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IDADE DA GLOBALIZAÇÃO

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Por:   •  5/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  211 Visualizações

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Avaliação de História

A ERA DA GLOBALIZAÇÃO

OBJETIVO

Esta lição mostrará como a globalização afetou o socialismo. Quais foram as dificuldades que o socialismo trouxe, como foi a reação da economia e este regime. Como foi o fim da União soviética e como os outros países socialistas foram afetados.

AS DIFICULDADES DO SOCIALISMO REAL

Muitos dos problemas do sistema socialista começaram a surgir: baixa produtividade econômica, corrupção, ausência de democracia. Na indústria iniciaram-se experimentos que visavam dar maior autonomia as empresas estatais e aumentar o envolvimento do operário na produção. Como incentivo, por exemplo, foram criadas diferenciações salariais.

Essas medidas mostraram-se insuficientes. Era preciso adaptar-se as novas condições impostas pela revolução tecnológica baseada nas aplicações da microeletrônica e das telecomunicações.

Para completar havia o problema da falta de liberdade. De certo modo, apesar de já contar com mais de 50 anos de práticas não capitalistas, a URSS continuava a funcionar como a antiga autocracia czarista. Até mesmo as greves estavam proibidas, o que parecia um contrassenso em um regime que se dizia favorável aos trabalhadores.

A isso somava-se o fato de a União Soviética, envolvida com a guerra fria, ter buscado a autossuficiência econômica e a troca entre países socialistas. É certo que o avanço da pesquisa cientifica foi sempre muito intenso no país. Mas isso não significou efetivamente novos processos de produção. Boa parte dos esforços era dirigida para a indústria bélica e a corrida armamentista. A produção industrial crescia, mas acentuava-se uma defasagem tecnológica em relação aos países capitalistas desenvolvidos, sobretudo os Estados Unidos, a Alemanha Ocidental e o Japão.

A BUROCRACIA E A ESTAGNAÇÃO DA URSS

O sistema socialista desapareceu do leste europeu em um tempo relativamente curto, com consequências graves para a maioria de sua população. O que levou sete décadas para ser construído foi eliminado em apenas três anos.

O grande responsável por tal mudança foi o próprio processo de transformação operado nas sociedades dos países socialista pelo regime comunista. Trata-se do aprimoramento do processo de formação dos cidadãos realizado pelo regime comunista durante décadas.

Com efeito, se os anos de socialismo real, foram capazes de transformar a União Soviética na segunda grande potencia mundial, também criaram um novo grupo social privilegiado, uma elite composta por generais, oficiais superiores, alta funcionários do partido e do Estado, membros dos soviéticos, diretores de fabricas, escritores, artistas, compositores e cineastas. Essa elite tinha muitos privilégios: clínicas, lojas e serviços especiais, salas reservadas de embarque em estações e aeroportos, meios próprios para receber produtos escassos no mercado.

Essa casta privilegiada chamada de nomenclatura, não sentia as dificuldades da maioria da população. Formada por um grupo fechado da alta burocracia, defendia a manutenção da ditadura do partido único, de modo a impedir que os cidadãos controlassem o funcionamento dos órgãos do Estado.

A consequência disso foi a desagregação da sociedade. Abalaram-se os funcionamentos da vida familiar. O alcoolismo e outras drogas atingiram os jovens, reduziu-se a natalidade, cresceu a mortalidade, aumentou os suicídios e as doenças psíquicas.

A PERESTROIKA E A GLASNOST

Em 1985, assumiu-se a direção do Partido Comunista um dirigente com propostas inovadoras que foi o Mikhail Gorbatchev.

Mikhail não pretendia desmantelar o socialismo real, queria apenas melhorá-lo em sua estrutura.

Essa mudança começou por renovar a cúpula do partido comunista, por dar liberdade aos dissidentes políticos. Ele anunciou sua disposição de promover uma transformação geral da sociedade, por meio da Perestroika e da glasnost. A Perestroika buscava a implantação de métodos mais eficientes de gestão da economia. Com a glasnost, a censura foi abrandada, e foi iniciado um processo de liberalização, que se traduziu em maior liberdade de expressão na vida cultural.

Todo esse conjunto de transformações internas, só foi possível devido a liquidação de várias pendências internacionais. Era preciso mudar a política externa, de modo a facilitar uma aproximação com o ocidente.

O sinal evidente de que a política exterior da União Soviética havia mudado e abandonado a prática imperialista, surgiu com a retirada das tropas de ocupação do Afeganistão, onde completavam dez anos de permanência.

O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA

A política de Gorbatchev gerou tensões internas. Por um lado, grupos conservadores da burocracia do partido e do Estado, aliados a setores militares, opunham-se as reformas. Por outro, uma corrente liberal, cujo líder era o presidente da República Russa, Boris Ieltsin, exigia a aceleração das reformas e a instalação imediata de uma economia de mercado, acompanhada da privatização das empresas estatais.

A 19 de agosto de 1991, o grupo conservador, conhecido como linha dura, ensaiou um golpe de estado, por prender o presidente Gorbatchev e ocupar com tanques de guerra pontos estratégicos de Moscou.

Com o fracasso do golpe, Gorbatchev voltou a Moscou a 22 de agosto. O grande vitorioso, porém, era Ieltsin, que aproveitou a popularidade para colocar na ilegalidade o Partido Comunista da Rússia. No dia 29 de agosto, o soviete supremo deu o golpe final no Partido Comunista soviético e proibiu suas atividades em todo o território nacional.

O fracasso do golpe de Estado veio acelerar a desintegração da União Soviética.

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