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O Processo De Tiradentes

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Por:   •  7/5/2014  •  563 Palavras (3 Páginas)  •  320 Visualizações

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O Processo de Tiradentes

O processo contra os inconfidentes foi aberto oficialmente em 7 de maio de1789, após a denúncia feita por Joaquim Silvério dos Reis. A Coroa agiu rapidamente e Tiradentes foi preso apenas três dias depois em uma casa no centro do Rio de Janeiro. Formalmente acusado pelo crime de "lesa-majestade" e apontado como o líder do movimento, ele só deixaria a prisão três anos depois para ser enforcado em praça pública a 21 de abril de 1792. Apesar de também condenados à morte, seu companheiros foram beneficiados, logo após a sentença, por "um ato de clemência" de D. Maria I. Tiradentes, ao contrário, deveria ser “conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma”.

No processo que moveu contra os inconfidentes, que durou cerca de três anos, consta que eles pretendiam estabelecer um governo republicano autô -nomo, montar fábricas de tecidos, munições e outras manufaturas, (que eram proibidas pela coroa), fundar uma universidade em Vila Rica e transformar a cidade de São João Del-Rei na capital da república. O primeiro presidente seria Tomás Antônio Gonzaga, por um período de 3 anos, após o que se promoveria eleições para o cargo. Na república dos inconfidentes não deveria haver um exército, mas toda a população seria autorizada a possuir armas, e teria treinamento para formar uma milícia quando fosse preciso. Em principio os inconfidentes lutariam para obter a autonomia somente da província das Minas Gerais. O restante do país deveria promover seus próprios movimentos, no que seria apoiados pelos mineiros. Não se cogitava também, em principio, a libertação dos escravos, mas aqueles nascidos no Brasil poderiam ter sua liberdade concedida, principalmente se aderissem ao movimento. Consta que todos os inconfidentes, menos Joaquim José, negaram a sua participação no movimento. Ele não só confessou, mas também assumiu a responsabilidade pela liderança da "inconfidência", minorando a participação dos seus companheiros.

Durante os três anos de instrução do processo, os inconfidentes permaneceram presos. Alguns deles, cuja participação foi comprovada, foram condenados à morte; outros, sobre os quais pairava dúvidas, foram condenados ao degredo. Mas por decisão de D. Maria I, regente de Portugal, algumas horas antes da execução da sentença de morte, todas foram alteradas para degredo. A única sentença de morte que foi mantida foi a de Joaquim José.

Tiradentes foi enforcado numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, em um patíbulo erguido no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro.

Consta que a prolação da sentença era tão longa que o meirinho levou dezoito horas para lê-la por inteiro, como era praxe na época. Após a execução seu corpo foi esquartejado. A cabeça foi pendurada num poste em Vila Rica e os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde, segundo consta do processo, ele

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