Nobreza Indígena Da Nova Espanha. Alianças E Conquistas
Trabalho Universitário: Nobreza Indígena Da Nova Espanha. Alianças E Conquistas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sarah2015 • 3/12/2014 • 1.108 Palavras (5 Páginas) • 1.379 Visualizações
RAMINELLI, Ronald. Nobreza Indígena da Nova Espanha. Alianças e Conquistas. Tempo, volume 14, n° 27, Dezembro 2009, p. 83-96.
A história da América é repleta de acontecimentos e detalhes nem sempre evidenciados pelos livros de história. Quando a analisamos, percebemos que muitas informações ainda não chegaram até nós.
Estudar o processo de colonização da América é imperativo para todo o historiador. Enxergar este período por outra ótica além daquele descrita pela historiografia oficial é uma tarefa que exige muita dedicação e um período longo de estudo sobre este tema, algo nem sempre fácil de fazer.
A colonização da América não foi feita apenas de guerras e conflitos, aliás, muitos eventos deste processo ocorreram como resultados de acordos pacíficos em que tantos os conquistadores como os líderes indígenas obtinham os seus ganhos.
O texto: Nobreza indígena da Nova Espanha. Alianças e Conquistas de Ronald Raminelli trata da relação da Coroa Espanhola, no seu processo de colonização da América com os nativos locais, principalmente os índios. A Espanha reconhece a importância dos líderes da terra e concede a eles vários privilégios com o propósito de manter o seu controle sobre as terras conquistadas.
Raminelli começa destacando a opção dos conquistadores em exercer um governo baseado no acordo, valorizando, o que ele chama de senhores do Novo Mundo. Apesar da resistência inicial do senhor do México, a estratégia dos conquistadores, representados por Cortés, foi a de esvaziar esta liderança, demonstrando assim toda a estratégia de conquista.
Os conquistadores, identificados no texto como Castelhanos, buscaram apoio com os chefes locais, que no caso do México eram identificados como Caciques e Principais.
A religião foi outro aspecto da colonização, pois quando os nativos se convertiam a fé católica, fé dos colonizados, consequentemente passaram a viver a pureza da vida.
A questão religiosa foi muito importante para os colonizadores, pois eles tinham uma visão que a religião unificaria a humanidade, em contraposição ao islamismo e o judaísmo. Nesta concepção, os índios estão abertos e receptivos a nova fé, que seria uma forma de controle sobre eles, mantendo a soberania de Castela.
Os chefes dos nativos deveriam jurar fidelidade ao cristianismo lutando contra todo tipo de idolatria.
Sobre este processo Eduardo Natalino dos Santos no texto Conquista do México ou queda de México-Tenochtitlan? Guerras e alianças entre castelhanos e altepeme mesoamericanos na primeira metade do século XVI comenta: “Foi preciso esperar pela terceira expedição a chefiada por Hernán Cortés, para que começasse, enfim, a conquista do México. Durante a ausência de Cortés, seu tenente, Alvarado, que ficara em México, foi tomado pelo medo e massacrou preventivamente uma parte da nobreza mexica.” (Disponível em http://www.usp.br/cema/images/stories/Conquista_do_Mexico.pdf. Acesso em23.08.13)
Ronald lembra que os chefes locais foram participantes ativos do processo de colonização, sendo beneficiados com várias regalais, entre elas a permissão de montar a cavalo, de usar arma de fogo e espada, como também das vestimentas espanholas. Também foram beneficiados com títulos concedidos pela monarquia espanhola e a aquisição de terras. Como também a cobrança de tributos e a isenção tributária.
Os colonizadores, com ajuda dos chefes locais, introduziram costumes próprios da Espanha, como construção de casas, tipos de móveis e praticas comuns aos espanhóis e completamente estranhas aos costumes locais. Esta aliança entre os locais e a coroa espanhola permitiu que estes costumes fossem mais facilmente aceita pela comunidade local.
O trecho a seguir relata bem o resumo deste comportamento: “Em geral, como mercê, os chefes indígenas suplicavam a isenção de impostos, a utilização de cavalos, o manuseio de armas de fogo e o uso de roupas ao modo espanhol. Por sua condição de nobres, os caciques não se submetiam à justiça ordinária; gozavam, portanto, de foro privilegiado. Os senhores indígenas detinham ainda o domínio eminente sobre o território de seu senhorio, interferiam no âmbito do direito privado e público, nas tarefas individuais e coletivas, obtinham rendas e tributos.” (BORNEMAN, Margarita Menegus apud RAMINELLI, Ronald. Nobreza Indígena da Nova Espanha. Alianças e Conquistas, pag.90).
O ensaio ressalta também que a colonização inicialmente exigiu o uso da ação militar,
...