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A IGREJA NA ALTA IDADE MÉDIA

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Por:   •  17/6/2013  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  1.005 Visualizações

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O cristianismo esteve presente em dois mil anos de história e tem uma forte correlação com os dias de hoje, pois na Idade Média, a igreja encontrou formas de se manter no poder e mostrar sua capacidade em relação à organização. Portanto, é impossível buscar conhecer a Idade Média sem também conhecer o papel que a Igreja desempenhava nesta época, pois no período denominado de Alta Idade Média, a mesma era a única hierarquia organizada, que possuía o poder da escrita e da leitura. A Igreja representava o poder perante toda a sociedade, e cabia a ela julgar o que era correto ou incorreto, uma vez que o Estado era inexistente.

O início do domínio da Igreja na Idade Média se deu em meio à desorganização administrativa e a falência do Império Romano. Sua sede em Roma se manteve como instituição. Mais tarde, teve também uma grande expansão no continente europeu. Os povos bárbaros tentaram desacelerar o crescimento da Igreja por meio de invasões, mas sem sucesso.

A Igreja se tornou tão poderosa, pelo fato de encontrar meios de obter influência, na época, o direito canônico era um direito escrito e por isso também obteve mais vantagem, a Igreja então, começou a interferir nas decisões políticas dos reinos, na elaboração das leis e estabelecia os padrões de comportamento moral da sociedade.

As muitas decisões jurídicas ficaram dependentes da Igreja, como a nulidade dos casamentos, divórcio, rapto, legitimidade dos filhos, etc. Foi também o direito canônico que implantou naquela época a legislação dos bastardos, pois daí eles deixam de ser responsáveis pela culpa da vida que devem. Um dos privilégios da Igreja era o privilegium fori, ou seja, ela possuía seus próprios tribunais.

Uma das lutas da Igreja e seus tribunais era o fim da heresia, os ditos ensinamentos que fugiam da religiosidade. Tendo em vista que ela representava a organização social, não podia permitir a proliferação destes estudiosos, para que não houvesse o decaimento de seu poder.

Aos heréticos, era cabível a pena de fogo e uma das formas para que houvesse o impedimento desta classe, foi o surgimento das famosas Cruzadas, que tinham como principal objetivo combater o domínio islâmico na chamada Terra Santa para a reconquista de Jerusalém. Na Inquisição, a heresia também sofria perseguições para que ocorresse o ex terminium, porém os tribunais eclesiásticos desconsideravam a prisão preventiva e mantinha os acusados em liberdade até o surgimento de provas contra eles.

Vale lembrar, que nesta a fé do povo interferia de maneira extremamente forte para influencia da Igreja, pois a mesma fazia com que todos tomassem como dogma, a existência do Céu e Inferno e acreditavam fielmente que as suas atitudes deveriam ser de acordo com o que lhes era dito. No entanto, podemos perceber que um dos princípios da fé medieval não foi o medo, mas sim o amor a Deus que os fazia agir da forma que os era imposto.

Podemos ver então o grande poder que a Igreja exerceu na Alta Idade Média, e perceber a grande influencia que ela ainda obtém, nos dias de hoje, pois mesmo vivendo num Estado Laico, um estado que deveria não sofrer qualquer interferência da religiosidade, o estigma do seu poder marcou de maneira tão penetrante a história, que é difícil dizer atualmente que não há nenhuma interferência da mesma, nas decisões de cunho geral, onde sempre tenta

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