TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Lord Acton

Monografias: Lord Acton. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/7/2014  •  1.482 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

Página 1 de 6

Este trabalho pretende abordar a trajetória, o pensamento e a obra de Lord Acton, um historiador liberal inglês que ficou conhecido pela frase “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”.

John Emerich Edward Acton nasceu em Nápoles, na Itália, no dia 10 de janeiro de 1834 e mudou-se para a propriedade da família em Aldenham quando seu pai, Sir Richard Acton, faleceu em 1837; em 1840 sua mãe Marie Louise de Dalberg casou-se novamente com o futuro conde de Dalberg. Acton passou um ano numa escola francesa antes de completar os estudos em Oscott e Edimburgh. Impedido de ingressar na Universidade de Cambridge por ser católico, Acton estudou na Universidade de Munique sob a orientação de Ignaz Von Döllinger, um famoso historiador da Igreja que moldou sua mente liberal católico e sua carreira de historiador na avançada escola histórica alemã. Por meio de Döllinger, Acton teve contato com os melhores acadêmicos britânicos alemães e deixou-se contaminar por uma fervorosa paixão pelo liberalismo e pelo estudo cientifico da história.

Liberalismo que pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresentam como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. No entanto, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas. A partir do liberalismo, o indivíduo teria liberdade de produzir e comercializar sem interferência estatal, que deve apenas garantir a ordem e a justiça. Para os liberais, a economia tem leis próprias que não devem ser violadas.

Em 1857, Acton voltou à Inglaterra para permanecer à disposição do parlamento, onde serviu de maneira bissexta durante alguns anos, e para mergulhar no jornalismo católico liberal. De 1858 a 1864, talvez seu período mais produtivo, Acton dedicou-se quase exclusivamente á atividade jornalística. Sua carreira posterior, na qual ele declina de muitos projetos, como sua anunciada e nunca escrita, História da Liberdade, construiu-se em torno de dois temas principais; a amizade crescente com William Ewart Gladstone e o endurecimento crescente de seu moralismo. O rigoroso moralismo é a grande problemática de seu pensamento e se entrelaça com seu compromisso com a liberdade, que fez a sua fama.

Acton foi eleito, em 1859, para a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, como membro do distrito irlandês de Carlow, posição que ocupou até 1864, quando desistiu da política partidária. Um dos motivos para Acton abandonar a vida política foi à crença de que "há duas coisas que não podem ser atacadas de frente: ignorância e estreiteza de visão. Não podem ser derrubadas pelo simples desenvolvimento de qualidades contrárias. Não irão suportar a discussão". No entanto, Gladstone o recompensou pelos feitos em favor das causas políticas liberais, conferindo-lhe, em 1869, o título de Barão Acton de Aldenham.

Devido à atividade como jornalista e ao envolvimento nos debates sobre a infalibilidade pontifícia no Concílio Vaticano I, Acton ficou conhecido como um dos maiores defensores da liberdade religiosa e política em sua época. Em oposição ao pensamento reacionário defendido por muitos católicos no século XIX, Acton defendia que a Igreja cumpriria fielmente sua missão apostólica ao encorajar a busca da verdade científica, histórica e filosófica e ao promover a liberdade individual na esfera política.

Via como história, não um objeto de mero interesse acadêmico e sim um guia valioso, não somente porque serve para balizar nosso campo da ação, mas porque permite que nós nos beneficiemos dos erros de nossos antecessores. Como Acton diz, “se o passado foi uma carga, um conhecimento do passado é a emancipação a mais segura e a mais certa”. E em um sentido mais elevado, vê a história como uma filosofia, pois sua interpretação apropriada fornece a chave para seu destino. Também acreditava que poderia se tornar verdadeiramente significativa respeitando dois princípios fundamentais: o direito de todo homem à liberdade de consciência e a autoridade infalível da lei moral.

Sua obra concentrou-se basicamente num conjunto de ensaios onde defendeu o principio de que a História deveria ser entendida na perspectiva da liberdade, dela progredir ou regredir. Celebrizou-se igualmente por suas frases, quase todas elas repudiando a concentração do poder, adversário da liberdade, tornando-o um precursor do pensamento neoliberal dos dias de hoje.

Acreditava que a história poderia se tornar verdadeiramente significativa respeitando dois princípios: liberdade e lei moral; por liberdade entendia, como garantia de que cada homem deve ser protegido ao fazer aquilo que considera ser o seu dever contra a influência da autoridade e das maiorias, costumes e opiniões. Lei moral: respeito pela lei e pela ordem, segurança das minorias, para ele, tudo isto era implícito na definição de liberdade. Acton era um homem de muita convicção religiosa. Se um homem é verdadeiramente moral tem que seguir um código de leis perfeitamente definido, e fará sua liberdade obedecendo a suas obrigações com a sociedade, à lei moral é uma norma dada, uniforme e imutável, reconhecível por todos.

Também definia por liberdade “a garantia de que cada homem dever ser protegido ao fazer aquilo que acredita ser seu dever contra a influência da autoridade e das maiorias, costumes e opiniões”. A minoria, para Lord Acton é, a ínfima parcela da sociedade, composta por elites cultas e imbuídas de sólidos princípios morais, que agem quando livres de qualquer controle estatal sobre suas vidas ou patrimônio, como o fermento do desenvolvimento social de uma nação.

E também possuía um código moral que definia como “código comum, mesmo ordinário para o qual eu apelo”. O código moral cristão resumiu tudo que era o melhor na natureza humana. Deu forma a uma verdade eterna da religião e apenas por essa razão foi eminentemente prático, algo que poderia ser uma parte real de nossas vidas. Acreditava que tinha encontrado o coração da lei moral no principio de que a vida humana é um dom sagrado, e que deve ser tratada

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.9 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com