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Marcas de Uma História História e Cidade – História Local

Por:   •  30/3/2019  •  Seminário  •  2.080 Palavras (9 Páginas)  •  225 Visualizações

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COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO XAVIER DA SILVEIRA – EFMN

Marcas de uma História

História e Cidade – História Local

Projeto apresentado pelas alunas: Ana Carolina Glinski, nº07; Beatrice Aline Konopka, nº08; Eduarda Nokozek, nº32; Luana Andressa de Barros, nº24; Tamires Machado, nº32; Tatiane Alves, nº33; da série 3º ano D; para os estagiários Bruno e Fernanda, da disciplina de História, para obtenção de notas bimestrais.

Irati;

10/2018.

1. INTRODUÇÃO:

É certo que o objeto de estudo na história são as relações humanas, que podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir, e de se relacionar social, cultural e politicamente. Assim sendo, é de extrema importância estudar a história local de onde se vive, para que se possa compreender as origens de uma população.

Uma sociedade que não tem memória deixa de ter sua história. Para conhecer sua história deve-se ter o conhecimento do passado, a fim de resgatar os valores, evitando o risco de cair no enfraquecimento ou até mesmo de perdê-los diante daquilo que a modernidade apresenta como algo correto ou mais viável.

A cidade de Irati possui grande variedade cultural, tendo seu território subdividido entre diversas etnias, visto que é composta por, principalmente, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, alemães, índios, bugres e africanos.

Cada uma dessas etnias trouxe aspectos de sua cultura para a cidade, deixando a cidade, cada vez mais, rica em culturas. Entretanto, mesmo com toda a beleza trazida pelos colonizadores, sempre houveram conflitos entre essas culturas, tentando “ganhar destaque” na cidade.

Assim sendo, para entender cada aspecto da miscigenação iratiense é preciso um longo estudo de relatos históricos da localidade e refletir sobre cada problemática que contribuiu para a construção da atual população da cidade.

2. COMPOSIÇÃO ÉTNICA DE IRATI:

Irati é uma cidade rica em culturas, já que fora colonizada por diversos grupos étnicos desde o início do século XX, especialmente por poloneses e ucranianos, que buscam  manter os costumes e tradições de seus antecedentes vivos até hoje. Além dos dois grupos citados, chegaram até a cidade africanos, holandeses, italianos e índios.

Tais grupos não só compõem a população iratiense mas trazem  riqueza cultural à cidade, com suas tradições vivas, atraindo diferentes personalidades para conhecer a cidade, e também, enriquecendo a história local da cidade. Cada um desses grupos trouxe uma tradição, gerando harmonia dentro da cidade.

Em 1839 chegaram ao território hoje IRATI, duas bandeiras procedentes de Sorocaba: a bandeira de JOSÉ DOMINGUES DA TRINDADE deu origem ao povoado Bom Retiro, hoje GUAMIRIM; e a bandeira de JOÃO PEREIRA DE JESUS, que seguiu adiante pelo sertão e localizou-se nas terras onde fundou o povoado de PIRAPÓ.

As primeiras famílias que habitaram IRATI, depois IRATI-VELHO e hoje VILA SÃO JOÃO, teriam vindo de Palmeira, Imbituva, Lapa, Itaicoca, Assungui (hoje Cerro Azul) e Curitiba desde 1860. FRANCISCO DE PAULA PIRES, grande líder de COVALZINHO, depois IRATI, fixou residência aqui antes de 1890.

Segundo José Maria Orreda os primeiros imigrantes que chegaram foram os holandeses em 1908. No ano seguinte, em 1909, chegaram os alemães e em 1910, os ucranianos, poloneses e austríacos. (ORREDA, 1974, p. 7).

A importância de se estudar as identidades que geraram Irati é extrema, para que se possa compreender o passado da localidade e o que levou ao grande crescimento cultural e social da cidade.

2.1. ÍNDIOS:

Os índios que habitavam a região de Irati pertenciam a dois grupos, os tupi-guaranis e os gês. Todas as regiões da cidade possuem vestígios de ocupação indígena, desde mais de mil anos atrás, já que foram os primeiros a habitar o território. Esse foi o primeiro grupo a influenciar na cultura da cidade, com o vocabulário, com palavras como guri, canjica e butiá, e com costumes, como o banho diário, seu descendente é o bugre, seguido pelo caboclo.

2.2. AFRICANOS:

A presença dos escravos na história de Irati é certa, de acordo com o Censo Geral de 1772, feito pela Capitania de São Paulo, a população paranaense era composta de 7626 habitantes, dos quais 28,8% eram escravos. Embora a escravização no Paraná não tenha sido tão intensa, pois ao lado dos negros escravizados trabalhavam homens livres, ela atuou, nos diversos meios de produção e marcou intensamente a estrutura econômica paranaense.

Toda a história de uma região (contada pelos memorialistas)está ancorada em um mito de fundação que são os pioneiros, realimentando as mitologias que sustentam o discurso regional, os estereótipos regionalistas e os preconceitos por origem geográfica e lugar. Sendo assim, é necessário questionar os muros desta identidade regional, onde a cor branca prevalece e desconstruir a utopia do mito do branqueamento.

Não pode se afirmar diante das evidências dos documentos já analisados, citados anteriormente, que a região em estudo não teve a participação dos negros escravizados, em seu cotidiano. Fica evidenciado o contrário: que o negro escravizado era presença constante nesse espaço.

2.3. HOLANDESES E ALEMÃES:

Os imigrantes holandeses chegaram até a cidade em 1908 e os alemães, em 1910, sua colonização foi articulada pelo governo federal, através do Ministério a Fazenda, cada família recebeu área de dez alqueires para trabalhar na agricultura local. Algumas das famílias que fundaram a colônia de Gonçalves Junior foram: holandesas – Van der Laar, Van der Wall, Van der Neut, Leendert – alemãs – Dietze, Dietrich, Neumann, Scheneider, entre outras. Os holandeses e alemães são chamados teutos, por viverem em afinidade, compartilhando clubes, igrejas, escolas e o cemitério, diferente de outras etnias.

2.4.  ITALIANOS:

Na década de 1910 começaram a se deslocar, espontaneamente, das colônias de Campo Largo, famílias de imigrantes italianos e seus descendentes.

Entre 1915/1917, a migração de origem italiana, procedente da região de Campo Largo, fixou-se em Rio do Couro, no distrito de Gonçalves Júnior e posteriormente em outras áreas do território municipal, mencionando-se as famílias/Maneira, Fracaro, Magaton, Aggio, Jacumasso, Longato, Feltrin, Seguro, Crovador, Fiori, Camilo, Bianco, Campanharo e outras. Na região do Mato Queimado [...] as famílias Marochi, Brandalize, Slompo e outras. (ORREDA, 1974, p.51).

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