Homem e sociedade
Resenha: Homem e sociedade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: giselebeni • 28/3/2014 • Resenha • 449 Palavras (2 Páginas) • 829 Visualizações
A princípio esse raciocínio pode nos enganar. Muitas vezes pensamos: “oras, se um povo vive no frio
deve construir uma casa com matérias‑primas quentes, forradas de peles, com paredes bem grossas”.
Mas as coisas humanas não seguem um padrão tão lógico. Os esquimós vivem em um clima de extremo
frio, mas constroem casas com blocos de gelo, os famosos iglus. Em compensação, em outro continente,
mas na mesma latitude, estão povos tradicionais conhecidos como “lapões”. Também conhecidos como
“sami”, ocupavam territórios que hoje correspondem à Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia. Ao invés de
iglus, eles viviam até o inicio do sec. XX em tendas feitas de pele de rena.1.2 A questão da influência da natureza sobre a cultura
É bastante comum a ideia de que o comportamento de um povo possa sofrer influências de elementos
da natureza, como a genética ou o meio ambiente.21
Homem e Sociedade
Revisão: Leandro - Diagramação: Márcio - 02/05/2011 // 2º Revisão Leandro - Correção - Márcio - 06/05/*2011
Há uma grande polêmica na ciência, mas de uma forma geral, há também um consenso que gira
em torno da afirmação que elementos naturais podem influenciar, mas nunca são os únicos fatores a
determinar o comportamento de um povo.
Apesar desse consenso, existem ainda aqueles que retiram a importância da cultura e explicam
o comportamento humano apenas por fatores que não fazem parte de escolhas humanas, como a
genética ou o ecossistema2
. Para os que defendem que a cultura é um mero reflexo das condições
naturais de um povo (sua genética e seu ecossistema), há as teses que chamamos de “determinismo
biológico” ou, ainda, o “determinismo geográfico”.
Roque de Barros Laraia, antropólogo brasileiro, demonstra em seus capítulos iniciais do livro Cultura:
um conceito antropológico, que essas teses são equivocadas e não consideram dados importantes. A
antropologia preocupa‑se em demonstrar a importância da cultura e minimizar coisas como nossas
características físicas ou o clima e a geografia do lugar em que nascemos.
Ao discordar das teses deterministas, ele argumenta que mesmo em ambientes muito semelhantes,
mas distantes geograficamente, os grupos humanos desenvolvem hábitos muito diferentes.
A princípio esse raciocínio pode nos enganar. Muitas vezes pensamos: “oras, se um povo vive no frio
deve construir uma casa com matérias‑primas quentes, forradas
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