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Por:   •  23/3/2015  •  539 Palavras (3 Páginas)  •  238 Visualizações

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Esta resenha esta baseada no livro de Eric Hobsbawn, "A Era das Revoluções ? Europa 1789 ? 1848", onde será abrangido o capitulo terceiro: "A Revolução Francesa", capitulo este que está contido na primeira parte deste livro, cuja primeira edição inglesa de 1962, estudou as transformações do mundo entre 1789 a 1848, buscando compreender o alcance do que Hobsbawn chamou de "dupla Revolução", a francesa de 1789 e a revolução industrial britânica.

Hobsbawn neste livro responde a perguntas tais como de onde surgiu a idéia de Estado-nação? A Democracia Moderna teve inicio como? E o peso do lema que se tornou uma noção: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Analisa também como se formou o sentido de pátria, que se já existia, toma a partir daqui um novo sentido. As duas Revoluções analisadas, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, longe de terem sido antagônicas, foram complementares. É claro que em determinado momento os interesses dos franceses e ingleses se conflitaram resultando em guerra. Contudo em um congresso na cidade de Viena, foi consolidado um acordo entre eles, o que abriu caminho para um novo mundo.

Nesta resenha iremos analisar especificamente os aspectos abordados por Hobsbawn referentes à Revolução Francesa com sua potência terrestre, com seus ideários de revolução que foram exportados para o resto do mundo.

Para Hobsbawn as transformações na França se dão a partir de um nível político, causando as mudanças que afetaram profundamente o modo de se governar naquele país e no resto do mundo ocidental. A crise que proliferou entre os franceses provocou a reação do chamado terceiro Estado, que era composto pelas classes baixas, os burgueses, os trabalhadores e os camponeses. A burguesia tinha uma condição social relativamente boa, no entanto, desejava ter uma participação política maior e também aspirava uma ampliação da liberdade econômica em seu trabalho. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, por isso, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho.

O autor chama atenção para uma característica interessante da Revolução Francesa, que foi na visão dele, o que impulsionou o movimento reformista, ou seja, um movimento anti-feudal, sem partidos políticos ou movimentos sociais. É claro que, houve os que assumiram a liderança, no caso os burgueses, que já se encontravam organizados tanto política quanto socialmente. Houve também inspiradores da revolução tais como Jean-Jacques Rousseau e o ativista político Tom Paine. Os franceses adotaram um projeto de racionalização dos Estados, com a criação de leis pela igualdade dos cidadãos, renovação dos códigos jurídicos, padronização de medidas e de pesos, ensino laico e gratuito para todos, separação do clero e do Estado e formação das Assembléias Nacionais. Estas mudanças provocaram o que Hobsbawn aponta como o maior impacto político e cultural do século XIX.

Hobsbawn nos dá a compreensão de que a Revolução Francesa foi com certeza uma revolução social, e isto é notado na composição do grupo revolucionário envolvido: Em primeiro lugar estão os burgueses que são compostos por dois segmentos: os Girondinos, que são os moderados, têm participação na assembléia constituinte e seguem um ideal liberal. Eles eram contra o terror e a execução do rei, e seguiram uma linha mais ideológica.

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