O FUSCA, O 4 º CARRO MAIS FÁBRICA DO DO MUNDO
Por: GustavoBelle • 17/5/2017 • Projeto de pesquisa • 3.778 Palavras (16 Páginas) • 235 Visualizações
FUSCA, O 4 º CARRO MAIS FÁBRICADO DO MUNDO
Nome: Gustavo Bellé
E-mail: gustavo@gustavobelle.com.br
Disciplina – Júlio Cezar Colbeich dos Santos
Resumo
Este documento visa apresentar a história de um fruto obtido no processo evolutivo da humanidade, o automóvel. Dentro dessa memória temos outra que marca o início da segunda guerra mundial, conhecida até hoje no Brasil como Fusca, veículo fábricado pela empresa Volkswagen. Considerado até hoje como um ícone da história automobilística, esse meio de transporte recebe outros atributos além de sua função convencional de locomoção. Seguindo essa linha análise, obtemos diversos resultas nos impactos que esse produto cria na sociedade desde sua produção até seu consumo.
Palavras-chave: Ícone; Volskvagen; Automóvel; Fusca; Consumo.
1-Introdução
Considerado um dos grandes inventos da era industrial, o automóvel é um produto desejado por muitas pessoas desde a infância. Criado inicialmente para servir como meio de transporte, não se imaginava que ao passar dos tempos esse produto obteria outros valores culturais, sociais, econômicos e políticos.
A grande adoração das pessoas pelo automóvel e sua relação psicológica com essa máquina, cria uma grande oportunidade para estudos, no qual os conceitos e os significados desse relacionamento, podem ser analisados. Assim como alguns grandes inventos, esse produto continua tendo grande impacto na sociedade (SCHOR, 1999).
Esse meio de locomoção está presente no dia-a-dia de milhões de pessoas, em diversas formas de uso, tornando-o indispensável para humanidade. Portanto, as fábricas de automóveis devem estudar o mercado onde atuam, com o intuito de atingir as necessidades de seus consumidores, como é o caso da campanha do Fusca em 1983,
que dizia: "Todo mundo tem razões de sobra para amar o Fusca. Ele é simpático, charmoso, simples, forte e inteligente [...]" (VOLKSWAGEN, 1996: 99)
Voltando algumas décadas atrás, havia uma grande necessidade de se criar um carro que fosse acessível ao povo, pois naquela época os veículos eram artigo de luxo e apenas acessíveis para a classe social alta. Então diversos engenheiros jovens e empolgados buscavam inspiração em Henry Ford, para desenvolver um veículo eficiente e acessível para o homem comum (FLATOUT, 2015). Partindo desse conceito estabelecido, nasce um projeto mais tarde chamado, Fusca.
2- A Inveção do Automóvel
Desde sempre o homem procura adequar o meio onde vive de maneira a suprir suas necessidades, dessa forma desenvolve matérias, máquinas e ferramentas. Assim sendo, o ser humano passou a utilizar os animais para se locomover e facilitar seus afazeres cotidianos, porém a tração animal se tornou muito custoso.
É complicado imaginar a dificuldade na vida das pessoas antes do surgimento dos automóveis, pois eles são de extrema necessidade para nossa locomoção até lugares distantes e no transporte de mercadorias. Como tantas outras máquinas complexas, ele foi resultado de uma longa jornada de evolução e até chegar aos modelos modernos, que mais parecem computadores sobre rodas, muita coisa aconteceu.
Ainda no século XV, Leonardo da Vinci, um grande pintor e inventor italiano, desenvolveu um triciclo movido a corda como um relógio. O projeto, porém nunca foi colocado em prática e o automóvel começou a surgir três séculos depois, a partir do aprimoramento da máquina a vapor. Foi então que Nicolas-Joseph Cugnot, engenheiro francês, criou em 1769 uma espécie de carruagem movida a vapor, um dos primeiros protótipos do que viria a ser o automóvel (MUNDO ESTRANHO, 2011).
O grande progresso na criação de motores a gasolina, foi dado por Nicolaus Otto. Ele desenvolveu um motor concebido para máquinas estacionárias na qual, para ser inserido em um veículo era preciso reduzir seu tamanho radicalmente. Este processo foi sem dúvidas, uma das bases para a origem do automóvel.
Ao instalar um motor de quatro tempos num triciclo na Alemanha, karl Benz obteve em janeiro de 1886, a patente do primeiro veículo autopropulsionado. No entanto, podemos declarar que o carro mais antigo da história, foi inventado por Benz. O alemão, pai do automóvel e fundador da empresa Maybach, que mais tarde
pertenceria ao grupo Mercedes-Benz, estabeleceu o uso do motor movido a gasolina. A partir disso, as pessoas começaram acreditar na viabilidade de um veículo que oferecesse rapidez, segurança e conforto (HISTÓRIA DE TUDO, 2016).
Figura 1 – Réplica do triciclo com motor a combustão de 0,75 cv está no museu da Fonte Mercedes-Benz
Fonte: Jornal do Carro. Estadão,2016
3- Primeiro Carro Motoriazado no Brasil
Um marco para a história do automobilismo brasileiro, chega no país em novembro de 1891, o primeiro carro motorizado. Abordo de um navio que vinha de Portugal e ancorou na cidade de Santos, Alberto Santos Dumont - o futuro pai da aviação -, rapaz de dezoito anos e que residia em Paris, era proprietário do primeiro veículo motorizado brasileiro.
Mostrando ser uma rapaz de muita visão e apaixonado por mecânica, Santos Dumont sabia que o automóvel se transformaria em um grande potencial para a economia mundial. No ano de 1904 constavam 84 carros registrados na inspetora de veículos, e muitas pessoas famosas estavam na fila para adquirirem o seu (SÃO PAULO, 2016).
Os primeiros proprietários de automóveis brasileiros, eram membros de elite que usufruíam de sucesso financeiro, adquiridos no momento ou quando originários de alguma herança. A utilização de veículos estava mais direcionada a busca de status e distinção, uma maneira de anexo a civilização do mundo moderno, do que a interesses econômicos. No mais tardar, as indústrias e comércios adquiriram seus carros para facilitar o fluxo de seus produtos, abrindo um novo espaço para o antigo sentimento (ANDRADE DE MELO, 2008).
“No caso brasileiro, fosse porque sua utilização só teria uma generalização muito tardia – apenas no começo da década de 1930 –, a representação desse moderno meio de transporte assume uma particularidade, ora metafórica, ora de rejeição moralista, mas sempre paródica” (Saliba 1998, p. 333).
Em um cenário em que só a elite poderia usufruir desse meio de transporte, o mercado estava perdendo uma grande possibilidade de comercialização para a classe mais baixa, onde alavancaria a econômicos do país. Foi então que no ano de 1914 o empresário Henry Ford tornou o trabalho que antes era manual e artesanal em uma produção em massa, chamada de Fordismo.
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