História da África

ATIVIDADES DO LIVRO HISTÓRIA DA ÁFRICA

1. Faça uma síntese das aulas referentes ao tópico introdução à historiografia da África enfatizando o contexto de formação da historiografia acadêmica ocidental especialmente nas décadas de 1950 e 1960.

O tópico introdução à historiografia da áfrica enfatiza a forma como a história africana, sobretudo a história da África negra ou África subsaariana foi difundida no ocidente ao longo dos últimos duzentos anos, segundo esse tópico, no século XIX a História da África era vista pelos europeus como sendo uma extensão da História ocidental (eurocentrismo), ou seja, os ocidentais, europeus e estadunidenses afirmavam que o continente africano era um lugar de barbárie e como tal não era civilizado e, portanto não tinha historia; pelo menos até a chegada deles, os ocidentais.

Segundo ainda esse tópico nas décadas 50 e 60 do século XX a historiografia acadêmica ocidental baseou-se no determinismo ambiental e racial para explicar o porquê que a áfrica não teria se desenvolvido como as nações ocidentais; segundo essas premissas essa falta de “desenvolvimento” estavam relacionados aos seguintes fatores:

Isolamento da região, o que teria dificultado o intercambio dessa região com o resto do mundo; determinismo ambiental, onde essas populações por viverem em um local muito quente faziam com que as mesmas se tornassem preguiçosas e molengas e, portanto condenadas ao subdesenvolvimento; raça, segundo esse pensamento a raça (cor da pele) influenciava no desenvolvimento da sociedade, sendo que, os europeus nesse período acreditava que a raça branca era infinitamente superior.

1. Faça uma síntese das aulas referentes ao tópico introdução à historiografia da África enfatizando os principais vieses ideológicos e políticos que orientaram a formação da historiografia africana da África na época das lutas pela independência e pela construção de Estados Modernos no continente.

No século XIX a História da África subsaariana ou áfrica negra era baseada na história do litoral africano, seja na costa do mediterrâneo, indico ou atlântico, essa historiografia possuía uma tendência eurocêntrica, ou seja, os europeus acreditavam que a África não possuía História antes de ser colonizada, e que somente a partir do colonialismo imperialista europeu a História africana teria passado a existir.

Nesse período, os europeus não conheciam o interior da áfrica subsaariana, os mesmos imaginavam que esse interior era um universo de barbáries, habitados por seres extremamente perigosos assim como os romancistas relatavam em suas obras, ou seja, a historiografia africana nesse período era baseada em relatos de viajantes e nos romances dos escritores.

A falta de documentos escritos, até então essencial para analisar a História de uma sociedade também contribuiu para que os europeus tivessem a falsa impressão de que os povos africanos não tivessem história até aquele momento, sendo que, a escrita não era muito utilizada por esses povos, mais em contrapartida a oralidade era muito utilizada pelos mesmos, onde os conhecimentos eram passados de geração em geração.

Com a formação dos Estados Nacionais Africanos a partir da segunda metade do século XX, Estados esses que muitas vezes “uniu” diferentes povos em uma única unidade nacional; essa união forçada enfraqueceu a própria ideia de identidade africana, pois, com a independência desses Estados apenas uma etnia dentre muitas que habitavam esse espaço agora considera um Estado Nacional se tornava em elite dominante.

Essa elite, muitas vezes passou a usar a história para reprimir as memórias daquelas etnias subordinadas, ou seja, em um determinado momento o trabalho histórico na África passou a ser não mais construir uma memória coletiva mobilizadora contra o imperialismo e sim construir uma memória voltada para aquela elite dirigente, substituindo assim a história nacional pela história dessa própria elite. No entanto, quando esse grupo dirigente perdia espaço para outro grupo essa história era esquecida e outra história era reescrevida de acordo com as premissas dessa nova elite.

1. Faça uma síntese das aulas (ministradas pelo professor Carlos Eduardo) referentes ao tópico, A África Oriental e o Mundo, séculos VIII a XIX enfatizando: os fatores de longa duração que configuraram a inserção daquela região na economia do Mundo Índico naquele período.

A África oriental entre os séculos XVI e XVIII não ocupava todo o espaço que ele ocupa hoje, a mesma estava restrita ao conjunto de cidades que teria se desenvolvido ao longo do litoral africano, sendo que, esse espaço geográfico ficou conhecido como civilização Suaíli.

Essa civilização de origem árabe se desenvolveu no litoral oriental africano ao longo dos séculos XII ao XV podendo essas datas ser recuada até o século VII se analisado a História a partir de uma perspectiva histórica de longa duração; data essa que marca as primeiras inserções dos árabes e do islã nessa região.

Essas cidades africanas eram formadas na maioria das vezes por povos da etnia banto, essas formações provavelmente remontam a antiguidade, porém, foi a partir do século VII que as mesmas tiveram contatos com os árabes e consequentemente com o islamismo.

A geografia do oceano Índico contribuiu na formação dessas cidades, pois nessa região o chamado clima de monções (ventos regulares do continente asiático para a costa oriental da África e vice versa dependendo da época do ano) facilitou a navegação entre essas duas regiões, permitindo assim uma zona de contato comercial baseado na navegação durante o ano inteiro, possibilitando assim um comércio mais consistente entre o litoral africano e o mundo Índico do que propriamente entre a costa africana e o interior do continente.  

1. Faça uma síntese das aulas (ministradas pelo professor Carlos Eduardo) referentes ao tópico A África Oriental e o Mundo, séculos VIII a XIX enfatizando: os aspectos principais dos confrontos entre Estados do Oriente Médio e da Europa na disputa pelo controle daquela região a partir do século XVI.

A partir do século XVI além dos africanos e dos árabes outros povos de origem europeia começaram a se estabelecer na África oriental, entre eles estavam os portugueses, os ingleses e os holandeses; a partir de então se iniciaram algumas divergências e confrontos entre os Estados do Oriente Médio e de países europeus sobre a supremacia daquela região.

Nesse período, as cidades do litoral africano e das ilhas dessa região eram autônomas e mesmo tendo uma cultura comum tinham as suas próprias leis e gozavam de autonomia política e econômica. Nesse período essas cidades-estados não eram homogenias e existia uma rivalidade entre elas frente ao comércio marítimo ou interesses políticos entre uma cidade e outro e até mesmo entre pessoas da mesma cidade.