O Gonçalves Dias
Por: vitoria170 • 30/8/2017 • Trabalho acadêmico • 914 Palavras (4 Páginas) • 260 Visualizações
Gonçalves Dias
Biografia
Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem, viaja para Portugal. Em 1838, ingressa no Colégio de Artes de Coimbra, onde concluiu o curso secundário. Em 1840, ingressa na Universidade de Direito de Coimbra, onde tem contato com escritores do Romantismo português, ainda em Coimbra, em 1843, escreveu seu famoso poema Canção do Exílio, onde expressa o sentimento da solidão e do exílio.
Gonçalves volta ao Maranhão em 1845. Vai para o Rio de Janeiro em 1846 e em 1847, onde publica o livro Primeiros Cantos. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: “Dei o nome Primeiro Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas”. Em 1848 publica o livro Segundo Cantos. Em 1849, foi nomeado professor de Latim e Histórias do Brasil no Colégio Pedro II. Durante este período escreve para várias publicações, como Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Fundou a Revista Literária Guanabara.
Publica em 1851, o livro Últimos Cantos. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona. Por ele ser mestiço, a família dela proíbe o casamento. Mais tarde se casa com Olímpia da Costa. O poeta ainda exerceu o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros. Em 1862, Antônio Gonçalves Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados, volta para o Brasil no dia 10 de setembro de 1864. No dia 3 de novembro, o navio francês Vile de Boulogne, em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece.
Resumo da obra
A obra Últimos Cantos (1851), de Gonçalves Dias, nos mostra um poeta já experiente como artista, mas cansado como ser humano, como ele mesmo afirma na dedicatória de sua obra. Tal cansaço se deve, provavelmente, aos sintomas de tuberculose e aos problemas de ordem pessoal. Segundo o autor, a obra trás “os últimos arpejos de uma lira, cujas cordas foram estalando, muitas aos balanços ásperos da desventura, e outras, talvez a maior parte, com as dores de um espírito”. Independentes disso, Últimos Cantos trás alguns dos poemas mais conhecidos do autor que transita com maestria pelos temas típicos do romantismo brasileiro da 1° Geração: o indianismo e a exaltação da pátria. Podemos notar, ainda, algumas influências medievais e de temas ligados à segunda 2° Geração de poetas românticos, como a obsessão pela morte e o satanismo.
Tecnicamente, o poeta prefere utilizar os versos redondilhos, com rimas, embora, em algumas situações, o uso dos versos brancos (sem rima) apareça, haja vista que a preocupação rigorosa com a forma poética não é uma das características românticas essenciais. O uso recorre de adjetivos e de exclamação também marcam o estilo pessoal do poeta maranhense.
O livro encerra com notas feitas pelo autor. Nelas, o leitor encontra explicações sobre algumas referências feitas em seus poemas e as referências consultadas pelo autor na confecção de alguns poemas indianistas e nacionalistas, em especial o viajante alemão Hans Staden e o Padre Antônio Vieira, além de documentos diversos produzidos à época do Brasil-Colônia.
Escola literária
Gonçalves Dias pertence à primeira fase do Romantismo, fase com caráter indianista. Seus escritos colocavam o Brasil na literatura. Os povos indígenas eram muito retratados, assim como as paisagens nacionais, caracterizados pela cor local (nacionalismo, indianismo, valorização da pátria) e pela idealização da mulher.
Estilo
É possível perceber nos poemas de Gonçalves Dias um lado mais clássico, com uma escrita equilibrada e rígida, e um lado puramente romântico. O ritmo também é importante nos poemas de Dias, o que influencia o seu modo de escrever.
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