MONOGRAFIA - PRINCÍPIO EDUCATIVO E CIENTÍFICO
Por: Rafael Starling • 13/9/2018 • Artigo • 3.362 Palavras (14 Páginas) • 165 Visualizações
“O QUE É PESQUISA CIENTÍFICA”
“PESQUISA: PRINCÍPIO EDUCATIVO E CIENTÍFICO”
Resumo
A pesquisa no sentido mais amplo é um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento, que a fim de merecer o qualitativo de científica deverá ser realizada de modo sistematizado utilizando método próprio e técnicas específicas. Esse conceito encerra em si todos os questionamentos iniciais que os acadêmicos (principalmente aqueles que estão a cursar o 1º período dos cursos vigentes) desejam ter respondido acerca da importância, relevância e representatividade da pesquisa como meio produtor e promotor de conhecimento na academia. Entretanto, este conceito não consegue responder a todas as nossas dúvidas e nossos questionamentos sobre a relevância da pesquisa na academia de maneira tão simples, e para isso necessitamos nos debruçar sobre o conceito a fim de conseguir as respostas que venham a nos satisfazer de maneira didática e educativa. Para tanto, utilizamos como caminho a ser adotado o recurso da pesquisa bibliográfica, selecionando textos e livros referentes ao tema “o que é pesquisa cientifica”. Tal assunto é simultaneamente moroso e complicado, haja vista o ainda pouco afeto por tal trajetória (a de pesquisador) e o grande volume de fontes bibliográficas com relação o assunto. Ao citar tais implicações e problemas, queremos ressaltar também a importância da discussão sobre pesquisa científica, haja vista sua importância na vida acadêmica ate a conclusão do curso acadêmico pretendido.
Palavras-chave: Pesquisa, Científica, Conhecimento, Método.
INTRODUÇÃO:
Procurando entender o conjunto de conceitos e significações que o nome “pesquisa científica” engloba em si, convido o leitor a avaliar e assim como nós realizar os seguintes questionamentos: como os modelos pedagógicos influenciam na construção do conceito de pesquisa científica? Qual o papel científico e educativo da pesquisa científica? E ainda, qual o papel dela enquanto elo entre acadêmico e academia?
Segundo Rudio (1990, p.5), “pesquisa no seu sentido mais amplo corresponde a um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento que, a fim de merecer o qualitativo de científica, deve ser realizada de modo sistematizado, regido por método e técnicas específicas”. Este conceito, embora apresente a definição clara e objetiva do que vem a constituir uma pesquisa científica, ainda não responde a todos os questionamentos aferidos pelos acadêmicos de qualquer curso, pois obscurece toda a significação do conceito.
Nesse sentido percebemos que a pesquisa é o que alimenta atividades de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo, vinculando pensamento e ação, baseando-se em fatos existentes em que a sociedade irá usufruir, visando à produção de um novo conhecimento que possa ser transmitido, além de construir profissionais mais completos e envolvidos com o ensino.
Para a formulação de uma pesquisa científica é preciso o uso aplicado de uma metodologia e de suas técnicas, cujos dados têm que ser os mais fiéis possíveis para a análise de um determinado tema. É necessário que através de um projeto, levante uma questão a ser solucionada, independente da metodologia a ser aplicada.
Os cientistas possuem pesquisas científicas distintas da classe dos estudantes universitários. Enquanto aqueles trabalham para a produção de um conhecimento novo e que de algum modo representa beneficio a um segmento na sociedade, estes devem possuir relações metodológicas nas suas investigações, pois quando adquirem uma capacidade específica, devem refazer toda a trajetória dos cientistas.
Para tanto, os acadêmicos utilizam diversas espécies de pesquisa, entre elas destacam-se a pesquisa de campo, de laboratório, e bibliográfica. Na pesquisa de campo a coleta de dados será de fundamental importância, pois serão a partir deles que se poderá elaborar gráficos, mapas, estatísticas, interpretações e conclusões de caráter indutivo. A pesquisa de laboratório também recorre à pesquisa bibliográfica prévia, pois é necessário observar com bastante perfeição, sanidade e acuidade os resultados das manipulações após os experimentos. A pesquisa bibliográfica merece uma atenção especial, pois é um dos trabalhos mais realizados nos cursos de graduação, consiste em analisar escritos sobre determinados assuntos, de fatores diversos e com pensamentos diferentes entre si.
Torna-se, portanto, de grande importância o conhecimento e a prática da pesquisa para não formar educadores que apenas reproduzam o conhecimento adquirido na academia. A visão crítica, a necessidade em conhecer o seu meio circundante e a inquietude para se obter mais conhecimento são traços marcantes do pesquisador-professor, que devem estar presentes em toda a trajetória profissional do pesquisador incipiente. Deve ser estimulada pelo instrutor, àqueles que se iniciam na educação. O esforço é a principal ferramenta que o iniciante deve ter nesse percurso até adquirir a emancipação.
Neste sentido, educação pode ser um importante instrumento para se romper com uma realidade social sofrível e, para tanto, é necessário que seja vinculado ao ensino curricular, métodos que possam desenvolver a consciência política dos alunos, não apenas nas instituições de ensino superior, mas também no ensino básico e fundamental.
Por fim, fica compreendido que a pesquisa científica aqui seja entendida como um mecanismo destinado a favorecer a compreensão da realidade, sob uma visão crítica responsável e fundamentada.
2. PESQUISA CIENTÍFICA:
2.1 Influências dos modelos pedagógicos para a construção de concepções sobre a pesquisa
A fim de promover reflexões introdutórias sobre o que representa a pesquisa cientifica, será apresentado modelos pedagógicos vigentes e sua influências sobre a noção que se tem de pesquisa enquanto ensino/aprendizagem. Sobre isso, Arrabal (2006, p. 26) diz que:
[...] do ponto de vista pedagógico, o ensino/aprendizagem mostra-se sobre dois modelos dispares, [...] denominados “tradicional” e “construtivista”. O primeiro reconhece o ensino como um processo de “transferência” de conhecimento onde cabe ao professor, “detentor do saber”, transmitir aos alunos o corpo das informações que detém. Por outro lado, ao ser reconhecida a autoridade do professor por seu “notório saber”, cumpre ao aluno “reter” passivamente as informações transmitidas. Neste contexto, a avaliação representa um instrumento de verificação do grau de “aprendizado” [...], onde se destacam a supervalorização do conteúdo, a passividade do aluno e a autoridade do professor. No modelo construtivista, entende-se o ensino/aprendizagem como um processo de interação entre professor/aluno. Neste, cabe ao professor orientar e estimular a reflexão dos conteúdos. Como sujeito crítico, o aluno passa a ter um papel ativo no processo.
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