ILHAS DO CENTRO DO RECIFE
Tese: ILHAS DO CENTRO DO RECIFE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: magnumm • 18/9/2014 • Tese • 1.412 Palavras (6 Páginas) • 337 Visualizações
TRABALHO DE PESQUISA SOBRE A PRODUÇÃO DE PESCA NAS ILHAS DO CENTRO DO RECIFE
FACULDADE: JOAQUIM NABUCO UNIDADE JANGA
PROFESSOR: RICARDO
DISCIPLINA: PRODUÇÃO
ALUNO: MAGNUM
PERÍODO: 6°
RESUMO
Os arredores da cidade do Recife bastante impactados pela especulação imobiliária e poluição, são responsáveis por abrigar um grande contingente de pescadores: os pescadores urbanos. O objetivo deste trabalho foi caracterizá-los como uma classe de profissional pesqueiro e dar visibilidade a um contingente crescente de pessoas que da produção da pesca artesanal são dependem dela, a partir da diferenciação de pescadores urbanos e rurais.
Os pescadores urbanos, que necessitam sobreviver do pouco que retiram do manguezal não são considerados nas políticas públicas para o setor, sendo, por muitas vezes, impedidos de acessá-las por falta de enquadramento aos critérios exigidos, ou mesmo pela não presença nas estatísticas oficiais brasileiras da pesca. Apesar das duas comunidades realizarem atividades pesqueiras estatisticamente semelhantes, sendo a pesca estuarina com uma forte atuação das mulheres, a primeira está encravada no coração da cidade do Recife e intensamente urbanizada; já a segunda tem características mais semelhantes a comunidades rurais, o que as diferenciam em vários aspectos.
Na comunidade urbana, os pescadores, apesar de serem mais escolarizados, têm piores condições de moradia e menor relação com instituições e políticas.
Relacionadas à pesca e meio ambiente.
A pesca urbana necessita de uma maior atenção por parte da sociedade e de melhores condições ambientais para se perpetuar.
O Passeio de Catamarã pelo Recife, Produção Artesanal de Pescado no Rio Capibaribe.
O litoral de Pernambuco possui 187 km de extensão e ocupa 2,3% de todo o litoral brasileiro. Apesar de sua estreita faixa litorânea, é marcado historicamente pela presença de regiões estuarinas, as quais lhe conferem características ambientais que promovem uma intrínseca relação entre homem-natureza. A zona costeira, com 2.968 km², abriga 21 municípios, onde a costa é baixa, chegando a atingir cotas inferiores ao nível do mar. Essa zona constitui ambientes transicionais, a exemplo da Baía de Tamandaré, e 20 estuários e manguezais, que fertilizam o mar e são responsáveis por grande parte da produtividade pesqueira artesanal do estado. Essas fábricas naturais de alimentos são responsáveis por mais de 60% do pescado estadual e se destacam por gerar alternativa de renda para milhares de pessoas, que encontram no manguezal e na plataforma continental fontes importantes de alimento e de renda.
A pesca artesanal é um tipo de produção que tem um papel histórico no desenvolvimento da humanidade, seja como fornecedora de alimento e fonte de subsistência, seja como atividade socioeconômica para as comunidades das regiões costeiras. Além disso, é uma atividade que envolve importantes feições culturais nessas regiões. No Brasil, a pesca artesanal é responsável por mais de 65% da produção pesqueira de captura (IBAMA, 2008), sendo predominante nas regiões Norte e Nordeste. Em 2009, as estatísticas oficiais apontaram uma produção marinha total de 585.671,5 t (MPA, 2012). Em Pernambuco, a pesca artesanal representa a totalidade da produção que, em 2009, somou 15.019 t, segundo a estatística oficial do Ministério da Pesca (MPA, 2012). Pernambuco, por exemplo, estudos indicam que aproximadamente metades dos pescadores sejam cadastradas. LESSA etal.(2006). Para entender as diferenças encontradas na pesca ao longo do litoral pernambucano, utilizou-se uma classificação dicotômica entre urbano e rural na pesca. Primeiro, como uma forma didática de diferenciação entre duas
comunidades que, apesar de realizar atividades semelhantes, apresentaram características socioeconômicas distintas. Segundo, incorporando toda a discussão teórica sobre o urbano e o rural (e a nova ruralidade) em uma atividade tão peculiar como a pesca (SOROKIN et al., 1986;GRAZIANO DA SILVA, 1997; BLUME, 2004; VEIGA, 2004; 2006).
Os habitantes da Ilha estão submetidos às variações das águas e suas vidas está diretamente conectada com o ambiente do grande Manguezal do Pina. De tal forma, a vida na Ilha está submetida a uma condição de risco à saúde e à vida de sua população – devido à poluição extrema dos rios que compõem esta área estuarina, situação agravada pelas condições precárias e improvisadas de habitação. Por outro lado, a vida no mangue, a despeito da poluição e contaminação de suas águas, é uma alternativa real e concreta de sobrevivência e trabalho, constituindo-se a pesca e o cultivo de camarões como as principais atividades dos moradores da Ilha, assumindo um caráter de subsistência e de geração de renda. Sob este paradoxo estabelecido entre risco e sobrevivência, caracterizaremos a seguir a vida na Ilha de Deus.
Os municípios costeiros pernambucanos foram classificados em urbanos e rurais. Para esta divisão, foi adaptada a classificação proposta no Projeto de lei n° 316/2009, o qual adota critérios populacionais, de densidade demográfica e de composição do PIB.
O acesso rodoviário ao Porto de Recife é realizado, principalmente, através das rodovias federais BR-232 ( ligando ao interior do estado) e BR-101 (ligando aos demais Estados ao norte e ao sul do Estado de Pernambuco).
Os principais centros produtores e consumidores, integrantes do interior do estado e do resto do Nordeste, estão ligados ao Porto por rodovias asfaltadas.
Concorrem para o Recife, três linhas-troncas da Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN - que servem às principais
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