Mapas E Cartas Geológicas

O Contexto das Cartas Geológico-Geotécnicas na Geologia Ambiental

Prandini et al. (1995) destacam que a aceleração da expansão urbana ocorre atualmente quase que exclusivamente sob o ponto de vista da especulação do mercado, ignorando as reais potencialidades e limitações do meio ambiente. Essa forma de expansão urbana tem ocasionado uma série de graves problemas, tanto em termos ambientais como sócio-econômicos.

Essa situação acarreta ocupações inadequadas em regiões e locais extremamente problemáticos, tais como áreas propícias ao desenvolvimento de escorregamentos ou erosões intensas, áreas sujeitas à inundação, terrenos susceptíveis à subsidências e colapsos, entre outras (Prandini et al., 1995). As fotos a seguir ilustram algumas dessas áreas (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

A ocupação de áreas de riscos é atualmente um dos principais problemas das cidades brasileiras, sejam elas de pequeno porte ou grandes metrópoles.

A ocupação dessas áreas de riscos deve-se principalmente ao contínuo processo de adensamento urbano.

Devido a esse aumento da densidade populacional nas cidades e a conseqüente busca por novas áreas para construção de moradias, várias áreas de risco e de preservação são ocupadas, como no caso das fotos ao lado.

Isso acaba colocando populações inteiras em situações precárias de vida, as quais sofrem periodicamente com acidentes, que além de causarem prejuízos econômicos, acarretam perdas de vidas humanas.

Neste contexto, as cartas geológico-geotécnicas são tratadas no Curso de Geologia Ambiental devido sua ampla aplicação no planejamento urbano e rural, subsidiando os trabalhos geológicos sobre o meio ambiente físico. Portanto, a cartografia e/ou o mapeamento geotécnicos são a base que subsidiam os estudos ambientais, de riscos geológicos, de disposição de resíduos, entre outros, pois esses trabalhos cartográficos caracterizam e classificam o meio ambiente de acordo com parâmetros pré-determinados.