Mulhervna Grecia Antiga

2-Grécia Antiga

Na Grécia Antiga a mulher não vivia nem na sombra de um homem, ela era colocada no mesmo patamar de um estrangeiro (mesmo se fosse nascida em Atenas) e de um escravo (mesmo sendo membro de uma abastada família), ali no berço da civilização ocidental, onde sábios circulavam por todos os cantos, a vida pública cabia somente ao homem, onde nasceu a filosofia, se fortaleceu o machismo e a submissão a ele. Até mesmo a mitologia grega retratou essa submissão e os castigos que sofreria a pessoa que se rebelasse, como é a história de Aracnê:

“[...} Atena jogou fora o disfarce e aceitou o desafio de Aracnê. Os teares foram colocados lado a lado e ambas começaram a tecer, mas como motivos diferentes.

Atena bordava os símbolos monumentais da soberania ateniense [...] Aracnê escolheu outro tema. Sua tapeçaria mostrava ação movimentada, com violência e sofrimento. Ela descrevia, quadro após quadro, os crimes dos deuses olímpicos contra as mulheres. Mostrava Zeus como touro arrastando Europa, como águia raptando Astérea, como cisne raptando Leda. Aracnê não apenas mostrava os crimes de Zeus, mas também as vítimas chorosas dos lascivos Apolo e Poiseidon. Sua tapeçaria descrevia sem piedade a brutalidade e trapaças de homens e suplicas lamentosas das mulheres, arrastadas para longe dos filhos, da família, da pátria.