O Fim da história e o ultimo homem.
Por: Jaqueline Tavares • 6/1/2017 • Resenha • 660 Palavras (3 Páginas) • 451 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - CCHL
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
RESENHA
FUKUYAMA, Francis. O Fim da história e o ultimo homem. Tradução de Auly de Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Cocco, 1992. P. 29-82.
1. NOSSO PESSIMISMO
Podemos afirmar sem sombra de dúvidas que o século XX fez de todos nós pessimistas históricos. O pessimismo do século XX contrasta nitidamente com o otimismo do século anterior. Embora a Europa tenha entrado no século XIX em meio à convulsão da guerra e da revolução, de um modo geral foi um século de paz e de crescimento do bem estar material sem precedentes. O extremo pessimismo do nosso século é devido, pelo menos a em parte, à crueldade com que essas expectativas foram destruídas. Nos nossos dias, uma das manifestações mais claras do nosso pessimismo foi à crença quase universal na permanência de vigorosa alternativa comunista – totalitária para a democracia liberal do Ocidente.
O pessimismo dos nossos dias, no que se refere a possibilidade de progresso na história, nasceu de duas crises separadas, mas paralelas: a crise politica do século XX e a crise intelectual do racionalismo Ocidental. A primeira matou dezenas de milhões de pessoas e obrigou centenas de milhões a viverem sob formas novas e mais brutais de escravidões. A segunda privou a democracia liberal dos recursos intelectuais para a própria defesa. As duas foram correlatas e não podem ser compreendidas em separado.
2. A FRAQUEZA DOS ESTADOS FORTES
A fraqueza crucial que ocasionou a queda desses estados fortes foi, em ultima análise, a falta de legitimidade, ou seja, uma crise no nível das ideias. A legitimidade de um ditador pode ter origem em várias fontes: desde a lealdade pessoal de um exército que goza de todos os privilégios, até uma ideologia elaborada que justifica seu direito de governar. Neste século, a tentativa sistemática mais importante para estabelecer um princípio de legitimidade coerente, de direita, não democrático, foi o fascismo. No entanto, a fraqueza oriunda da falta de uma forte corrente de legitimidade não significa o colapso imediato ou inevitável dos governos autoritários de direita.
O poder dos Estados mais fortes da Direita era na verdade relativamente limitado no que se refere à economia ou à sociedade como um todo. Seus lideres representavam grupos sociais tradicionais cada vez mais marginalizados nas suas sociedades, e os generais e coronéis que governavam eram de modo geral desprovidos de ideias e de intelecto.
3. A FRAQUEZA DOS ESTADOS FORTES II OU COMENDO ABACAXI NA LUA.
O totalitarismo comunista era entendido como uma fórmula para deter os processos naturais e orgânicos da evolução social, substituindo-os por uma série de revoluções impostas de cima para baixo: a destruição das antigas classes sociais, a industrialização rápida e a coletivização da agricultura. Supunha-se que esse tipo de engenharia social em grande escala fosse capaz de diferenciar as sociedades comunistas das sociedades não totalitárias, porque a mudança social se dava a partir do estado e não da sociedade.
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