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O Movimento Operario na Primeira Republica

Por:   •  6/8/2016  •  Resenha  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  2.479 Visualizações

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O MOVIMENTO OPERÁRIO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

  • INTRODUÇÃO:

O autor tem como objetivo mostrar a história da classe operária e de seu movimento na Primeira República, buscando tornar clara as distinções entre setores de produção, a diversidade da origem dos trabalhadores, a variedade de formas de organização e a constelação de correntes ideológicas.

  • A CONDIÇÃO OPERÁRIA:

Neste tópico o autor nos mostra que há uma grande variação de situações nas condições operárias, por cidade ou região, o ramo de atividade, o grau de qualificação, a relação de trabalho etc. Podendo encontrar essas variações em um mesmo setor (é o caso da indústria têxtil).

Em 1920 as mulheres em São Paulo eram de 58% do total dos empregados, já no Rio de Janeiro o número de mulheres empregadas no ramo têxtil era de 39% do total dos empregados, variando de um Estado para o outro. O salário dos empregados também variava de região por região, tendo Sergipe o maior salário diário da federação. Um outro elemento de diferenciação, era a origem étnica dos trabalhadores.

Juntamente neste tópico Claudio Batalha comenta as práticas adotadas pelo estado contra o operário.  Essas práticas eram: Prisões arbitrárias, expulsões de estrangeiros sem processo regular, invasões de domicílio, espancamentos, empastelamento de jornais, mortes em manifestações. Variando de acordo com uma série de fatores.

  • A ORGANIZAÇÃO OPERÁRIA:

Os trabalhadores do século XIX, impedidos pela Constituição de 1824 de criar qualquer forma de organização sindical, encontravam o apoio necessário nas sociedades mutualistas que exerciam a solidariedade através de auxílios para os membros em caso de doença, incapacitação para o trabalho, desemprego, funeral e zelavam pelos interesses dos ofícios.

Porém esse cenário muda na constituição republicana, com o sindicato operário, que eram voltados para ação econômica. Diferente das sociedades mutualistas que eram consideradas beneficentes, os sindicatos operários eram denominados de resistência.

Existiram três tipos de sindicatos ou sociedades de resistência na primeira República: as associações pluriprofissionais, as sociedades por ofícios e os sindicatos de indústria.

Os sindicatos pluriprofissionais surgiram em cidades ou bairros com pouca ou nenhuma organização por ofício. Os sindicatos por oficio constituem a base da organização operaria da Primeira República, sendo o tipo de organização predominante e tendendo a ser a forma priorizada pelo movimento operário, pelo menos até a segunda metade dos anos 1910. Os sindicatos por indústria foram implantados com mais facilidade em atividades nas quais não existiam sindicatos de ofício fortes, como na indústria têxtil.

Fora as sociedades mutualistas e das sociedades de resistência, havia diversas organizações trabalhistas, como cooperativas de consumo e de produção e associações culturais, recreativas, educacionais e políticas.

  • CORRENTES IDEOLÓGICAS E ESTRATÉGIAS SINDICAIS

O autor descreve as correntes ideológica que se proliferaram na Primeira República, em quais regiões, sua duração, sua variação e as suas estratégias.

Os grupos socialistas começaram a surgir no final do século XIX, proliferando uma sucessão de partidos até os anos 1930. Os socialistas jamais alcançaram uma unidade duradoura em uma organização nacional única. A maioria desses partidos defendia um programa de reformas (voto secreto, ampliação do direito do voto, jornada de oito horas, criação de tribunais arbitrais entre patrões e empregados, proibição do trabalho de menores de 14 anos, restrição ao trabalho noturno, direito de greve e etc.) e pretendiam concretiza-los por meio de pressões e da eleição de seus representantes.

O anarquismo no Brasil começou a se difundir a partir dos anos 1890, através de grupos de propaganda e periódicos. A ação dos anarquistas tinha como base, quase sempre, grupos de propagandas bastante informais, publicando periódicos, atuando na educação dos trabalhadores e participando de associações no meio operário, inclusive nos sindicatos.

Encontramos também outras tendências que atuam no movimento operário, mas que acabam sendo menos visíveis. Uma delas é o positivismo, claramente perceptível na capital federal e no Rio Grande do Sul. A atuação do positivismo no meio operário consiste em levar adiante reivindicações relacionadas com a melhoria das condições de vida e trabalho.

No campo da luta sindical, entre os primeiros anos do séc XX e o início da década de 1920 houve essencialmente duas concepções da prática sindical: o sindicalismo da ação direta e o sindicalismo reformista.

O sindicalismo de ação direta ou sindicalismo revolucionário tinha nítida influência do anarquismo. Suas principais diferenças com o anarquismo estão em atribuir ao sindicato o papel de embrião da sociedade futura e à greve geral, o de único instrumento para a realização da revolução social. O sindicalismo revolucionário foi, sem dúvida, a tendência mais influente no cenário do movimento operário da Primeira República.

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