Invasões Holandesas
Dissertações: Invasões Holandesas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BrunaBartnik • 16/6/2014 • 846 Palavras (4 Páginas) • 292 Visualizações
Invasões Holandesas
Os holandeses foram presença marcante no Brasil do século XVII, quando empreenderam várias invasões ao território. Especialmente em Pernambuco, deixaram importante contribuição cultural.
As primeiras incursões holandesas: 1624-1625
A primeira tentativa de invasão do território colonial brasileiro pelos holandeses ocorreu em 1624, na cidade de Salvador, Bahia, sede do governo-geral do Estado do Brasil. A reação contra a presença holandesa foi intensa. Os luso-brasileiros encurralaram os invasores e impediram seu avanço para o interior, expulsando-os definitivamente em 1625. As investidas holandesas contra Salvador, porém, não cessaram; a cidade foi ameaçada por duas vezes em 1627, quando os holandeses saquearam diversos navios aportados.
Os holandeses em Pernambuco: 1630-1654
Em 1630, os holandeses invadiram a capitania de Pernambuco, onde estavam os principais engenhos da colônia, e passaram a chamá-la de Nova Holanda. Matias de Albuquerque, que substituíra Diogo Furtado de Mendonça no governo-geral, não conseguiu reunir tropas suficientes para rechaçar a invasão.
Os historiadores têm dividido a invasão holandesa do território colonial em três períodos:
• O primeiro período, entre 1630 e 1637, caracterizou-se pelo enfrentamento militar entre holandeses e portugueses. A partir de 1632, entretanto, os holandeses conseguiram se deslocar de Olinda e conquistaram também a Paraíba, o Rio Grande do Norte e Itamaracá, sedimentando sua ocupação na região Nordeste.
• O segundo período, entre 1637 e 1645, foi marcado pelo governo de João Maurício de Nassau, mandado pelo governo holandês para organizar a nova colônia. Apesar dos conflitos constantes, esse período é considerado por alguns estudiosos como a “idade de ouro” do domínio holandês em Pernambuco.
• O terceiro período da ocupação holandesa, entre 1645 e 1654, correspondeu às guerras de restauração e à derrota definitiva das forças holandesas.
O governo de Maurício de Nassau: 1637-1644
Em 1637, chegou ao Recife o conde João Maurício de Nassau, com o título de governador e comandante-em-chefe. Vinha a convite do governo holandês e da Companhia das Índias Ocidentais - empresa recém-criada que havia recebido do governo holandês o monopólio sobre o comércio nas colônias europeias da América.
Nassau fez acordos com os senhores de engenho, fornecendo-lhes empréstimos e adiando o pagamento de dívidas em troca de apoio político. Muitos engenhos haviam sido destruídos durante os conflitos entre luso-brasileiros e holandeses, e os senhores precisavam de recursos para reconstruí-los e modernizá-los.
Diversas medidas econômicas, político-administrativas e culturais marcaram o governo de Maurício de Nassau. Protestante da nobreza, ele exerceu uma política de tolerância cultural e religiosa, permitindo a prática dos cultos religiosos indígenas e africanos. A primeira sinagoga do Brasil data da administração holandesa no Recife. As condições de vida na cidade também melhoraram nesse período, com investimentos em saneamento básico, na abertura de ruas e construção de casas, pontes e canais e na organização das vilas.
Entre os marcos da presença holandesa no Brasil, destacam-se os aspectos científico e cultural. O grupo que Nassau trouxe da Holanda, conhecido como "missão holandesa”, incluía pintores, desenhistas, astrônomos, médicos, arquitetos, escultores e outros cientistas e artistas. Foram os primeiros a explorar e registrar sistematicamente o cenário natural e humano do Brasil colonial. Na pintura e no desenho, destacaram-se Frans Post
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