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Idade Media

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Por:   •  8/10/2014  •  676 Palavras (3 Páginas)  •  338 Visualizações

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Do século V ao século XV a europa viveu a chamada Idade Média, um longo período que começa logo a queda do Império Romano do Ocidente e se estendeu até o fim do Império Romano no Oriente em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos turcos. Esse período foi marcado por governos fragmentados, grande insegurança e o aumento de invasões bárbaras o que proporcionou a volta dos moradores da cidade para o campo, assim fez surgir o sistema feudal e o regime de servidão. Se antes a escravidão sustentava o império, agora a servidão que cumpria este papel. O comércio estagnou-se e quase tudo que era necessário produzia-se dentro do próprio feudo.

A sociedade feudal era dividida em três classes sociais: clero, nobres e servos e é neste momento que a Igreja Católica estabeleceu sua supremacia e clericalizou a sociedade.

A Idade Média também foi marcada por um período de muitas trasnformações. O medievalista Jacques Le goff fez importantes estudos sobre a Idade Média principalmente sobre as concepções do tempo.

Jacques Le Goff em seus artigos mostra que a concepção do tempo na Alta Idade Média do século V ao XI era marcada por influência religiosa, lidavam com o tempo como lidavam com tudo aquilo que para eles vinha de Deus, o tempo era considerado sagrado, vivenciava-se o tempo da igreja.

Já na baixa Idade Média do século XI ao XV, com o resnascimento do comércio e das cidades, devido ao crescimento populacional e o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, que acabaria com o sistema tri-partido defendido pela Igreja Católica e provocaria também uma grande mudança na concepção do tempo. O que era considerado sagrado, de Deus, agora era dominado pelo homem. O mercador vendia o tempo, usavá-o à seu favor, o tempo passa a ser pragmático e profano. Esta nova concepção do tempo foi denominada de Tempo do Mercador.

Jacques Le goff afirma que essas duas concepções de tempo foram usadas em diferentes momentos. A igreja não aceitava essa mudança, acusava a burguesia de usúria, pois utilizavam o tempo em seus negócios, retalhavam-o, faziam-o render. Mas com a pressão da burguesia logo aceitaram as mudanças.

Leandro Rust não concorda com Le goff, pois para ele as concepções do tempo da igreja e do tempo do mercador foram utilizados ao mesmo tempo, inclusive pelos clérigos que condenavam seu uso, e estiveram presentes por várias vezes no mesmo contexto.

No livro Saber e fazer história dos autores Gilberto Cotrin e Jaime Rodrigues, quinta edição do ano 2009, da editora Saraiva, com 272 páginas. No capítulo 13 com o Título Ocidente Medieval: sociedade feudal; os autores abordam características gerais do feudalismo, crescimento populacional, crescimento do comércio, problemas econômicos, políticos e religiosos, fala-se também sobre a supremacia da Igreja Católica.

Os autores não abordam especificamenteas questões da concepção do tempo, mas em seu contexto podemos perceber que concordam com Le goff. Os autores trazem várias questões a serem resolvidas pelos alunos em seu livro, mas nenhuma aborda diretamente a concepção do tempo,porém procuram levar ao entendimento das questões abordadas no livro e contexto geral da Idade Média.

Para compreensão das concepções do tempo em sala de aula poderíamos utilizar além dos materias impressos (livros, textos...) os recursos aúdio- visuais (filmes, documentários)

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