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O Espelho do Diabo

Por:   •  17/8/2021  •  Resenha  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  107 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA

Graduando: Kennedy Azevedo

Disciplina: História Medieval                               Código: 2194       Crédito:04     Horas: 60

ano/semestre: 2019/1

Curso: Licenciatura em História                          Professora: Elaine Smaniotto

O espelho do diabo

Fontana, Josep. O espelho do diabo. In: A europa diante do espelho.Bauru, SP: EDUSC, 2005, p. 55-71

‘’A europa diante do espelho’’ do autor Josep Fontana, falando especificamente do capítulo ‘’O espelho do diabo’’ são trabalhados temas que fazem referência aos conflitos religiosos da idade média. Conflitos estes que demarcaram algumas fronteiras dos chamados mundo cristão e muçulmano.

A criação dessa visão de um ‘’outro’’ demonizado, que não seguia ao Deus único cristão, não se guardaria somente aos inimigos externos, mas também inimigos internos, como assim ditava a igreja.

Os inimigos externos da igreja eram inicialmente o Islã, quando o choque em 732, com a batalha de Poitiers, marcou o que seria o começo de uma guerra milenar, e que daria um novo contexto ao medievo. Diferente da visão cristã, os Islâmicos inicialmente podiam conviver em harmonia com adeptos da crença católica, contanto que não executassem o proselitismo. Claramente bem diferente da Igreja Católica que denominava Maomé como o próprio satã e chama o Islã de falsa religião.

É claro interesse dos Europeus nas riquezas do Oriente, porém esse interesse não era recíproco, uma vez que os Muçulmanos não viam nada de interessante na europa, tanto quanto nos Cristãos, que até mesmo descreviam Constantinopla como uma cidade cheia de lixo e fedida assim como seus habitantes.

Segundo o autor o Mundo Islâmico era superior tanto em técnicas agrícolas, industriais quanto em níveis intelectuais, uma vez que até mesmo por possuírem ideias livremente circulando e o advento do sincretismo, o autor Ibn Kaldun, pode chegar a conclusão de que a história tem por objeto o estudo da sociedade humana, da civilização universal.

Outro fator que constata a superioridade do Islã, está no tempo em que conseguem converter o velho mundo grego, em 200 anos puderam converter mais da metade dessa população. Posteriormente diversos outras populações foram englobadas pela crença, assim como os territórios da Síria até o golfo e a  África do Norte. Segundo Fontana, isso não se deu só pelas conversões forçadas e sim pelo sentimento de coletividade que passava certa seguridade social a seus adeptos.

Até mesmo a Ásia menor que esteve ligada ao  cristianismo, foi palco dessa troca de cultura, uma vez que igrejas foram substituídas por mesquitas, escolas, e centros sociais Islâmicos.

Fato Interessante é a grande quantidade de comércio entre cristãos e muçulmanos mesmo em tempos de guerras entre ambos, ignorando até mesmo as ordens papais.

Os resultados das cruzadas passaram a distorcer até mesmo as visões da igreja por Bizâncio, e o cristianismo asiático.  Primeiramente, o autor afirma que Bizâncio merecia sim o título de Império Romano, uma vez que continuavam ligados aos estudos clássicos e pelos estudos científicos. Expondo que a falta de apoio do Ocidente, que culminaria posteriormente na tomada de Constantinopla pelos turcos foi muito negativa, pois tiveram de conviver 200 anos com medo dos invasores.

 Segundamente, Fontana afirma que os povos Asiáticos que antes viam o cristianismo como uma maneira de civilizar o povo sem perder sua personalidade, e que se estendiam desde o Egito até o Mar da China.  E posteriormente esses povos Asiáticos foram tidos como hereges por não ingressarem em cruzadas contra os muçulmanos.

Povos esses como os Uigur que foram convertidos pelo maniqueísmo que posteriormente seria considerado uma heresia, não conseguiram montar uma estrutura eclesiástica estável.

A grande Cristandade Asiática se deu com a Igreja Nestoriana, que englobou povos do Sumatra até o Azerbaijão, devido a seus missionários tomarem as rotas comerciais após a ruptura com Bizâncio. Até mesmo á uma cruzada foram enviados soldados mongóis que participaram  da conquista de Aleppo, Damasco e Bagdá. Porém vítimas de sorrateiros cruzados foram aniquilados por Mamelucos, e segundo o autor nesse ponto se enterrou a possibilidade uma Cristandade Asiática, sem contar no desprestígio aparente da Igreja de Roma pelas embaixadas Nestorianas. Assim foram absorvidos pelo Islã.

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