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História Econômica

Por:   •  20/6/2017  •  Artigo  •  835 Palavras (4 Páginas)  •  182 Visualizações

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Victor Salaroli S. do Nascimento

5º período – História

Disciplina de História Econômica

Para os professores do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná Igor Zanoni Constant Carneiro Leão e Anna Luiza Barbosa Dias de Carvalho, a definição atualmente vigente de economia é, basicamente, a de uma ciência de expansão das possibilidades de uma dada população. Assim, através do método matemático torna-se possível, ao mesmo tempo, especular sobre o consumo, a produção, a distribuição de rendimentos, essa ciência seria, basicamente, calcada no cálculo diferencial e integral a partir de algumas constantes, como o tamanho da população, seus gostos, a distribuição de recursos e a tecnologia.

Entretanto, para os estudiosos supracitados, essa definição de economia é anti-histórica porque não se leva em conta o que motivou os parâmetros a serem o que são. Essa visão da economia como a ciência da escassez foi criticada internamente pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, já no início do século XX. Em sua obra denominada Capitalismo, Socialismo e Democracia, tal autor alerta para o fato de que o importante é perceber como o capitalismo cria e destrói suas estruturas e não como as mantém ao longo do tempo.

Numa perspectiva histórica, a economia convencional nasce por volta de 1870, após aproximadamente 100 anos de domínio da chamada economia política. O ponto de partida desta é A Riqueza das Nações, de Adam Smith, em 1776. É interessante observar algumas características presentes nessa obra. Em primeiro lugar, o sentido de novidade do objeto, a economia capitalista, expresso na contraposição entre o “estado rude e primitivo que precede a apropriação privada da terra e a acumulação de riquezas”, e o estado da sociedade que Smith estuda.

Contemporâneo de Adam Smith, David Ricardo, se recoloca a política de forma oblíqua. Para ele, o problema maior da economia política é a distribuição do produto ou do excedente da produção. Com o avanço da acumulação de capital, as terras na Inglaterra que forneciam o alimento básico do trabalhador, o trigo, iam sendo apropriadas até que as piores terras onde o trabalho agrícola era menos produtivo apresentassem uma produtividade menor e dessem origem a rendas diferenciais da terra crescentes e a um salário. Toda a argumentação de Ricardo gira em torno desse problema, para ele a economia também nasce de um problema histórico político.

Para Leão e Carvalho, os dois autores clássicos citados anteriormente, como se pode facilmente constatar, há uma visão clara do capitalismo como um sistema progressivo, mas enredado nas lutas sociais do seu tempo, envolvendo antagonismos entre as classes sociais. É nesse sentido que eles fazem economia política e não, como vai denominar-se a economia convencional, meramente economia pura ou economia.

Posteriormente, já em meados do século XIX, Marx e Engels, sentenciam que a história de todas as sociedades existentes até então é a história da luta de classes. Para eles a luta de classes é a própria história. Por outro lado, essa luta se trava em vários níveis, mas há um nível dominante, que é a produção material da vida. Além disso, um número muito grande de historiadores deu importância às intenções de Marx. Como por exemplo, Pierre Vilar, em sua obra Desenvolvimento Econômico e Análise Histórica, em que a noção de forças produtivas como relação entre trabalho e valor
encarna o segredo da história social e da transformação histórica.

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