francisco e o divisor de águas entre as bacias do Tocantins e do Paranaíba. Todos os rios apresentam regime tropical, com cheias no semestre de verão, estação chuvosa.

Flora e fauna.

A maior parte do território de Goiás é recoberta por vegetação característica do cerrado. As matas, embora pouco desenvolvidas espacialmente, têm grande importância econômica para o estado, de vez que constituem as áreas preferidas para a agricultura, em virtude da maior fertilidade do solo, em comparação com os solos do cerrado. A principal mancha florestal do estado se encontra no centro-norte, na região chamada do Mato Grosso de Goiás, situada a oeste de Anápolis e Goiânia. Essa área florestal é de grande relevância econômica porque apresenta solos férteis, derivados de rochas efusivas. Entre as espécies vegetais predominantes estão o jatobá, a palmeira guariroba, que fornece um palmito amargo muito apreciado no estado, o óleo vermelho, ou copaíba, o jacarandá e a canela.

Outras manchas florestais ocorrem nos vales dos rios Paranaíba, ao sul; Tocantins, a leste; e Araguaia, a oeste. Boa parte dessas matas, especialmente no vale do rio Araguaia, assume uma forma de transição entre o cerrado e a floresta denominada cerradão. Ocorrem aí espécies arbóreas frequentes na área do Mato Grosso de Goiás e outras, como o angico, a aroeira e a sucupira-vermelha. Nas áreas dominadas pelo cerrado ocorrem as espécies típicas: lixeira, lobeira, pau-terra, pequi, pau-de-colher-de-vaqueiro, pau-de-santo, barbatimão, quineira-branca e mangabeira.

A fauna de Goiás tem diversas espécies ameaçadas de extinção, quer pela ação predatória dos caçadores, quer pelas queimadas e pelo envenenamento do solo com agrotóxicos. Estão entre elas o lobo-guará, o cachorro-do-mato-vinagre, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, o tatu-canastra, a ariranha e o cervo. Outras espécies são a paca, a anta, o tatu-peludo, o tatu-galinha, o tamanduá-mirim, a lontra, o cachorro-do-mato, a raposa-do-campo, a capivara, a onça, a suçuarana, a onça-pintada, o bugio, a jaguatirica e diversos tipos de serpentes, como a sucuri e a jiboia. Também entre as aves há espécies em extinção, como o tucano-rei, o urubu-rei e a arara-canindé. Há ainda várias espécies de tucanos e araras, além de perdizes, emas, codornas, patos-selvagens, pombas-de-bando, pombas-trocazes, jaós, mutuns e siriemas.

População

A região Centro-Oeste caracteriza-se pela baixa concentração demográfica. No entanto, a partir da implantação de Brasília e da descoberta dos cerrados como nova fronteira econômica, em etapas diferentes, dirigiram-se para Goiás grandes fluxos de migrantes, sobretudo das cidades muito populosas ou das regiões mais pobres do país, em busca de ocupação ou de novas opções de vida. A ocupação de mão de obra na montagem

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