O Coronelismo
Dissertações: O Coronelismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: naame • 3/1/2015 • 620 Palavras (3 Páginas) • 739 Visualizações
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Durante a República Velha, o direito de voto deixou de ser censitário e se tornou universal. No entanto, existiam vários elementos de limitação da cidadania, como a exclusão das mulheres do processo político, a exigência de alfabetização ao mesmo tempo em que a Constituição não se propunha a garantir a educação básica como obrigação do Estado e as práticas coronelísticas.
O coronelismo foi uma conduta política que se tornou comum na vida política brasileira, principalmente após a proclamação da República. Durante a República Velha (1889-1930), percebemos o coronelismo como limitador da cidadania, pois o poder de mando do coronel influenciava as eleições, fazendo surgir o "voto de cabresto" e o "curral eleitoral", expressões que refletem a postura dócil dos comandados, que votam nos candidatos indicados pelo coronel em troca de favores ou simplesmente por imposição, uma vez que este é quem controla, direta ou indiretamente, a vida das pessoas em sua propriedade ou na região.
A Era Vargas
O período de 1930 a 1945 também foi caracterizado por práticas que pretenderam limitar o exercício da cidadania no país. Durante a maior parte desse período, o regime foi ditatorial. O "governo provisório" (1930-34) deu-se com o fechamento do Congresso Nacional e a intervenção nos Estados. Apesar de haver uma simpatia de grande parte das camadas urbanas pelo movimento tenentista e por muitos de seus representantes que chegavam ao poder com Vargas, os primeiros meses do novo governo foram de desilusão, principalmente porque a política adotada por Vargas e seus interventores foi marcada pela conciliação com a maior parte dos coronéis.
O principal movimento de contestação à política centralizadora de Vargas eclodiu em São Paulo. Foi a Revolução Constitucionalista. Esse é um exemplo de movimento que envolve a cidadania: o povo paulista foi "manobrado" pelas elites.
A República Populista
O período entre 1945 e 1964 foi caracterizado pela reorganização do Estado de Direito, ou seja, as leis foram respeitadas e as liberdades individuais, garantidas, guardadas algumas exceções, como o fechamento do PCB em 1947. Durante esse período, uma parcela significativa dos trabalhadores organizou-se de forma independente, enfraquecendo o "peleguismo", e formaram-se, em alguns Estados do Nordeste, as Ligas Camponesas, num processo de organização que, apesar de reunir ainda setores minoritários do campesinato, já apresentava certo grau de politização. A crise do populismo foi responsável pela polarização política, não ideológica, entre aqueles que defendiam uma política popular e nacionalista e aqueles que defendiam a abertura do mercado e uma maior aproximação com a política externa dos EUA. Destacam-se nesse momento a discussão que envolveu a criação da Petrobrás, a crise em relação à posse de Juscelino Kubitschek e a campanha da legalidade, que garantiu a posse de João Goulart.
Ditadura Militar
Os governos militares que se sucederam no poder desde 1964 também foram responsáveis pela eliminação da cidadania. É interessante perceber que o modelo político adotado pelos governos militares tentou disfarçar o autoritarismo por meio da manutenção
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