Medicina dos incas, maias e astecas
Por: Karoline Oliveira • 12/2/2017 • Seminário • 1.081 Palavras (5 Páginas) • 7.882 Visualizações
Medicina dos povos Incas, Maias e Astecas
1. Medicina Asteca
A medicina asteca, exercida pelos sacerdotes, apresentava relativo conhecimento da anatomia humana devido à prática de sacrifícios humanos, comum nessa civilização, além de terem o conhecimento do efeito de diversas plantas usadas para cura. Havia também o estudo específico de determinada enfermidade, o que leva a crer que os sacerdotes eram especialistas em curar certas doenças.
Os tratamentos das doenças foram baseados em dois aspectos: por um lado, se ocuparam da saúde espiritual, cujo desequilíbrio abria as portas à deterioração física; por outro lado, recorreram a medicamentos herbários para ajudar na cura sintomática.
A civilização asteca utilizava as ideias e crenças religiosas na explicação e no tratamento das doenças. Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam, simultaneamente, uma categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua intercessão.
Tlaloc o deus das águas, foi responsável por doenças reumáticas e síndromes relacionadas à umidade e frio. Acreditava se que esse mesmo Deus puniu os homens que abusavam do consumo de bebida alcoolica, enviando-lhes tremor generalizado, delírio e olhos confusos. Uma descrição das fases finais e seqüelas do alcoolismo; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia; Tlazolteotl (tlazolmiquiztli ) quando descontente por uma violação de jejum, voto ou comportamento sexual, induzia o contágio a de doenças como punição.
Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes; Xipe Totec o deus esfolador, assim chamado porque o descreviam como um ser coberto pela pele de suas vítimas, era responsável por doenças de pele, furúnculos, sarna e doenças oculares. Havia uma tradição asteca que durante o segundo mês, os astecas promoviam uma procissão onde os doentes se cobriam de pele, obtida por sacrificios humanos, para apaziguar o Deus e conseguir a cura.
Os astecas acreditavam, por exemplo, que havia uma forte conexão entre astrologia e as doenças, ou seja, um indíviduo de determinado astro tende a ter doenças com certas cartacterísticas afetando orgãos específicos.
As práticas médicas astecas utilizavam largamente o cacto peyotl no tratamento da dor. O tabaco e o incenso vegetal, também estavam presentes em suas práticas. Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base de milho e ervas tais como: passiflora, o bálsamo-do-peru e a valeriana, empregada como auxiliar do trabalho de parto por ter o princípio ativo análogo à oxitocina.
O código de Sahagun foi escrito por Bernardino de Sahaguin, que dedicou a maior parte de sua longa vida para escrever um exaustivo estudo antropológico dos astecas. Este tratado contém vários textos sobre a sociedade asteca, incluindo o seu desenvolvimento médico. Com ênfase em estudos sobre anatomia em relação a doenças e seus remédios. Já o código Badianus foi um trabalho de Martfn de la Cruz, o manuscrito enfoca o uso de ervas. Portanto, diz respeito ao tratamento farmacológico de doenças. É um tratado de plantas medicinais nativas, enfatizando seus efeitos anestésicos e analgésicos.
Um grande diferencial e importante característica da civilização asteca era sua preocupação com a limpeza sanitária das cidades, fato esse que colaborou para que as enfermidades não se alastrassem, tanto que a primeira epidemia (varíola) só foi registrada após a invasão dos espanhóis. A cidade de Tenochtitlán, por exemplo, dispunha de vasta rede de esgotos e banheiros públicos. Até mesmo os mortos eram queimados ou enterrados fora dos muros das cidades e cada quarteirão era responsável pela limpeza e higiene das casas.
2. Medicina Maia
A medicina maia é uma complexa mistura de ciência e religião, era praticada pelos padres que herdavam esta posição e recebiam educação especializada. Essa medicina possuía 6 princípios: a força da vida está em toda a natureza (rios, montanhas) e é de origem espiritual/divina; não há separação entre espírito e corpo; veneração às plantas; a cura deve acontecer de forma integrada com o entendimento de todos, incluindo do curador, paciente, espíritos, plantas; status do sangue era utilizado através da medida do pulso para determinar desbalanceamento e se a doença era física ou espiritual; conceito de frio e calor, as plantas consideradas “quentes” eram usadas para tratar doenças “frias”.
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